Vivemos num mundo marcado pela falta de esperança.
Governos corruptos, desemprego, violência, enfermidades, armas de destruição em
massa e tantas outras mazelas, que trazem insegurança quanto ao futuro. As
pessoas vivem desesperadas por não compreenderem aquilo que a Bíblia nos diz: “Não confieis em príncipes, nem em filho de
homem, em quem não há salvação.” (Sl 146:3) Não devemos esperar em criaturas, porque são pecadoras, falíveis e
fracas.
A esperança, apresentada pelo apóstolo Pedro no texto
supracitado, leva-nos a confiar em Deus que cumpre todas as suas promessas. Não
há esperança sem fé. A fé apodera-se das promessas e a esperança aguarda o que
é prometido. O fruto natural da viva esperança é a alegria e o prazer em Deus.
Quando neste mundo, a nossa visão é prejudicada pela tristeza, a esperança traz
à mente a maior alegria daquilo que Deus tem preparado para nós na eternidade.
A companheira da esperança é a paciência, ela nos permite agarrar-se a Deus,
buscando e esperando por Suas promessas. A esperança viva se fortalece no
interior daqueles que confiam nEle, e lhes permite que se mantenham em silêncio
mesmo em meio às tempestades da vida. Quanto mais se experimenta do poder de
Deus, maior será a esperança. A esperança olha para a graça de Deus, enquanto o
medo olha para morte, o salário do pecado.
Pedro louva a Deus e Pai pela viva esperança que Ele
nos dá, assim devemos considerar:
A base da
esperança é a misericórdia de Deus. “... segundo a sua grande misericórdia...”
Ela é a retenção daquilo que justamente merecíamos. Se não fosse a misericórdia
de Deus não estaríamos vivos. A morte é o salário do pecado, mas Deus em Sua
misericórdia enviou Seu Filho, que não conheceu pecado, para morrer por nós.
Esse tipo de amor e misericórdia é exclusivamente de Deus.
A esperança
é derivada do novo nascimento. “...nos regenerou...” A todos quantos o
receberam, deu-lhes o poder ou o direito legal de se tornarem filhos de Deus. O
Espírito Santo é o título de propriedade, o penhor da nossa esperança. Sabemos
que somos salvos por causa da habitação do Espírito Santo em nós, Ele testifica
ao nosso espírito que somos filhos de Deus. Há em nós uma esperança viva que
nos vai sustentar nos momentos de dor e
tristeza.
A esperança
é viva. “... para uma viva esperança...” Ela brota sempre fresca no coração
do cristão, dando-lhe paz, calma e alegria interior em meio as maiores
tristezas desta vida. É essa esperança que mantém a vida flutuando nas ondas
mais violentas deste mundo.
A
fonte da esperança é a ressureição de Jesus. “...pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos...” O Cristo
ressurreto desperta e sustenta a nossa esperança. A ressurreição dá razão à
nossa fé e vida a nossa esperança, pois ela nos assegura um novo e glorioso
recomeço. O maior dos inimigos já foi derrotado, a morte. A ressurreição e a
ascensão de Cristo nos asseguram que também deixaremos a terra e viveremos com
Ele para sempre em Seu reino.
A
esperança nos assegura uma herança. “...para
uma herança incorruptível, incontaminável e imarcescível, reservada nos céus
para vós...” A herança é nossa porque Deus nos gerou por meio do novo
nascimento, agora somos herdeiros e co-herdeiros com Cristo. Aquilo que Deus
tem preparado para os seus filhos, nem olhos viram nem ouvidos ouviram, de tão
grandioso que é!
Por
último, podemos ter certeza. “...que
pelo poder de Deus sois guardados...” Sabemos o que nos espera, porque Deus
disse, Ele nos guardará até o dia da revelação do Seu Filho. Um dia veremos
Cristo face a face, e Ele enxugará de nossos olhos toda lágrima; e não haverá
mais morte, nem haverá mais pranto, nem lamento, nem dor; porque já as
primeiras coisas são passadas.
Mantenha viva a sua esperança, pois
ela o ajudará a enfrentar as lutas desta vida.
Rev. Liberato
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