A PEDAGOGIA DA DOR
1 Pedro 1: 6-7
A
dor pode surgir de repente, localizada, facilmente identificada, ou crônica, a
qual persiste por muito tempo e não é facilmente descrita, tornando-se de
difícil identificação. Existem vários tipos de dores: Nociceptiva manifesta-se
quando a via dolorosa ou o receptor nervoso aos estímulos da dor, que é chamado
de nociceptor, é ativado fisiologicamente por meio de um estímulo nocivo. A
origem da dor nociceptiva está associada a lesões de tecidos, ossos, músculos e
ligamentos; Dor visceral causada por problemas com órgãos internos, estômago, rins,
bexiga, intestinos, e outros. Resulta em febre, náuseas, espasmos e dores; A
dor neuropática é um tipo de sensação dolorosa, que ocorre em uma ou mais
partes do corpo e é associada a doenças, que afetam o Sistema Nervoso Central,
ou seja, os nervos periféricos, a medula espinhal ou o cérebro; Dor psicológica
que é mental, estressante, e pode levar a problemas físicos. Refletida em dores
de cabeça, no estômago, solidão, estresse, conflitos que podem levar a
transtornos mentais.
Terça-feira,
às três horas e meia, acordei com fortes dores abdominais, que se tornaram
intensas e irresistíveis. Fui ao pronto socorro da Santa Casa de Misericórdia,
em Rondonópolis, para atendimento de urgência. Após tomar fortes medicamentos
para amenizá-las, foi diagnosticada pedra no rim. Na quarta-feira, às quinze
horas, passei pelo primeiro procedimento cirúrgico para extração do cálculo
renal. Durante todo esse processo, pude notar a importância pedagógica da dor
em nossas vidas. Lembrei-me das palavras de um profissional da saúde: “Não
podemos reclamar da dor, ela é importante e útil, pois nos avisa que algo não
está funcionando corretamente em nosso organismo.” Além da importância clínica
da dor, ela também tem seu valor no aprimoramento do nosso caráter e
espiritualidade.
A
dor nos protege de nós mesmos, pois somos propensos a pensar que somos
infalíveis. Quando ela chega, percebemos a nossa fragilidade e de quanto dependemos
do nosso Deus.
A
dor fortalece a nossa fé em Deus. Ele permite que o sofrimento nos atinja, não
para a destruição, mas para o nosso fortalecimento. No texto supracitado, o
apóstolo Pedro deixa claro que as lutas são apenas para testar a nossa fé.
A
dor nos prepara para melhor servir ao Senhor e às pessoas. Há inúmeros
personagens bíblicos, que ilustram tal principio, destaco um que considero
maravilhoso, José do Egito. Quantas dores e sofrimentos passou, algo que o fez
um homem notável, preparado por Deus para salvar sua família, Israel e todo o
Egito.
A
dor nos ajuda a ter empatia com o sofrimento de Jesus Cristo, o apóstolo Paulo
destaca isso em sua epístola aos Filipenses:
“Quero conhecer a Cristo, ao poder da sua ressurreição e à participação em seus
sofrimentos, tornando-me como ele em sua morte.” (Fp 3:10)
O
sofrimento nos desperta para o propósito da vida. Fomos criados para o louvor
do nosso Deus e gozar da Sua gloriosa presença. Paulo escrevendo aos Coríntios
afirmou: “Por isso, por amor de Cristo,
regozijo-me nas fraquezas, nos insultos, nas necessidades, nas perseguições,
nas angústias. Pois, quando sou fraco é que sou forte.” (II Co 12:10). Só
quem compreende o verdadeiro sentido da existência pode fazer tal afirmação.
A
dor se torna nossa professora, quando Deus quer nos ensinar algo. O salmista,
cônscio dessa verdade, afirmou: “Foi-me
bom ter sido afligido, para que aprendesse os teus estatutos.” (Sl 119:71)
Deus trabalhou com essa pedagoga na vida do apóstolo Paulo: “Um espinho na carne me foi dado... com
muita alegria, portanto, prefiro me gloriar em minhas fraquezas para que o
poder de Cristo possa repousar sobre mim.” (II Co 12:7,9) Ajudou-o muito na prevenção contra o orgulho e
a soberba.
Quando
passamos pelos sofrimentos e os vencemos com a graça de Deus, tornamo-nos sensíveis à aflição dos outros,
poderemos ajudá-los, consolando-os, e sendo estímulo na fé e perseverança. “Pois assim como os sofrimentos de Cristo
transbordam sobre nós, também por meio de Cristo transborda a nossa consolação.
Se somos atribulados, é para consolação e salvação de vocês; se somos
consolados, é para consolação de vocês, a qual dá paciência para suportarem
os mesmos sofrimentos que nós estamos padecendo.” (II Co 1:5-6)
É evidente que
ninguém gosta de sentir dor ou sofrimento. Ela é o resultado do pecado no
mundo. Um dia, quando Jesus voltar, toda a dor e sofrimento acabarão. Todavia
nem todo sofrimento é causado por nosso
próprio pecado. Todos nós passamos por sofrimentos, que muitas vezes não
compreenderemos, porém Deus promete nunca nos abandonar. Ele ajudará àqueles
que nEle confiam superá-los. Deus tem
todo o poder para nos livrar.
Meu querido, procure
compreender aquilo que o Senhor lhe quer ensinar por meio do sofrimento, confie
nEle, certamente Ele estará contigo em todo o tempo, um dia...”Ele enxugará de seus olhos toda lágrima; e não haverá mais morte,
nem haverá mais pranto, nem lamento, nem dor; porque já as primeiras coisas são
passadas.” (Apc 21:4)
Rev. Liberato Pereira dos Santos
Disponibilizamos o boletim informativo da IPBN, a fim de que você fique por dentro daquilo que Deus está fazendo em/através da nossa comunidade. Boa leitura.
Click no link abaixo e faça o download:
https://mega.nz/#!IQI3Ga5D!5UoWFD5ozdBb_exxNpnxM-Qn8y-5k3wEeRFTW8iLQoQ
https://mega.nz/#!IQI3Ga5D!5UoWFD5ozdBb_exxNpnxM-Qn8y-5k3wEeRFTW8iLQoQ
Postar um comentário