Jeremias 18:1-6
Os governos estaduais e
municipais estão começando a flexibilizar a abertura das atividades em nossos
munícipios, neste momento de pandemia. Creio que, com responsabilidade e
cuidado, seja importante, pois a rigidez exagerada de qualquer norma traz
muitos prejuízos.
Flexibilização é a
qualidade de ser brando o suficiente para dobrar livremente ou repetidamente
sem quebrar, a capacidade de ceder. Deus deseja realizar Sua obra-prima em nós,
à medida que Ele nos coloca em conformidade com a imagem de Seu Filho, Jesus
Cristo. Assim como um oleiro amolda um pedaço de barro, também o Senhor
trabalha em nossas vidas, moldando-nos como vasos escolhidos. Para que um
oleiro conclua sua obra com sucesso, a argila necessita ser flexível, não pode
estar nem muito seca ou muito úmida para ter uma flexibilidade correta. Deve ser
livre de impurezas e pedregulhos, o que impedirá as mãos do oleiro moldar o
vaso. Da mesma forma, ocorre com a obra que Deus está realizando em nossas
vidas, necessitamos ser flexíveis e purificados. Quando perdemos nossa
flexibilização, atrapalhamos aquilo que o Senhor deseja realizar em nós.
O barro pode estragar-se
na mão do oleiro, resistindo-lhe os toques aplicados. A palavra “estragado”, no
texto supracitado, significa corrompido, danificado, arruinado, perder as boas
qualidades. Quando há resistência ao que o Mestre deseja executar em nós,
tornamo-nos rígidos e danificados. O que faz alguém se tornar inflexível e
resistente à obra de Deus?
O orgulho – Antes que Deus nos possa mudar, devemos reconhecer que necessitamos da
Sua ação em nossas vidas. A sensação de que “eu estou bem do jeito que sou”,
não passa de orgulho. O apóstolo Tiago nos diz: "... Deus se opõe aos orgulhosos, mas concede graça aos
humildes" (4:6). E o sábio rei Salomão nos fala de uma geração que é
pura aos seus próprios olhos, e, ainda assim, não é lavada da sua própria imundície,
seus olhos e pálpebras são altivos e combatem o agir de Deus. (Pv 30:12-13).
Creio que a maior das falhas é a consciência de que não tem nenhuma. Não sejamos
orgulhos, deixemos o Senhor trabalhar em nossas vidas.
Apego às coisas materiais- Jesus fez a
seguinte advertência: "Cuidado!
Fiquem de sobreaviso contra todo tipo de ganância; a vida de um homem não
consiste na quantidade dos seus bens" (Lucas 12:15). Madame Jeanne
Marie de La Mothe Guyon pode ajudar-nos a compreender como as coisas materiais nos
levam a opor-se ao trabalho de Deus em nossas vidas, quando disse: “Se não
houvesse mistura em sua alma, ela se apressaria instantaneamente em direção ao
Deus todo-poderoso e se entregaria completamente a Ele. Mas se você está
carregado com muitos bens materiais ou qualquer outra coisa, essa atração é
dificultada. Muitos cristãos se agarram a parte do mundo ou parte de si com
tanta força que passam a vida inteira fazendo apenas o progresso de um caracol
em direção ao seu centro.” Devemos ter sempre em mente aquilo que Jesus Cristo
disse em Mateus 6:10-20.
Os prazeres da vida – O Mestre exortou: “Pois, que adiantará ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua
alma? Ou, o que o homem poderá dar em troca de sua alma?” (Mt 15:26).
Muitos não desejam abrir mão dos prazeres transitórios da vida, para deixar o Senhor
moldar seu caráter segundo o Seu querer. Dwight L. Moody afirmou: “Há muito
poucos, que em seus corações não acreditam em Deus, mas o que eles não farão é
dar-Lhe o direito exclusivo de ação. Eles não estão prontos para prometer total
fidelidade somente a Deus. Muitos cristãos professos são uma pedra de tropeço,
porque sua adoração é dividida. No domingo adora a Deus; nos dias de semana, o
Senhor tem pouco ou nenhum lugar em seus pensamentos.” Faz-nos bem recordarmos
das palavras do evangelista João em sua primeira epístola capítulo dois,
versículos quinze a dezessete.
Preso ao passado – Alguns têm apenas medo de mudar, estão
confortáveis com o status quo e não querem agitar o barco. Possuem a síndrome
da Gabriela: ““Eu nasci assim, eu cresci assim, eu sou mesmo assim, vou sempre
assim…”. Estão impregnados de tradições e hábitos. O apóstolo Paulo nos instrui
dizendo: “Tenham cuidado para que ninguém
os escravize a filosofias vãs e enganosas, que se fundamentam nas tradições
humanas e nos princípios elementares deste mundo, e não em Cristo.” (Cl
2:8). Não deixemos que as coisas antigas impeçam o agir de Deus em nossas vidas,
procuremos libertar-nos de tudo aquilo que danifica e arruína a obra do Criador
em nós.
Assim, como as
autoridades estão realizando a flexibilização da abertura das atividades nos
munícipios, também devemos flexibilizar nossas vidas para o trabalho do Senhor,
a fim de Ele forme a imagem do Seu Filho em nós. Para isso, é necessário que
abandonemos a nossa soberba ridícula, o apego às coisas materiais, os prazeres
efêmeros e as nossas tradições erradas do passado. Que o Senhor nos conceda um
coração quebrantado pronto para o Seu labor.
Rev. Liberato Pereira
dos Santos
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