sexta-feira, 23 de outubro de 2020

REFORMA, RESGATANDO SUA MENSAGEM. 25.10.2020

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Dia 31 de outubro, celebraremos os 503 anos da Reforma. No século XV e até ainda hoje, as pessoas tinham uma falsa compreensão de Deus. Ele era visto como um Deus de ira e julgamento. Os seres humanos só poderiam agradar-Lhe por meio das suas boas obras. Jesus era tão santo, que as pessoas não podiam aproximar-se dele em oração, sem a mediação do sacerdote. Então, os fiéis oravam aos santos falecidos, e os sacerdotes intercediam por eles. Nesse período, a Igreja Católica Romana oferecia perdão de pecados, que podia ser comprado com dinheiro, boas obras e penitências, mesmo em favor de parentes que já haviam morrido. Foi um falso e equivocado entendimento do amor de Deus.

Hoje, nossa cultura também tem uma falsa concepção das mesmas questões fundamentais da vida, as quais confrontaram Martinho Lutero. Como eu posso ter a certeza do perdão dos meus pecados e, assim, estar em paz com Deus? Como posso ter certeza de que a eternidade com Deus é o meu destino? Essas ainda são perguntas que homens e mulheres estão fazendo em nossos dias. Charles Colson, em seu livro “The Body” afirma: “Desde o início, o pensamento civilizado ocidental foi construído sobre a existência da verdade absoluta. O consenso intelectual predominante estava enraizado na tradição judaico-cristã e nas ideias greco-romanas, que explicavam o universo, a humanidade e o propósito da vida. Quer acreditemos em Deus ou não, essa imaginação deu origem à forma e substância da ciência, arte, música, comércio, que garantiu um ambiente positivo para o discurso político e ético. Agora o mundo ocidental está sob a influência do misticismo oriental e do secularismo, em que não há verdade absoluta. Separados desta, estamos perdidos no cosmos, como uma nave Enterprise à deriva no tempo e no espaço.”

Pilatos perguntou a Jesus: “O que é a verdade?” Jesus respondeu: “Eu sou a verdade.” “Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz.” Ele tinha ouvidos, mas não ouviu, pensou, como muitos em nossa cultura, que encontraria a verdade, olhando-se no espelho. O cristianismo está enfrentando o mesmo desafio que Martinho Lutero enfrentou. Qual é a verdadeira mensagem de Deus? Nossa cultura pressiona as pessoas a aceitarem a falsa premissa de que não existem absolutos morais. As pessoas exigem tolerância a práticas pecaminosas. Há uma tentativa contínua de silenciar os valores cristãos e colocar a Bíblia como apenas mais um caminho a Deus, junto com outras crenças religiosas. Negando o que as Escrituras nos dizem em Atos 4:2 “Não há salvação em nenhum outro, pois, debaixo do céu não há nenhum outro nome dado aos homens pelo qual devamos ser salvos"

            Como muitos outros nos séculos XIV E XV, Martinho Lutero pensava que, ao se tornar um monge, poderia encontrar um caminho para agradar a um Deus justo e obter o perdão de seus pecados. Quanto mais ele rezava e se autoflagelava para ser puro, mais ansiedade e incerteza o dominavam. Enquanto Lutero estava ensinando o livro de Romanos na Universidade de Wittenburg, Deus o convenceu com as seguintes palavras: “Porque no evangelho é revelada a justiça de Deus, uma justiça que do princípio ao fim é pela fé, como está escrito: "O justo viverá pela fé" (Rm 1:17) O fardo de Lutero, seu medo da morte, tudo voou pela janela e sua mente, alma e corpo foram libertos.

            Nos dias do reformador, as pessoas ouviam as seguintes palavras: “Assim que a moeda do cofre tilintar, a alma do purgatório sairá.” Com dinheiro podia adquirir o perdão, a salvação. Essas palavras significavam que a morte de Jesus na cruz não foi suficiente para pagar pelo nosso perdão total nem pela nossa justificação. Hoje, ouvimos as seguintes palavras: “Estamos todos em uma jornada espiritual e existem muitos caminhos para Deus. ” O homem moderno quer criar sua própria escada para Deus, em vez de aceitar que Jesus é a única escada de Deus. Nos dias de Lutero, a verdade da justificação era jogada fora por causa de moedas e um pedaço de papel chamado indulgência, em nossos dias, a justificação pela fé em Jesus é descartada pela exigência de tolerância ao pecado e perda da verdade absoluta.

            Paulo escrevendo à igreja de Corinto, afirmou: “Deus tornou pecado por nós aquele que não tinha pecado, para que nele nos tornássemos justiça de Deus.” (II Co 5:21) Na psicologia, isso é chamado de “transferência”, Deus transferiu para Jesus todos os nossos pecados e  para nós toda a Sua justiça. É um presente gratuito, se o recebermos como nosso salvador. Jesus foi a presença visível do Deus invisível na terra. Sua missão era trazer a salvação, o dom gratuito do perdão, a promessa de vida eterna. Na carta aos Colossenses, o apóstolo nos ensina que o próprio Deus trouxe de volta para si todas as coisas na terra e nos céus, fazendo a paz por meio do sangue de Cristo derramado na cruz. Pela fé podemos estar diante do Criador do Universo, santos e sem mácula, livres de acusação, se nos mantivermos em nossa fé em Cristo. (Cl 1:15-23).

            Levando-se em consideração os pontos apresentados, torna-se necessário o resgate da mensagem da Reforma: Um Deus gracioso que salva o pecador pela fé na obra substitutiva de Jesus Cristo. Não há outro caminho para se reconciliar com o Criador, e viver em plenitude de vida, sem reconhecer sua total incapacidade de auto salvar-se e render-se completamente a Ele pela fé.

               Rev. Liberato Pereira dos Santos



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