VOCÊ VÊ A DEUS?
“Bem-aventurados os puros de coração, porque eles verão a
Deus.” (Mt 5:8)
Seu coração tem a
capacidade de mostrar grande misericórdia, perdão sem limite, crê no
impossível, amar o detestável, responder com gentileza, orar incessantemente,
ter intimidade com Deus e vê-Lo? Infelizmente, para muitos de nós, os corações
estão enterrados na falta de perdão, amargura, dúvida, decepção, mente dividida,
medo, rancor e outros sentimentos ruins.
Nosso
fracasso em “ver a Deus” não é uma questão de invisibilidade ou
indisponibilidade. Na maioria dos casos, é meramente uma questão de foco. Somos
propensos a tornar o nosso eu e os nossos problemas maiores do que são,
impedindo-nos de contemplar o nosso Deus. Uma pequena moeda, quando aproximada
do olho, pode apagar o sol. Da mesma forma, pequenos problemas podem ofuscar a
presença, o poder, as promessas e as provisões de Deus, em nossas vidas. O
homem natural tende a nutrir o medo e privar-se da fé. Cultivar e encorajar a
dúvida e desencorajar a esperança.
Os
quatro Evangelhos contam a história de Jesus alimentando a multidão de cinco
mil pessoas. Quando confrontados com a intenção de Jesus para alimentar a
multidão, os discípulos se concentraram egoisticamente na impossibilidade de
não poder fazê-lo, limitaram a situação a si mesmos. Em contraste, Jesus, antes
que qualquer pão fosse partido, já sabia o que faria. Ele preparou o povo para
receber uma provisão invisível e suficiente para saciar a fome de toda a
multidão. Jesus viu o que os discípulos não viram. Você ver a Deus?
Um
coração impuro tende a se concentrar em adversidade, inimigos, faltas,
incapacidade, pecados do passado e muitas outras razões, que não poderiam
acontecer. O coração puro é capaz de ver a Deus, mesmo em meio às situações
mais difíceis. Podemos não ver as coisas tão claramente como Jesus, mas podemos
ver o suficiente para dissipar o medo, a dúvida e o desespero. Podemos não
saber como Deus vai atender a necessidade, mas podemos saber que Ele irá atendê-la.
Você contempla a provisão de Deus?
Os
viajantes de Emaús não perceberam que o companheiro de viagem deles era o
Cristo ressurreto, mas afirmaram: “Os
nossos corações não ardiam dentro de nós, enquanto falava conosco pelo
caminho?” (Lc 24:32). Embora eles não tenham percebido a identidade de seu
companheiro de viagem, seja intelectual ou fisicamente, seus espíritos foram
aquecidos por Suas palavras. Se tivessem dado lugar aos seus corações ardentes,
teriam percebido quem era o orador. Como eles, nossos corações podem perceber
Deus, mesmo quando nossos sentidos naturais não estão cientes de Sua
proximidade. Você tem um coração
ardente?
Quando
Jesus afirmou: “Bem-aventurados os puros
de coração, porque eles verão a Deus.” O termo que Ele utilizou para “ver”
refere-se a algo mais do que uma mera observação ou visão casual. Mais a uma
inspeção sincera, de olhos arregalados, sobre algo que é impressionante e pelo
qual somos atraídos com grande admiração. É o que se pode chamar de olhar de
adoração.
O
problema não é que Deus é invisível ou inaudível, mas que muitas vezes somos
cegos e ensurdecidos. Permitimos que a vida e a religião definam Deus, de modo
que, quando Ele fala, não O reconheçamos. Este Deus vivo, que nos chama, não se
assemelha aos bezerros de ouros que criamos. Estamos tão ocupados com os
afazeres da vida que nem percebemos a sarça ardente, muito menos ouvimos a Voz
que nos diz que estamos em solo sagrado. Não podemos ouvir o grito da criação,
a voz que fala por meio dos eventos da vida ou o sussurro interior. Somos cegos
para contemplar a maravilha da natureza, mal olhamos um pôr-do-sol dourado,
muito menos olhamos para Ele em admiração reverente. Inclinamos nossos ouvidos
para ouvir a grande voz de uma cultura que valoriza a segurança financeira, os
prazeres, preocupações, dúvidas, cronogramas, mas somos surdos para ouvir a voz
de Deus. Estamos tão envolvidos no temporal das coisas efêmeras desta vida que
não podemos ver e ouvir o Eterno.
José
do Egito foi capaz de contemplar e ouvir Deus na prisão. Ele percebeu que os
seus irmãos haviam feito o mal, mas para Deus significava o bem. Se Ele tivesse
olhado para seus irmãos por meio da lente da amargura, ressentimento e falta de
perdão, certamente teria usado sua alta posição no Egito para se vingar,
matando-os. Em vez disso, um coração puro permitiu a José ver além das
circunstâncias e ações maliciosas de seus irmãos o propósito de Deus, mesmo em
meio de sua aflição e adversidade. Seu coração puro nunca permitiu que ele se
tornasse o dono do problema, mas permanecesse como o mordomo da promessa.
Seu
coração é puro? Você consegue contemplar e ouvir Deus em todas as
circunstâncias da vida? Dê combustível às brasas da fé em seu coração,
mantenha-o puro, assim verás o agir de Deus no bem ou mal, nas vitórias ou
derrotas, nos mananciais ou desertos, ontem, hoje e durante toda a sua
existência.
Rev. Liberato Pereira dos Santos
ATENÇÃO!
Disponibilizamos o boletim informativo da IPBN, a fim de que você fique por dentro daquilo que Deus está fazendo em/através da nossa comunidade. Boa leitura.
Click no link abaixo e faça o download:
Postar um comentário