sexta-feira, 19 de novembro de 2021

PRECONCEITO NÃO FAZ PARTE DA VIDA CRISTÃ 21.11.2021

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   A morte de George Floyd, nos Estados Unidos, trouxe à tona o problema da injustiça racial. Inúmeras manifestações em diversas regiões do planeta revelaram que a luta deve ser abraçada, mas sabemos que a questão subjacente é muito mais profunda e ampla. O que a Palavra de Deus nos apresenta sobre coisas como racismo, preconceito e discriminação?

            Em essência, ser preconceituoso é pré-julgar alguém ou uma situação sem exame criterioso. Isso não se aplica apenas à raça de um indivíduo. Podemos ser preconceituosos, mas não racistas. Preconceito contra mulheres, estrangeiros ou pessoa de uma determinada classe e outros tipos. Porém, se é racista, por consequência, será preconceituoso, julgando seu semelhante com base em sua raça ou etnia.

            Um termo que podemos associar ao preconceito é a inferioridade. Quando pensamos numa classe específica de pessoas, vemo-la sob certa perspectiva inferior, por exemplo: Quando olhamos para um negro, imediatamente o categorizamos como favelado ou bandido, ao contemplar um branco, consideramo-lo arrogante ou esnobe. Todas as pessoas que moram no Oriente Médio são terroristas e, assim, por diante. Mas o que nos faz sermos discriminatórios? Às vezes, ocorre instantaneamente pela falta de bom senso. Se somos assaltados por um negro, de repente todos os negros são bandidos, se um branco maltrata um negro todos os brancos são racistas. Quando colocamos toda uma classe de pessoas numa categoria, por causa de um ou dois incidentes, não estamos mais olhando para as pessoas como indivíduos, e sim julgando-as como um todo.

            Outra palavra que se relaciona com comportamento da espécie é predisposição. Nossa noção preconcebida sobre alguém alimenta nossa disposição em relação sua pessoa. Antes de ser uma ação, é um pensamento. Para agir de forma insultuosa contra um indivíduo, primeiro concebo pensamentos ofensivos a seu respeito. Em algumas circunstâncias, incorrer nessa falha não se deve apenas ao ódio, mas à ignorância. Nossas suposições falsas podem alimentar nossa discriminação. Foi o que ocorreu com Samuel, quando Deus o enviou a casa de Jessé para escolher o substituto do rei Saul. Ele tinha um conhecimento prévio equivocado de quais seriam os critérios para seleção do novo rei. Se seguíssemos a orientação que o Profeta recebeu de Deus, não cairemos facilmente na armadilha desse sentimento horroroso. “Quando chegaram, Samuel viu Eliabe e pensou: "Com certeza este aqui é o que o Senhor quer ungir". O Senhor, contudo, disse a Samuel: "Não considere a sua aparência nem sua altura, pois eu o rejeitei. O Senhor não vê como o homem: o homem vê a aparência, mas o Senhor vê o coração". (I Sm 16:6-7) Aqui está o problema, seja inocente ou maliciosamente, podemos ter a intenção de julgar pelo que vemos. Se tem cabelo comprido, um adolescente é um rebelde, criador de problema. Se usa roupas justas ou atraentes, a mulher é automaticamente promíscua. Se a pessoa usa tatuagem, é vagabunda, embora não conheçamos suas histórias e, muito menos, seus corações. Só porque vemos um negro dirigindo um carro luxuoso, não significa que ele seja um traficante de drogas. Uma vez que não sabemos nada sobre a pessoa, não devemos julgá-la previamente. Podemos tirar conclusões com base em idéias e noções erradas preconcebidas.

            Quais são os tipos de pessoas que você está propenso a classificar? Quem são aqueles que você tende a julgar pela aparência externa? A mulher sem dentes com uma gramática ruim é uma preguiçosa pobretona? O sem-teto é um vagabundo sujo, ou é um ser humano criado por Deus? O ex-detento é um derrotado para sempre, ou alguém que precisa do amor de Deus demonstrado por você? O viciado em drogas, prostituta são escórias inúteis e desperdício de espaço? Ou será que eles têm um coração carente de Deus, tanto quanto o seu e o meu, e possuem potencial de realizar coisas melhores com suas vidas, se alguém lhes der uma oportunidade? Uma ocasião de verem além de suas aparências e conhecer a pessoa que há dentro delas. Essas pessoas vivem numa sociedade preconceituosa e necessitam encontrar alguns cristãos que ajam de maneira diferente em relação a elas, manifestando-lhes o amor de Jesus.

            Encerro com as palavras de Tiago: “Meus irmãos, como crentes em nosso glorioso Senhor Jesus Cristo, não façam diferença entre as pessoas, tratando-as com favoritismo. Suponham que na reunião de vocês entre um homem com anel de ouro e roupas finas, e também entre um homem pobre com roupas velhas e sujas. Se vocês derem atenção especial ao homem que está vestido com roupas finas e disserem: "Aqui está um lugar apropriado para o senhor", mas disserem ao pobre: "Você, fique de pé ali", ou: "Sente-se no chão, junto ao estrado onde ponho os meus pés", não farão discriminação, fazendo julgamentos com critérios errados?” (Tg 2:1-4) Ele deixa claro que se somos seguidores de Jesus, não há espaço para preconceitos nem discriminações. E se não há lugar para isso na igreja, então não deve haver espaço em nossos corações, e em nenhuma área de nossas vidas. Alguns versículos depois, o Apóstolo diz: "Se você realmente guarda a lei real encontrada nas escrituras, “ame o seu próximo como a si mesmo”, estarão agindo corretamente." Se o amor governa sua vida, então você está agindo certo. Assim, não há espaço para nenhum tipo desses sentimentos perniciosos ou qualquer coisa parecida no coração e na mente daquele que é discipulo de Jesus.

            Rev. Liberato Pereira dos Santos



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