sexta-feira, 12 de março de 2021

PODE O CULPADO SER LIVRE? 14.03.2021

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1 João 1:5 - 2:5

            Vivemos numa sociedade marcada pelo ódio, onde o perdão se torna inaceitável. Inúmeras vezes, já ouvi expressões como esta: “Nunca te perdoarei enquanto eu viver!” Prega-se o amor, mas condena o pecador, sem lhe oferecer a oportunidade de restauração. Louvo a Deus, porque Ele não pensa e não age assim.

No texto em epígrafe, o apóstolo João nos revela três verdades sobre o perdão:

            a. Deus é Santo (1:5-6) João declara: “Esta é a mensagem que dele ouvimos e transmitimos a vocês: Deus é luz.” O que isso significa? Ao fazer essa afirmação, as Escrituras estão dizendo que Ele é puro, perfeito e totalmente justo. Outro aspecto de Deus como luz é que esta afasta as trevas. A maioria de nós já teve a experiência de acordar no meio da noite e acender a luz. O que antes não podia ser visto, agora é revelado.

            Assim João está afirmando que Deus é completamente e totalmente santo na essência do Seu caráter. Ele é santo no que faz, no que pensa e naquilo que fala. Se Deus sendo luz significa que Ele é completamente santo, então as trevas devem representar sujeira, impureza e maldade. Por isso João afirma: “Se dissermos que temos comunhão com ele e andamos nas trevas mentimos e não praticamos a verdade.” A escuridão e a luz são incompativeis. Andar nas trevas significa viver em pecado e prazer imoral. Não podemos ter comunhão com Deus e continuar a viver em pecado. Deus é completamente santo e não pode tolerar o pecado, esquecê-lo, varrer para baixo do tapete, ser politicamente correto ou porque todo o mundo está fazendo aceitá-lo. Deus odeia o pecado! Isso nos leva à segunda verdade:

            b. Somos pecadores – (1:8-9)  João utiliza o substantivo “pecado” em vez do verbo pecar para enfatizá-lo como um principio na natureza humana. Assim como a santidade é parte do caráter de Deus, o pecado faz parte do caráter do homem. As Escrituras são claras sobre este fato: “Pois todos pecaram e destituidos estão da glória de Deus.” (Rm 3:23) “Todos nós, tal qual ovelhas, nos desviamos, cada um de nós se voltou para o seu próprio caminho…” (Is 53:6) Se dissermos que não somos pecadores, estamos apenas enganando a nós mesmos, mais do que isso, se afirmamos que não pecamos e não precisamos da graça de Deus, chamamos Deus de mentiroso. Ele declara em Sua Palavra que somos culpados, que o pecado faz parte do nosso próprio caráter. Se ousarmos dizer que não pecamos, a verdade de Deus não está em nós. Somos pecadores nas mãos de um Deus irado. O apóstolo Tiago descreve de forma clara essa verdade: “Cada um, porém, é tentado pela própria cobiça, sendo por esta arrastado e seduzido. Então a cobiça, tendo engravidado, dá à luz o pecado; e o pecado, após ter-se consumado, gera a morte.” (Tg 1:14-15). Fato incontestável e inevitável: Somos pecadores! Mas a terceira verdade nos apresenta uma boa notícia:

            c. Deus perdoa os pecadores (1:7,9 – 2:1-2) Duas coisas são evidentes: somos pecadores, como tais, merecemos a morte física e espiritual. “O salário do pecado é a morte…” (Rm 6:23) No entanto, Jesus pagou o preço por nossos pecados. João diz que Jesus é a “propriciação pelos nossos pecados.” Significa que Ele tomou sobre si o castigo pelos nossos pecados e satisfez o justo julgamento de Deus contra o pecado. Por causa do nosso pecado, merecíamos a morte, mas o próprio Jesus ficou em nosso lugar na cruz e morreu para nos purificar. Seu sangue nos limpa de todo o pecado. A má notícia é que todos nós merecemos a morte, mas a boa notícia é que Jesus já pagou essa ofensa, a fim de nos dar vida. Ele satisfez o preço, mas não estamos isentos de responsabilidade. No v.9 diz: “se confessarmos os nossos pecados…” É uma declaração condicional, se fizermos isso, Deus fará aquilo. Se confessarmos nossos pecados, Deus nos perdoará. Ele está disposto a perdoar, porém devemos humilhar-nos aos Seus olhos, admitir que pecamos e clamarmos pelo Seu perdão. “"Venham, vamos refletir juntos", diz o Senhor. "Embora os seus pecados sejam vermelhos como escarlate, eles se tornarão brancos como a neve; embora sejam rubros como púrpura, como a lã se tornarão.” (Is 1:18) Deus está disposto a perdoar, mas o homem precisa reconhecer seu pecado. Se fizermos isso, as Escrituras afirma: “Ele é fiel e justo para perdoar os nossos pecados e nos purificar de toda injustiça.” Jesus não apenas nos purifica do pecado por meio de seu sangue, mas Ele é ainda nosso advogado diante do Pai. Se nós, pela fraqueza de nossa natureza humana, cairmos no pecado, novamente temos alguém que se coloca perante o Pai e intercede por  nossa causa, Jesus Cristo, o justo!

            Desta forma, Deus é misericordioso e nós carecemos de misericórdia. Por causa do nossos pecado, fazemos jus à morte, mas Jesus colocou-se em nosso lugar na cruz do Calvário, tomando sobre suas mãos os pregos, que deveriam ter dilacerado as nossas, o sangue daquela morte horrenda deveria ser o nosso, a coroa de espinho deveria ser nossa. Foram nossos pecados que O levaram à cruz, mas foi Seu amor por nós que O manteve ali. Não temos razão para endurecermos os nossos corações ao perdão, de modo que assim como Ele nos perdoou devemos perdoar uns aos outros também, assim poderemos orar: “Perdoa as nossas ofensas como também nós perdoamos às pessoas que nos ofenderam.” Mt 6:12.

            Rev. Liberato Pereira dos Santos


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