sábado, 24 de dezembro de 2016

NASCEU PARA MORRER 25.12.17

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NASCEU PARA MORRER
No primeiro Natal, a terra estava alheia à importância do nascimento de uma simples criança, numa pequena e insignificante cidade, mas o céu não estava. Os santos anjos esperavam com grande expectativa, e irromperam-se em louvor e adoração com o nascimento de Jesus, o recém-nascido. O nascimento daquela criança significava libertação para a humanidade. O anjo disse a José: "... porque ele salvará o seu povo dos seus pecados." (Mt 1:21).
            Ao contrário de Isaque, que subiu à montanha sem saber que seria o objeto do sacrifício, Jesus desceu à terra com pleno conhecimento daquilo que o Pai lhe tinha reservado.  O registro das Escrituras, em Hebreus 10:5-7, o qual pode ter sido uma mensagem de despedida de Jesus, pouco antes de sua encarnação. Diz-nos: “Sacrifício e oferta não quiseste, mas um corpo me preparaste; de holocaustos e ofertas pelo pecado não te agradaste. Então eu disse: Aqui estou, no livro está escrito a meu respeito; vim para fazer a tua vontade, ó Deus.”  Essa passagem nos dá uma visão maravilhosa do coração de Jesus Cristo, antes do Seu nascimento. Ele sabia que viria ao mundo para ser o sacrifício final e cabal pelos homens pecadores. Seu corpo tinha sido especificamente preparado para esse fim, por Deus. Jesus morreria pelos pecados do mundo, e tinha conhecimento deste propósito. Além disso, Ele faria isso de bom grado. Esse foi o propósito da encarnação.
            A questão mais importante do Natal não é que Jesus veio, mas porque Ele veio. Não havia salvação em Seu nascimento. O seu caminho sem pecado não tinha qualquer força redentora. Seu exemplo, tão impecável como era, não poderia resgatar os homens de seus pecados. Nem mesmo seus ensinos, sua maior verdade revelada ao homem, não poderiam salvá-lo dos seus pecados. Havia um preço a ser pago por nossos pecados. Alguém tinha de morrer. Só Jesus pode fazê-lo.
            Jesus veio ao mundo evidentemente, revelou Deus à humanidade, ensinou a verdade, cumpriu a lei, ofereceu o Seu reino, revelou o amor de Deus, trouxe a paz, curou enfermos e doentes, ministrou aos necessitados e ensinou o homem a viver. Todas essas razões são secundárias, considerando o seu propósito final. Ele poderia realizar tudo isso sem ter nascido como um ser humano, simplesmente aparecer como o Anjo do Senhor, igual fez muitas vezes no Antigo Testamento, e executar todos atos supracitados. Mas Ele tinha mais uma razão para vir, veio para morrer.
            Aqui está algo da história do Natal, o qual muitas vezes não se enfatiza: Aquelas mãozinhas macias e delicadas, formadas pelo Espírito Santo no ventre de Maria, foram feitas para que os cravos as perfurassem violentamente. Os pezinhos rosas do bebê, incapazes ainda de andar, um dia iriam cambaleando até o Calvário para serem pregados numa cruz. A cabeça linda com olhos brilhantes foi formada para que os homens um dia lhe cravassem uma coroa de espinhos. O corpo macio, quente e suave, envolto em panos, um dia seria perfurado por uma lança.
            Jesus nasceu para morrer. Não estou querendo com isso amortizar o seu espírito do Natal. Longe disso, a morte de Jesus, embora arquitetada e realizada por homens com más intenções, não foi em nenhum sentido uma tragédia. Na verdade, ela representa a maior vitória sobre o mal que alguém já realizou.
            O escritor de Hebreus ao falar da história do nascimento de Jesus, inclui Sua morte sacrificial: “Vemos, todavia, aquele que por um pouco foi feito menor do que os anjos, Jesus, coroado de honra e glória por ter sofrido a morte, para que, pela graça de Deus, em favor de todos, experimentasse a morte. Ao levar muitos filhos à glória, convinha que Deus, por causa de quem e por meio de quem tudo existe, tornasse perfeito, mediante o sofrimento, o autor da salvação deles.” Hb 2:9-10 “... Portanto, visto que os filhos são pessoas de carne e sangue, ele também participou dessa condição humana, para que, por sua morte, derrotasse aquele que tem o poder da morte, isto é, o diabo, e libertasse aqueles que durante toda a vida estiveram escravizados pelo medo da morte.” (Hb 2:14-15)

É apropriado comemorar o nascimento de Cristo, mas não cometer o erro de deixá-Lo simplesmente como um bebê numa manjedoura até hoje. Tenha em mente que seu nascimento foi apenas o primeiro passo no plano glorioso de Deus para a nossa redenção. Lembre-se de que a morte sacrificial de Cristo e sua ressureição é o triunfo, que dá sentido à sua origem humilde. Você não pode verdadeiramente celebrar um sem o outro. Um Feliz Natal para você sua família!
Rev. Liberato Pereira dos Santos




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