sexta-feira, 13 de novembro de 2020

A CURA PARA O PRECONCEITO 15.11.2020

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    A CURA PARA O PRECONCEITO
Atos 10: 9-16

Nesta semana somos lembrados do preconceito racial com a celebração do Dia da Consciência Negra. As pessoas hoje estão mais sintonizadas com as questões do preconceito do que em qualquer outro momento da história da humanidade. Contudo o fato de ter ciência de algo não representa um remédio de ação imediata.

O preconceito é muito parecido com o câncer. É muito agressivo e prejudicial. Cresce rapidamente e seus efeitos são de longo alcance. Ele destrói vidas, relacionamentos e prejudica nossa capacidade de viver aquilo para o qual fomos projetados. Existem poucas curas na medicina, as quais seriam tão bem-vindas e elogiadas como a cura para o câncer, mas pretendo, a partir do texto supracitado, dar uma olhada sincera na medicação eficaz muito real e disponível para o mal do preconceito.

            Para que o tratamento funcione, deve ser administrado exatamente como o médico prescreve. A receita apresentada, em nosso texto, mostra-nos três passos importantíssimos:

Devemos reconhecer uma história de preconceito. v.14 Pedro constatou e admitiu o seu desprezo aos gentios (povos de outras nações, religiões e costumes). Mas ele não foi o único personagem bíblico a possuir preconceito, também podemos vê-lo no profeta Jonas em seus sentimentos para com os ninivitas, bem como nos demais discípulos de Jesus em suas atitudes para com a mulher siro-fenícia, os samaritanos e existem muitos outros. Infelizmente, muitos cristãos continuam a praticá-lo hoje, inclusive em nosso meio. O preconceito não se dirige apenas às pessoas de diferentes origens raciais ou étnicas, mas também pode ser dirigido a indivíduos de diferentes níveis socioeconômicos, ou talvez até mesmo a alguém cujo estilo de vida não corresponda aos nossos próprios padrões, “que consideramos elevados”. 

Se queremos cura para as nossas atitudes preconceituosas é fundamental reconhecermos e admitirmos que as possuímos. 

            Possuir um coração disposto a mudar – v.6 Este versículo mostra que Pedro se encontrava hospedado na casa de Simão, o curtidor. Aqueles que conhecem a passagem sabem o que um curtidor faz. Ele trabalha com peles de animais mortos. Levítico onze deixa claro quais animais são limpos ou impuros e também mostra notoriamente que se alguém tocar a carcaça de um desses animais sem saber se torna impuro. O texto não nos diz que esse operário em particular só lidava com peles de animais que eram considerados limpos. De qualquer maneira, fica claro que Pedro estava disposto a arriscar, ficando na residência de um curtidor. Embora ele possa não ter comido alimento impuro, não o incomodava ficar um pouco perto dele.

            Para vencer o preconceito, devemos dispor o nosso coração a superar as barreiras que levantamos, sejam elas religiosas, raciais, sociais, ideológicas e muitas outras. Ter o coração aberto para se aproximar das pessoas independentemente da sua situação.

            Abraçar uma herança de amor . v.15 – Pedro ainda precisava descobrir o que isso significava, mas podemos agora nos dar ao luxo de ver e saber como tudo de fato se desenrola. É claro que Pedro não era conhecido por ter uma pessoalidade das mais fáceis, ele tinha visto isso acontecer várias vezes, sem o simbolismo, no ministério de Jesus. Podemos aqui destacar alguns exemplos de como Cristo amou e  limpou aqueles que os outros rejeitavam completamente: curou um leproso que era rejeitado por todos, tocando-o com amor, e atendeu ao pedido de centurião romano, gentio, odiado pelos judeus,  em favor de seu servo que estava enfermo (Mt 8); chamou para fazer parte do seu grupo de discípulos um cobrador de impostos, pessoa rejeitada e detestada (Mt 8); permitiu que uma mulher pecadora (adúltera) o tocasse e lhe perdoou os pecados (Lc 7); quebrou a barreira do preconceito racial e de gênero ao se dirigir a uma mulher samaritana, fazendo-lhe um pedido e oferecendo-lhe a água da vida – salvação; visitou a casa de um publicano cobrador de imposto chamado Zaqueu ( Lc 9); acolheu a mulher adúltera, execrada pela sociedade por ter sido apanhada em adultério, oferecendo-lhe amor, perdão e oportunidade de uma nova vida (Jo 8); ressuscitou o filho de uma viúva tocando no caixão, destruindo a barreira do preconceito cerimonial (Lc 7). Poderíamos citar tantos outros atos do Mestre, nos quais Ele destrói o obstáculo do preconceito com amor e ternura.

            Então, qual é exatamente a cura para o preconceito? Podemos resumi-la na ordem de Jesus, quando disse a todos nós: “Amem-se uns aos outros. Como eu os amei, vocês devem amar-se uns aos outros.” (Jo 13:33) Ele foi capaz de mostrar amor e compaixão sem rejeitar a pessoa nem concordar com seu pecado. Em todas as suas ações, Ele amou todos incondicionalmente, mas ordenou que não voltassem ao pecado. Este é o modelo que devemos viver. Amemos as pessoas sem preconceitos, concedendo-lhes a oportunidade de ter uma vida plena na presença do Senhor.

            Rev. Liberato Pereira dos Santos



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