sábado, 3 de agosto de 2019

A PEDAGOGIA DA DOR

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A PEDAGOGIA DA DOR

1 Pedro 1: 6-7
            A dor pode surgir de repente, localizada, facilmente identificada, ou crônica, a qual persiste por muito tempo e não é facilmente descrita, tornando-se de difícil identificação. Existem vários tipos de dores: Nociceptiva manifesta-se quando a via dolorosa ou o receptor nervoso aos estímulos da dor, que é chamado de nociceptor, é ativado fisiologicamente por meio de um estímulo nocivo. A origem da dor nociceptiva está associada a lesões de tecidos, ossos, músculos e ligamentos; Dor visceral causada por problemas com órgãos internos, estômago, rins, bexiga, intestinos, e outros. Resulta em febre, náuseas, espasmos e dores; A dor neuropática é um tipo de sensação dolorosa, que ocorre em uma ou mais partes do corpo e é associada a doenças, que afetam o Sistema Nervoso Central, ou seja, os nervos periféricos, a medula espinhal ou o cérebro; Dor psicológica que é mental, estressante, e pode levar a problemas físicos. Refletida em dores de cabeça, no estômago, solidão, estresse, conflitos que podem levar a transtornos mentais.
            Terça-feira, às três horas e meia, acordei com fortes dores abdominais, que se tornaram intensas e irresistíveis. Fui ao pronto socorro da Santa Casa de Misericórdia, em Rondonópolis, para atendimento de urgência. Após tomar fortes medicamentos para amenizá-las, foi diagnosticada pedra no rim. Na quarta-feira, às quinze horas, passei pelo primeiro procedimento cirúrgico para extração do cálculo renal. Durante todo esse processo, pude notar a importância pedagógica da dor em nossas vidas. Lembrei-me das palavras de um profissional da saúde: “Não podemos reclamar da dor, ela é importante e útil, pois nos avisa que algo não está funcionando corretamente em nosso organismo.” Além da importância clínica da dor, ela também tem seu valor no aprimoramento do nosso caráter e espiritualidade.
            A dor nos protege de nós mesmos, pois somos propensos a pensar que somos infalíveis. Quando ela chega, percebemos a nossa fragilidade e de quanto dependemos do nosso Deus.
            A dor fortalece a nossa fé em Deus. Ele permite que o sofrimento nos atinja, não para a destruição, mas para o nosso fortalecimento. No texto supracitado, o apóstolo Pedro deixa claro que as lutas são apenas para testar a nossa fé.          
            A dor nos prepara para melhor servir ao Senhor e às pessoas. Há inúmeros personagens bíblicos, que ilustram tal principio, destaco um que considero maravilhoso, José do Egito. Quantas dores e sofrimentos passou, algo que o fez um homem notável, preparado por Deus para salvar sua família, Israel e todo o Egito.
            A dor nos ajuda a ter empatia com o sofrimento de Jesus Cristo, o apóstolo Paulo destaca isso em sua epístola aos Filipenses: “Quero conhecer a Cristo, ao poder da sua ressurreição e à participação em seus sofrimentos, tornando-me como ele em sua morte.” (Fp 3:10)           
            O sofrimento nos desperta para o propósito da vida. Fomos criados para o louvor do nosso Deus e gozar da Sua gloriosa presença. Paulo escrevendo aos Coríntios afirmou: “Por isso, por amor de Cristo, regozijo-me nas fraquezas, nos insultos, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias. Pois, quando sou fraco é que sou forte.” (II Co 12:10). Só quem compreende o verdadeiro sentido da existência pode fazer tal afirmação.
            A dor se torna nossa professora, quando Deus quer nos ensinar algo. O salmista, cônscio dessa verdade, afirmou: “Foi-me bom ter sido afligido, para que aprendesse os teus estatutos.” (Sl 119:71) Deus trabalhou com essa pedagoga na vida do apóstolo Paulo: “Um espinho na carne me foi dado... com muita alegria, portanto, prefiro me gloriar em minhas fraquezas para que o poder de Cristo possa repousar sobre mim.” (II Co 12:7,9)  Ajudou-o muito na prevenção contra o orgulho e a soberba.
            Quando passamos pelos sofrimentos e os vencemos com a graça de Deus,  tornamo-nos sensíveis à aflição dos outros, poderemos ajudá-los, consolando-os, e sendo estímulo na fé e perseverança. “Pois assim como os sofrimentos de Cristo transbordam sobre nós, também por meio de Cristo transborda a nossa consolação. Se somos atribulados, é para consolação e salvação de vocês; se somos consolados, é para consolação de vocês, a qual dá paciência para suportarem os mesmos sofrimentos que nós estamos padecendo.” (II Co 1:5-6)   
É evidente que ninguém gosta de sentir dor ou sofrimento. Ela é o resultado do pecado no mundo. Um dia, quando Jesus voltar, toda a dor e sofrimento acabarão. Todavia nem todo  sofrimento é causado por nosso próprio pecado. Todos nós passamos por sofrimentos, que muitas vezes não compreenderemos, porém Deus promete nunca nos abandonar. Ele ajudará àqueles que nEle confiam  superá-los. Deus tem todo o poder para nos livrar. 
Meu querido, procure compreender aquilo que o Senhor lhe quer ensinar por meio do sofrimento, confie nEle, certamente Ele estará contigo em todo o tempo, um dia...”Ele enxugará de seus olhos toda lágrima; e não haverá mais morte, nem haverá mais pranto, nem lamento, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas.” (Apc 21:4)
Rev. Liberato Pereira dos Santos




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