O SIGNIFICADO DA VIDA
Colossenses 1:15-20.
Paulo
escreve aos cristãos da cidade de Colossos, que se localizava às margens do Rio
Lico, na atual Turquia. Em seus dias, essa urbe não era de grande importância,
pois foi ofuscada pelas vizinhas Laodicéia e Hierápolis, também citadas na
mesma epístola. Colossos era provavelmente bastante cosmopolita, com uma
população composta de frígios nativos, colonos gregos e judeus. Era repleta de
templos pagãos.
Por
que Paulo escreveu esta carta? FF Bruce, o famoso teólogo cristão do século XX,
sugeriu que foi uma reação enérgica do apóstolo à notícia de estranho ensinamento
que estava penetrando na igreja de Colossos. (Colossenses p.165). Tal doutrina falsa
dá mostra de ter sido sobre a divindade e a humanidade de Cristo. O que
chamamos hoje de gnosticismo. Como um comentarista bíblico afirmou: “Parece que
havia em Colossos alguns que não aceitavam Jesus como Salvador triunfante que
tem toda autoridade nos céus e na terra, Ele não era nada. Na melhor das hipóteses,
foi apenas um dos muitos seres espirituais que se colocou no espaço entre Deus
e o homem.” Assim Paulo escreve aos colossenses para afirmar claramente quem é
Cristo.
A
passagem supracitada foi provavelmente um dos primeiros credos da Igreja Primitiva,
onde o apóstolo aborda sobre a vida. Muitas pessoas possuem três perguntas
inquietantes: Qual é a origem da vida? Qual o seu significado? E qual o seu
valor?
Qual a origem da vida? Carl Sagan abre
seu livro o Cosmos, dizendo: “O cosmos é tudo o que é, sempre foi e sempre
será.” Não somos filhos de Deus, Sagan diz que somos “filhos do Cosmos.” Paulo
veementemente refuta isso. A criação não é uma mera ação casual, Cristo é o
criador. Ele afirma: “pois nele foram
criadas todas as coisas nos céus e na terra, as visíveis e as invisíveis, sejam
tronos ou soberanias, poderes ou autoridades; todas as coisas foram criadas por
ele e para ele.” (V.16). A origem da vida é o próprio Deus.
Qual o significado da vida? – É a
segunda questão que Paulo aborda neste escrito. Qual o propósito da nossa
existência? Se não existe um Deus pessoal que nos criou em amor, somos deixados
a acreditar que a vida não tem sentido. Se não há sentido, também não há
moralidade. Como bem disse Dostoiévski: “Sem Deus todas as coisas são
permissíveis.” Se não há moralidade, como é que existe um senso universal de
retidão e injustiça sobre atos tais como: roubo, assassinato, adultério e
violência? Immanuel Kant, o grande filósofo, disse: “Duas coisas preenchem a
mente com admiração cada vez maior... os céus estrelados acima de mim e lei
moral dentro de mim.”
Descobrir
esse propósito e vivenciá-lo é nossa missão mais importante nesta dimensão da
vida. Fomos criados com um futuro eterno, e Cristo nos permite possui-lo.
Embora tenhamos quebrado a lei moral de Deus, e merecíamos morrer por isso.
Paulo nos vai dizer: “e por meio dele
reconciliasse consigo todas as coisas, tanto as que estão na terra quanto as
que estão no céu, estabelecendo a paz pelo seu sangue derramado na cruz.” (v.20)
Uma vez reconciliados, entendemos que fomos criados para o louvor da Glória de
Deus (Ef 1:5-6) e manifestar a Sua vida neste mundo.
Qual o valor da vida? Esta é a questão
final que Paulo trata neste texto cristológico. Se estamos aqui, neste mundo,
simplesmente por acaso, então nossas vidas não têm valor algum. Mas Deus criou
o mundo, a vida não tem apenas significado, mas valor. Paulo fala do nosso
valor quando afirma, na primeira epístola aos Coríntios: “Acaso não sabem que o corpo de vocês é santuário do Espírito Santo que
habita em vocês, que lhes foi dado por Deus, e que vocês não são de si mesmos?
Vocês foram comprados por alto preço. Portanto, glorifiquem a Deus com o corpo
de vocês.” (I Co 6:19-20). Pessoas, que acreditam que o mundo surgiu por
algum acidente cósmico e a vida evoluiu de forma aleatória ao longo do tempo, têm
baixa concepção da vida. Abortar um bebê, discriminar um portador de
necessidades especiais, criaturas diferentes ou uma pessoa idosa são atitudes
normais num mundo que não compreende o significado e valor da vida.
A
vida humana é o resultado de um ato criativo de Deus, quem assim compreende
coloca uma nova luz no valor da vida humana e no próprio universo. Einstein fez
a seguinte pergunta: “O universo é um lugar amigável?” Paulo responderia: É
também um lugar alegre para aqueles que conhecem o seu Criador. É incrível como
as pessoas veem o universo de maneira diferente! Alguns nunca podem vê-lo,
enquanto outros o veem em toda parte. Isaac Newton disse: “Na ausência de
qualquer outra prova, o polegar por si só me convenceria da existência de
Deus.”
Encerro,
deixando uma pergunta: O que a majestade de Cristo, que Paulo estabeleceu tão
convicentemente, significa para você? Jesus é mais um em sua vida, ou Ele ocupa
o primeiro lugar? Sugiro que siga orientação do matemático e físico Blaise
Pascal: “Faça pequenas coisas como se fossem grandes, por causa da majestade do
Senhor Jesus Cristo.
Rev. Liberato Pereira dos Santos
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