sexta-feira, 3 de maio de 2019

LIDANDO COM UMA FAMÍLIA IMPERFEITA 05.05.19

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LIDANDO COM UMA FAMÍLIA IMPERFEITA

Gênesis 37:1-11
            O termo disfuncional é usado com bastante frequência hoje, em relação às famílias. Significa: pensamentos ou comportamentos que não funcionam como deveriam. Numa perspectiva cristã, é uma casa que não está funcionando como Deus planejou. Como resultado produz: divórcio, falta de comunicação, rivalidade entre os filhos, infidelidade conjugal, vícios e tantos outros.
            Algo notório na dinâmica da vida familiar é, quando crescem, as crianças repetirem os erros de seus genitores. Tudo que aprendemos sobre casamento e parentalidade, para o bem ou mal, assimilamos em nossos lares. Assim, famílias disfuncionais geram pessoas desajustadas por gerações. Quando fazemos parte de uma família com este perfil, fica muito difícil viver para Deus, mas não é impossível. José, o personagem do nosso texto, é a prova de que isto pode ocorrer. Ele foi criado numa casa cheia de pessoas invejosas, enganadoras e de mau caráter. Porém, a bíblia registra que José se tornou um homem notável, que cuidou da sua família, mesmo imperfeita.
            Seus pais eram imperfeitos Sua família pode ser comparada a uma trama de novela. Tinha três madrastas, dez irmãos e uma irmã, todos morando na mesma casa. Imagine o tumulto nesta casa! Seu pai Jacó era polígamo, passivo, que mostrava abertamente o favoritismo entre seus filhos. Quando tomou conhecimento do estupro de Dinah, ele não fez nada, quando soube que seus filhos eram culpados de assassinato, não adotou providência, consciente de que seu próprio filho tinha cometido incesto, também não procurou resolver o problema. É difícil calcular como a passividade de Jacó contribuiu para a turbulência na família. Suas esposas eram dominadas pelo ciúme e insegurança.
            Jacó não apenas amava José mais do que seus irmãos mais velhos, mas demonstrava esse favoritismo de maneira aberta e dramática. Fez-lhe uma bela túnica de várias cores. Por causa da atitude do pai, os irmãos, todas as vezes que o contemplavam com a vestimenta, lembravam-se do contraste entre suas vidas e a de José. Os pais precisam ter muito cuidado para não evidenciar preferência por algum filho, bem como não deixar de resolver os problemas e conflitos na família.
            Os irmãos de José eram imperfeitos – A história revela repetidamente que seus irmãos o odiavam. V.4 “...odiavam-no, e não lhe podiam falar pacificamente.” Uma situação horrível, quando irmãos se odeiam tanto que não conseguem se relacionar bem uns com outros. O versículo 5 mostra-nos que, quando José revela o seu sonho aos irmãos, eles o odiavam ainda mais. Mas além do ódio, o v.11 relata que eles o invejavam. Por quê? Possivelmente por causa do presente especial que o pai lhe dera e sua posição de privilégio. Da demonstração de amor e afeto particular do seu pai, e pelo fato de que até Deus parecia ter um lugar especial no coração para José, em face dos seus sonhos.
            Hoje, mais do que nunca, enfrentamos o desafio das famílias mescladas. Um dos principais fatores de fracasso no segundo casamento é o conflito em relação aos problemas relacionados à educação dos filhos. Quer se trate do primeiro ou segundo casamento, os pais devem aprender que as crianças são diferentes por natureza, e, por isso, não podemos tratá-las da mesma maneira, porém amá-las igualmente e proceder com justiça e imparcialidade.
            José também não era perfeito – Creio que ele deveria ter dezessete anos na época, era um adolescente normal. É possível que não entendesse tudo o que estava acontecendo em sua vida, no mínimo era ingênuo, e provavelmente vaidoso. Ele vestiu sua túnica especial para ir ao campo encontrar com seus irmãos, seria como vestir paletó e gravata para cortar grama. Era inapropriado, e talvez um pouco de esnobismo. Quando relatou seus sonhos de superioridade a seus irmãos (vv 5-8), não é necessário muito discernimento para entender que isso só poderia alimentar as chamas da animosidade dos irmãos em relação a ele. Não nos podemos culpar pelas falhas dos outros, mas devemos ser realistas, quando se trata de nossas próprias asneiras, reconhecê-las e assumirmos nossas responsabilidades.
            Assim, precisamos aprender a olhar para a vida em longo prazo. As decisões que tomamos hoje afetam não apenas  nós mesmos, mas nossos filhos, netos e até bisnetos. Os erros de Jacó com seus filhos tiveram efeitos trágicos em longo prazo. Podemos ser fiéis independentemente da situação da nossa família. Pode ser muito fácil para nós olharmos para o contexto familiar e usarmos desculpas. Não posso mudar, pois meus pais são divorciados, fui abusada quando criança, meu pai era alcoólatra e muitas outras justificativas. Deus entende nossas circunstâncias particulares e quer nos ajudar a superar as influências negativas de nossas vidas. Ele é especialista em transformar vidas e fazê-las segundo a Sua imagem, não importando qual seja a origem familiar. Independentemente do nosso passado, podemos conhecer o amor do Pai Celestial, quando nos rendemos a Jesus Cristo como nosso Senhor e Salvador. Seus pais podem não ser perfeitos, sua casa não ser a ideal e você ter cometido erros, todavia Deus quer perdoar a você e ajudá-lo a começar de novo.
                Rev. Liberato Pereira dos Santos



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