sábado, 22 de fevereiro de 2020

UMA PALAVRA SOBRE O CARNAVAL 23.02.20

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Gálatas 5
As pessoas marcam horários e comemorações de maneiras diferentes em várias partes do mundo. No Brasil, as ruas e salões ficam lotados. Universalmente, essa celebração é conhecida como “Carnaval”, a palavra vem da combinação de vocábulos latinos que significam “adeus à carne”. Há muita ironia nesse nome, porque não existe um momento sequer, em que os desejos da carne sejam negados ou abandonados, em vez disso, as pessoas se entregam aos prazeres carnais. Tudo vale: Comer gulosamente, consumo descontrolado do álcool, uso de drogas ilícitas, demonstrações públicas de imoralidade sexual, para não falar do que se passa nos salões a portas fechadas.
Então, por que o nome “adeus à carne”? O carnaval coincide com o tradicional dia anterior ao período de jejum, que alguns praticam como Quaresma, um período de 40 dias de abnegação e arrependimento, instituído por líderes romanos, nos primórdios da igreja cristã, como forma de preparar os cristãos católicos romanos para a Páscoa. O início desse período é conhecido como quarta-feira de cinzas, em seguida ao último dia do carnaval, conhecido como terça-feira gorda. Na quarta-feira, o trabalho dos sacerdotes não era chamar as pessoas a um profundo e verdadeiro arrependimento, mas prepará-las cerimoniosamente para a Quaresma. Em outras palavras: divirtam-se! Bebam tão intensamente quanto possam satisfazer os desejos de sua carne, entreguem-se à sensualidade e lascívia, porém apenas certifiquem-se de confessar seus pecados ao sacerdote antes da Quaresma, o qual ao ouvir os pecados prescreverá jejum e o tipo de penitência adequada.
 No texto supracitado, Paulo deixa claro que nenhuma obra humana, circuncisão, lei, penitência ou qualquer outro ritual pode expiar ou reparar um relacionamento quebrado com Deus, herdado pelo pecado. Os judaizantes alegavam que os ensinamentos do apóstolo encorajavam as pessoas a abandonar toda restrição e se entregar a todos os tipos de pecados. No entanto Paulo desejava mostrar que nenhuma formalidade externa, da lei ou não, poderia resolver o problema do pecado. Isso só era possível alcançar por meio da obra sobrenatural do Espírito Santo. O Espírito de Deus é quem nos capacita à obediência, o que ele chama de “andar no Espírito” (Gl 5:16). O fruto do Espírito é o resultado natural de andar no Espírito. Mas e aqueles que não andam no Espírito? Deus diz que eles vivem na carne, com o objetivo e o padrão de vida, que podem ser vistos externamente em seus atos carnais. Paulo vai chamar de “as obras carne”, porque são divididas e frequentemente conflitam umas com as outras, e mesmo, quando praticada por si mesmas, trazem sua origem carnal. Enquanto o “fruto do Espírito” (Gl 5:23) é singular, porque, por mais variados que sejam os resultados, formam um todo harmonioso.
No carnaval, as pessoas se entregam às obras da carne, refletindo os desejos pecaminosos da humanidade decaída e não resgatada, os quais estão em guerra espiritual contra os desejos do Espírito (Gl 5:17). O termo “Carne”, no NT, frequentemente é empregado para designar as tendências pecaminosas, que existem potencialmente nas pessoas, a maioria relacionada aos apetites e ambições corporais. Embora os pecados listados por Paulo em Gálatas 5, sejam claramente visíveis, neste período de carnaval, nas ruas e salões de nosso país, e são características naturais da humanidade decaída, isso não quer dizer que aqueles que não participam do carnaval estejam livres de tais pecados. Todos nós possuímos a carne (natureza pecaminosa) que, portanto, se manifesta em comportamento pecaminoso, quaisquer que sejam suas formas particulares. Estes são comportamentos normais e contínuos para os incrédulos em seu curso de vida na carne, mas são comportamentos anormais e esporádicos na vida dos cristãos, daqueles que vivem no Espírito. Um cristão pode andar no Espírito e evitar todos eles, ou pode ceder à carne e ser vítima de qualquer um deles.
É muito triste perceber que,  durante um período como este, muitas pessoas se entregam aos frutos da carne: “imoralidade sexual, impureza e libertinagem; idolatria e feitiçaria; ódio, discórdia, ciúmes, ira, egoísmo, dissensões, facções e inveja; embriaguez, orgias e coisas semelhantes” (Gl 5:19-21), e como consequência colhem: separações conjugais, dívidas, doenças, homicídios, gravidez precoce e outros males.
A notícia maravilhosa que a Palavra de Deus nos traz é que, àqueles que desejam  se libertar do domínio do pecado, o Senhor providenciou o recurso necessário para a nossa purificação, o Sangue do Seu Filho amado, Jesus Cristo (I Jo 1:7),  bem como nos deu o Seu Espírito, que nos capacita a fugir de toda aparência do mal (I Ts 5.22). Que Deus tenha misericórdia daqueles que se entregam aos prazeres da carne no carnaval e nos ajude a viver no Espírito, a fim de que possamos glorificar sempre o Seu glorioso Nome.
Rev. Liberato Pereira dos Santos



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