sexta-feira, 11 de outubro de 2019

SOLA GRATIA – UMA MENSAGEM PARA OS NOSSOS DIAS 13.10.19

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Lucas 18: 9-14
            Para alguns que confiam em sua própria justiça e desprezam os outros, Jesus contou a parábola de dois homens que subiram ao templo para orar, um fariseu e o outro cobrador de impostos. O fariseu levantou-se e orou sobre si mesmo: “Deus, obrigado, porque não sou como os outros homens, ladrões, malfeitores, adúlteros, ou mesmo como esse cobrador de impostos. Jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo que recebo”. O cobrador de impostos ficou à distância, nem sequer ousou olhar para ao céu, porém bateu no peito e disse: “Deus, tenha piedade de mim, sou um pecador”. Jesus afirmou que este homem, e não o outro, foi para casa justificado diante de Deus, pois todo aquele que se exalta será humilhado, e quem se humilha será exaltado.
            Há dois homens sendo apresentados nesta parábola, infelizmente, mais de 2000 anos depois, perdemos um pouco do significado cultural, que está por detrás desses dois indivíduos. Penso que poderíamos fazer a seguinte analogia, para nossa melhor compreensão: temos um herói e um vilão na história. Primeiro, somos apresentados ao herói, o fariseu. Hoje, quando pensamos em um fariseu, geralmente imaginamos um cara mau, alguém lutando contra Jesus, sempre do lado errado. Porém no texto ele representa o herói. Um defensor do código moral, alguém que propõe viver uma vida de santidade, o tipo fiel, confiável e dizimista, que contribui para manter as portas do templo abertas. Frequenta regularmente as atividades da igreja, e vive uma vida que todos podem considerar boa e digna de louvor. Em segundo, temos um vilão, o coletor de impostos. Este é um homem que trapaceia e mente para ganhar a vida. Ele é uma pessoa completamente má, ladrão que  enriqueceu extorquindo as pessoas. Ouvir o seu nome fazia o sangue das pessoas ferverem de indignação.
            Jesus mostra por meio da narrativa que, em Seu Reino, o conceito de herói é bem diferente: o primeiro será o último e o último será o primeiro. É um Reino onde o herói da história transforma-se no alvo de piada, e o vilão é elevado como aquele que é honrado. Lembre-se, é importante vê-los sob essa luz, como era naquele tempo, ou perderemos o ensinamento. Se lermos essa parábola olhando o fariseu como um herói e o cobrador de impostos como um vilão, de modo que cada um receberá o que merece, assim encontraremos o ensino da graça de Deus, que trabalha de tal maneira que não recebemos conforme merecemos. Se todos nós obtivermos o favor de Deus por merecimento, estaríamos condenados para sempre.
            Não somos pessoas perfeitas, todos ficamos muito aquém do padrão divino. Sob a luz dessa história, aprendemos que Deus justifica o pecador que reconhece os seus pecados e suplica pelo perdão, e vemos claramente o fracasso daquele que se apoia na justiça própria. Não somos justificados pelo nosso desempenho, e nem obtemos a salvação pelo nosso esforço. A mensagem que os reformadores procuraram resgatar há 500 anos. 
            Infelizmente, ainda hoje, muitos cometem o erro trágico de pensar que podem resolver os problemas por si mesmos. Acreditam que, de alguma forma, por meio de práticas e rituais religiosos podem receber o favor de Deus. Quem se esforçar o suficiente impressionará Deus com o pouco de bom que realmente fazem em comparação com todas as coisas ruins que realizam. O que precisamos trazer à memória é o mesmo que os reformadores defendiam, a VERDADE. Quando parecia que Ela não estava em lugar algum, Deus a fez bilhar intensamente. Reis, sacerdotes e monges deram suas vidas para restaurar, proclamar, defender e honrar essa VERDADE. Levantar o único farol da salvação, mostrando-nos que, enquanto éramos pecadores, Cristo morreu e ressuscitou dos mortos, a fim de nos proporcionar um relacionamento com Deus, por meio da sua maravilhosa graça.
            Hoje, essa VERDADE continua libertando vidas e transformando corações. A graça de Deus ainda molda o destino eterno de homens e mulheres. Sua mensagem traz conforto para nossas vidas imperfeitas, revelando que, apesar de cairmos, Deus não nos abandona, mas aponta para um lugar, e apenas nele - Jesus, sua morte e a sua tumba vazia. Não podemos esquecer daquilo que Deus fez por nós, e aquilo que Ele continua fazendo, e nada podemos fazer além de Deus. Devemos ser bons cristãos, evitar o pecado, fazer boas obras, correto. Mas se observarmos, só um pouquinho, não importa o quanto tentemos, não importa quão bons sejamos, sempre cometeremos erros, pois não somos perfeitos. Não somos justificados pelas nossas boas ações, atos de justiça, mas somente pela graça maravilhosa do Senhor.
            Não podemos, pois,  ter outra atitude senão como a do cobrador de impostos, reconhecermos que somos pecadores e clamarmos pelo perdão de Deus. Em gratidão a Deus, pela sua graça maravilhosa, que nos perdoa e restaura, vivermos para o louvor de Sua glória.
                  Rev. Liberato Pereira dos Santos


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