Gálatas 5
As pessoas marcam
horários e comemorações de maneiras diferentes em várias partes do mundo. No
Brasil, as ruas e salões ficam lotados. Universalmente, essa celebração é
conhecida como “Carnaval”, a palavra vem da combinação de vocábulos latinos que
significam “adeus à carne”. Há muita ironia nesse nome, porque não existe um
momento sequer, em que os desejos da carne sejam negados ou abandonados, em vez
disso, as pessoas se entregam aos prazeres carnais. Tudo vale: Comer
gulosamente, consumo descontrolado do álcool, uso de drogas ilícitas,
demonstrações públicas de imoralidade sexual, para não falar do que se passa
nos salões a portas fechadas.
Então, por que o nome
“adeus à carne”? O carnaval coincide com o tradicional dia anterior ao período
de jejum, que alguns praticam como Quaresma, um período de 40 dias de abnegação
e arrependimento, instituído por líderes romanos, nos primórdios da igreja
cristã, como forma de preparar os cristãos católicos romanos para a Páscoa. O
início desse período é conhecido como quarta-feira de cinzas, em seguida ao
último dia do carnaval, conhecido como terça-feira gorda. Na quarta-feira, o
trabalho dos sacerdotes não era chamar as pessoas a um profundo e verdadeiro
arrependimento, mas prepará-las cerimoniosamente para a Quaresma. Em outras
palavras: divirtam-se! Bebam tão intensamente quanto possam satisfazer os
desejos de sua carne, entreguem-se à sensualidade e lascívia, porém apenas certifiquem-se
de confessar seus pecados ao sacerdote antes da Quaresma, o qual ao ouvir os
pecados prescreverá jejum e o tipo de penitência adequada.
No texto supracitado, Paulo deixa claro que nenhuma
obra humana, circuncisão, lei, penitência ou qualquer outro ritual pode expiar
ou reparar um relacionamento quebrado com Deus, herdado pelo pecado. Os
judaizantes alegavam que os ensinamentos do apóstolo encorajavam as pessoas a
abandonar toda restrição e se entregar a todos os tipos de pecados. No entanto
Paulo desejava mostrar que nenhuma formalidade externa, da lei ou não, poderia
resolver o problema do pecado. Isso só era possível alcançar por meio da obra
sobrenatural do Espírito Santo. O Espírito de Deus é quem nos capacita à
obediência, o que ele chama de “andar no Espírito” (Gl 5:16). O fruto do
Espírito é o resultado natural de andar no Espírito. Mas e aqueles que não
andam no Espírito? Deus diz que eles vivem na carne, com o objetivo e o padrão
de vida, que podem ser vistos externamente em seus atos carnais. Paulo vai
chamar de “as obras carne”, porque são divididas e frequentemente conflitam
umas com as outras, e mesmo, quando praticada por si mesmas, trazem sua origem
carnal. Enquanto o “fruto do Espírito” (Gl 5:23) é singular, porque, por mais
variados que sejam os resultados, formam um todo harmonioso.
No carnaval, as pessoas
se entregam às obras da carne, refletindo os desejos pecaminosos da humanidade decaída
e não resgatada, os quais estão em guerra espiritual contra os desejos do
Espírito (Gl 5:17). O termo “Carne”, no NT, frequentemente é empregado para
designar as tendências pecaminosas, que existem potencialmente nas pessoas, a
maioria relacionada aos apetites e ambições corporais. Embora os pecados
listados por Paulo em Gálatas 5, sejam claramente visíveis, neste período de
carnaval, nas ruas e salões de nosso país, e são características naturais da
humanidade decaída, isso não quer dizer que aqueles que não participam do
carnaval estejam livres de tais pecados. Todos nós possuímos a carne (natureza
pecaminosa) que, portanto, se manifesta em comportamento pecaminoso, quaisquer
que sejam suas formas particulares. Estes são comportamentos normais e
contínuos para os incrédulos em seu curso de vida na carne, mas são
comportamentos anormais e esporádicos na vida dos cristãos, daqueles que vivem
no Espírito. Um cristão pode andar no Espírito e evitar todos eles, ou pode
ceder à carne e ser vítima de qualquer um deles.
É muito triste perceber
que, durante um período como este,
muitas pessoas se entregam aos frutos da carne: “imoralidade sexual, impureza e
libertinagem; idolatria e feitiçaria; ódio, discórdia, ciúmes, ira, egoísmo,
dissensões, facções e inveja; embriaguez, orgias e coisas semelhantes” (Gl
5:19-21), e como consequência colhem: separações conjugais, dívidas, doenças,
homicídios, gravidez precoce e outros males.
A notícia maravilhosa
que a Palavra de Deus nos traz é que, àqueles que desejam se libertar do domínio do pecado, o Senhor
providenciou o recurso necessário para a nossa purificação, o Sangue do Seu Filho
amado, Jesus Cristo (I Jo 1:7), bem como
nos deu o Seu Espírito, que nos capacita a fugir de toda aparência do mal (I Ts
5.22). Que Deus tenha misericórdia daqueles que se entregam aos prazeres da
carne no carnaval e nos ajude a viver no Espírito, a fim de que possamos
glorificar sempre o Seu glorioso Nome.
Rev. Liberato Pereira
dos Santos
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