sábado, 7 de julho de 2018

A INJUSTIÇA É CONDENADA 08.07.18

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A INJUSTIÇA É CONDENADA
Marcos 11: 12-21
A ênfase da mensagem transformadora de Jesus surge durante sua última semana de vida na Terra. Ele muitas vezes criticou severamente os caminhos do mundo, chamando a humanidade para algo melhor, convidando-a ao arrependimento, e viver sua fé no reino de Deus.
O salmista afirmou: "Desde Sião, a perfeição da formosura. Deus resplandece." (Sl 50:2). O rei Salomão construiu uma magnífica casa de adoração ao Deus de Israel. O templo foi trabalhado com pedras preciosas. Embora o templo do rei Salomão tenha sido destruído, foi reconstruído por Esdras e Neemias, e novamente, durante o tempo de Jesus, por Herodes, o Grande. O último era um dos mais belos edifícios do Oriente Médio.
O propósito de Deus era que o templo e a adoração dedicados a Ele tivessem mais que beleza exterior, mas fosse um instrumento para atrair todas as pessoas ao único e verdadeiro Deus. Jesus cita os profetas Isaías e Jeremias, que afirmaram: “Minha casa será chamada casa de oração para todas as nações.” O Templo era para ser um lugar onde se experimentaria o amor e a graça de Deus, onde Ele deve ser adorado por corações contritos, pessoas que vivam em justiça, misericórdia e humildade. O objetivo de Deus para o templo e o seu povo não foi cumprido. Certamente era belíssimo, mas não, uma casa de oração, nem uma luz para todas as nações. Era apenas uma fachada, um escárnio à verdadeira adoração a Deus. Jesus condenou a injustiça que era praticada no templo, suas palavras foram duras, acusando os líderes, religiosos e políticos, de depravados e exploradores.
Nesta passagem de Marcos há dois atos de julgamento. Entre a história de Jesus e o templo, encontra-se o episódio da figueira que foi condenada. A árvore tipificava o templo, que era lindo, mas também infrutífero. Não estava cumprindo o seu propósito. Jesus condenou a árvore num dia, no outro, quando estavam retornavam para Jerusalém, os discípulos notaram que ela estava murcha e morta, aquilo que certamente ocorreria com o templo brevemente. O segundo julgamento é a ação de Jesus dentro do templo. Ele começou a expulsar os que ali vendiam e compravam; e derribou as mesas dos cambistas, e as cadeiras dos que vendiam pombas. Reprovou aqueles que faziam do templo um lugar para buscar riquezas pessoais.
Jesus condenou o templo por quê? Os sacerdotes e lideres já não serviam a Deus, mas a si mesmo. Em vez de seguir o caminho do amor, justiça, misericórdia e humildade, o templo refletia a força política e econômica. Não era mais um local de oração, mas de corrupção, ganância e exploração. Os sacerdotes e os líderes haviam abandonado os ensinamentos das Escrituras em troca de conforto pessoal e riqueza à custa da exploração da fé do povo. Jesus declara o fim do sistema do templo, que seria substituído por seu corpo e sangue. As pessoas se aproximariam de Deus por meio do Seu sacrifício na cruz do Calvário, tornando-se verdadeiras adoradoras, que brilham no meio das trevas.
Esses episódios têm muito a ensinar a igreja dos nossos dias. Figueiras podem ser amaldiçoadas e templos derrubados, Jesus deseja que sua igreja não apenas seja bonita, mas também frutífera. Uma das coisas que aprendemos é que a igreja e o estado devem estar separados. Sempre que faz aliança como Estado  e se torna sua serva, a igreja deixa de ser de Cristo. Quando procura poder, exercendo força política e econômica, e não o poder do amor e do serviço, a igreja se torna repreensível. Quando nós, como cristãos, enfatizamos o sucesso em detrimento da fidelidade, a ganância sobre a generosidade, a autossatisfação sobre o serviço, deixaremos de realizar a missão, que Jesus nos deu por meio do seu corpo e sangue.            Sinto-me entristecido, quando contemplo inúmeros líderes religiosos dos nossos dias procedendo exatamente como os sacerdotes e líderes do templo. Abandonaram as Escrituras e estão gananciosamente buscando acumular riqueza, poder e fama. Muitos templos hoje são apenas lugares lucrativos, em vez de casa de oração. Tornaram-se infrutíferos aos olhos do Senhor Jesus.

O poder de Jesus não estava nos números e riquezas materiais, mas no amor sacrificial. As palavras e ações de Jesus, decorrentes do seu amor, são a mensagem que transforma vidas. Quando Jesus derrubou as mesas, Marcos registra que os principais sacerdotes e escribas procuravam uma maneira de matá-lo, em vez de se arrependerem e crerem no reino de Deus. Eles endureceram seus corações. Não podemos seguir o exemplo deles, mas recebermos a verdadeira mensagem do evangelho de Jesus Cristo. Nela o Espírito Santo nos convence de nossos pecados, e precisamos responder com arrependimento e confissão, a fim de que receber o perdão de Deus. Assim, refletiremos a justiça de Deus neste mundo inundado pela injustiça.
Rev. Liberato Pereira dos Santos





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