Hebreus 11: 23-26 , Êxodo 2
Relacionamo-nos
com nossas mães de maneira diferente no decorrer da nossa existência. Aos
quatro anos, pensamos que elas podem fazer qualquer coisa. Aos doze anos,
imaginamos que não sabem tudo. Aos quatorze, conjecturamos que nada sabem. Aos dezoito,
falamos que estão fora de moda, antiquadas e retardadas. Aos vinte e cinco,
deduzimos que sabem algumas coisas. Aos trinta e cinco, antes de decidirmos
sobre qualquer assunto, queremos ouvir a opinião delas. Aos quarenta e cinco,
perguntamos: “o que minha mãe faria diante dessa situação?”. Aos sessenta e
cinco, como gostaria de poder falar com minha mãe, apenas mais uma vez.
No texto de Hebreus,
temos uma imagem impressionante de Moisés. Ele tomou algumas decisões complexas:
escolher ser um servo de Deus ao invés de ser um filho de Farraó, sofrer com
seu povo em oposição a desfrutar dos prazeres do Egíto. E fez muitas outras
coisas! Como é que um homem criado numa cultura pagã teve esse tipo de fé? Não
tenho dúvida, como muitos outros homems de fé, Moisés teve a forte influência
de sua mãe.
A história da
libertação do povo hebreu de sua escravidão no Egito, realmente começa com duas
mulheres chamadas Sifrá e Puá, e não com Moisés. Muitos rabinos judeus
acreditam que Sifrá seja outro nome para Joquebede, a mãe de Moisés. Ela é
considerada uma mulher notável! Por quê?
Porque foi uma mãe que amava, protegia e ensinava a seus filhos sobre
seu Deus e amá-lo. Por exemplo: Ela ensinou a Moisés ser corajoso e arriscar
sua vida para salvar os irmãos, assim como ela e Miriam fizeram ao desobedecer
à ordem do Faraó, e preservar sua vida. Não há impressão mais permanente ou
preciosa em nossa alma do que o sacrifício do amor de nossa mãe. Que impressão Joquebede
deixou em Moisés:
Ela lhe ensinou que
Deus é bom –
Você consegue imaginar uma época tão difícil e perigosa para declarar a bondade
de Deus? Esses foram dias sombrios para o povo de Israel. Escravizado por um
rei temível e cruel. Presenciar a morte dos seus bebês, o futuro de seu povo. No
entanto acredito que por meio de suas ações e afeição por seu filho, Joquebede discorreu
a Moisés acerca da bondade de Deus. É fácil concordar que Deus é bom, quando as
coisas ocorrem do nosso jeito. Contudo a verdade de nossa crença em Sua bondade
é revelada, quando os infortúnios são derramados sobre nós. Que adversidade Joquebede
enfrentou? A ordem de Faraó, para impedir o nascimento do Libertador, era matar
as crianças do sexo masculino até dois anos de idade, era matá-los, lançando-os
no rio Nilo.
No
salmo 100, o salmista diz que o Senhor é bom! Joquebede conecta seu filho à
bondade de Deus. Pela fé, diante de circunstâncias opressoras e trágicas, ela
se convenceu de que Deus é bom! Como é possível saber que Joquebede se
persuadiu da bondade de Deus? Ela tomou a decisão correta (Ex 2:2; Hb 11:23: obedeceu
a Deus, e entregou todas as coisas aos Seus cuidados. Há momentos em nossas vidas em que necessitamos
reconhecer que realizamos tudo aquilo que podíamos fazer, o resto é confiar em
Deus.
Saiba,
porém, que, embora entreguemos nossos filhos, família, finanças, saúde a Deus,
nem todos os bebês sobreviverão, nem
todas as famílias serão restauradas, nem todas as finanças serão abundantes,
porém, ainda assim, Deus é bom e deve ser glorificado pela maneira como Ele
trabalha em sua vida.
Ela
ensinou que Deus é o Deus da aliança -
Hebreus 11:23 deixa claro que, quando amadureceu, Moisés recusou a ser
chamado de filho de Faraó, e abraçou o seu povo. Joquebede o instruiu sobre as
promessas de Deus a Abraão, Isaque e Jacó, de tornar Israel uma grande nação e
de abençoar todas as famílias da terra por meio dela. Moisés fundamentou sua
escolha no caráter e nos juramentos de Deus. Quando ensinamos nossos filhos a
respeito da aliança e o caráter fiel de Deus, influenciá-los-emos a confiarem
nas Suas promessas, por causa do Seu caráter imutável. “De fato, Eu, o Senhor,
não mudo. Por isso vocês, descendentes de Jacó, não foram destruídos.” (Ml 3:6)
Essa mãe sábia transmitiu a seu filho a convicção de que fé é confiar firmemente
nas promessas de Deus e obedecer-lhe, não importando as circunstâncias, nem as
consequências. Ao recusar ser chamado de filho de Faraó, Moisés se arriscou a
sofrer a rejeição de sua família adotiva, perda de honras, prazeres e riquezas.
Ele escolheu sofrer com o povo de Deus, pois confiou que Deus manteria e
cumpriria Suas promessas. “…pois os seus olhos estavam na recompensa.” (Hb
11:26)
Não
há apenas uma grande recompensa para vocês como mães ou pais, mas também uma
grande tarefa. Não tenho dúvida que é isso que toda mãe cristã deseja. Já
conversei com algumas o suficiente, ao longo dos anos, para deduzir: “Quero que
meu filho, minha filha, cresça, ame a Deus e O sirva de todo coração.” O
Salmista diz: ”Os filhos são herança do Senhor, uma recompensa que ele dá..”
(Sl 127:3) A palavra herança aqui,
segundo alguns tradutores, poderia ser traduzida como “atribuição.” “Os filhos
são uma atribuição do Senhor.” Se você deseja que seus filhos estejam preparados
para enfentrar o mundo em que vivemos, saiba que só poderão fazer isso se
entenderem que Deus é bom. Ensine-os a tormarem suas decisões com base no
caráter de Deus e não em circunstâncias, orientando-os a confiarem e obedecerem
às promessas do Senhor. Essa é grande atribuição que recebemos. Feliz Dia das
Mães.
Rev.Liberato
Pereira dos Santos
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