Efésios 2:8-9
Em outubro, estamos
olhando para os cinco “Solas”, que foram estabelecidos, após o início da
Reforma Protestante em 1517. Eles não foram algo inventado a esmo no século
XVI, mas são doutrinas fundamentais apresentadas claramente no Novo Testamento.
Essas são as cincos doutrinas fundamentais do “Solas”: Sola scriptura, Solos Christus, Sola Gratia, Sola Fide e Soli Deo Clória. Hoje, trataremos sobre o terceiro solas, a Salvação somente pela Graça.
A
graça de Deus é inexplicável! Ela é verdadeiramente um excelente exemplo do
Jeová Jireh, o Senhor proverá! Evidência do Seu anseio para que a humanidade
pecadora e rebelde se arrependa e se reconcilie com Ele.
Graça
refere-se a Deus, derramando abundantemente o seu auxílio, Seu favor imerecido.
Suas dádivas incluem a Salvação, o perdão dos pecados, a perseverança, o
fortalecimento e o encorajamento, as virtudes que Ele desenvolve em nós, e uma
série de outros presentes graciosos, incluindo a própria vida.
A
graça comum – É aquela que todos os seres humanos recebem da parte de Deus.
Temos a tentação de ver o Senhor do ponto de vista do direito, mas não temos
direito. Deus não nos deve nada, absolutamente nada. Somos recipientes de Sua
graça. Veja o que Jesus nos fala:” Eu, porém, vos digo:
amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem; para que vos torneis
filhos do vosso Pai celeste, porque ele faz nascer o seu sol sobre maus e
bons e vir chuvas sobre justos e injustos.” (Mt 5:44-45) Tudo que
temos, inclusive nossas vidas, são dádivas do Senhor, pois: “Tudo provém de
Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o
ministério da reconciliação...” (II Co 5;18). Essa graça deve levar-nos a buscá-lO,
(Conf. Romanos 2:4).
A
Graça Salvadora – Quando falamos do Sola Gratia, refere-se a esta ação de
Deus. O orgulho humano ressente-se de que não podemos merecer a nossa própria
salvação, queremos considerar-nos dignos da salvação. “Antes, ele dá maior
graça; pelo que diz: Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes.” (Tg
4:6) Uma parte significativa do que chamamos de arrependimento é nos
humilharmos. Muitas pessoas são boas em ajudar os outros, mas, quando
necessitam de ajuda, não estão dispostas a recebê-la, Por quê? Orgulho. Assim,
é fundamental aceitarmos que estamos espiritualmente falidos e nada temos a
oferecer.
A
graça salvadora de Deus é irresistível para aqueles para quem Ele preparou. “Todo
aquele que o Pai me dá, esse virá a mim; e o que vem a mim, de modo nenhum o
lançarei fora. Ninguém pode vir a mim se o Pai, que me enviou, não o trouxer; e
eu o ressuscitarei no último dia.” (Jo 6:37,44). A morte expiatória de Jesus
foi o meio pelo qual Deus se tornou livre para oferecer a salvação pela graça,
Seu amor harmonizou-se com a sua justiça. Ele é onipotente, mas isso não é o
mesmo que dizer que o Senhor pode fazer qualquer coisa. Ele não pode mentir ou
pecar e muito menos se contradizer em Sua natureza. Paulo de forma magistral
nos mostra essa verdade em Romanos 3:23-25, confira.
A
Graça e obras andam juntas, mas são mutuamente exclusivas, quando se trata de
ser declarado justo diante de Deus. “E, se é pela graça, já não é pelas obras;
do contrário, a graça já não é graça.” (Rm 11:6). Devemos praticar as boas
obras, pois fomos criados para elas, mas não somos salvos por elas, veja
Efésios 2:8-10.
A
graça de Deus nos torna resistentes e maduros na vida cristã. Ela pode não
parecer suficiente para nos ajudar, mas Deus afirma que é. Ele nos dá graça
para que possamos servir e viver para o Seu louvor. “Deus pode fazer-vos
abundar em toda graça, a fim de que, tendo sempre, em tudo, ampla suficiência,
superabundeis em toda boa obra.” (2 Co 9:8)
Ela que nos sustenta: “Então,
ele me disse: A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza.
De boa vontade, pois, mais me gloriarei nas fraquezas, para que sobre mim
repouse o poder de Cristo. (2 Co 12:9). “Aproximemo-nos então com confiança do
trono da graça, para que possamos receber misericórdia e encontrar graça para
ajuda em tempo de necessidade.” (Hb 4:16)
E
garante a nossa salvação – “Que sois guardados pelo poder de Deus, mediante a
fé, para a salvação preparada para revelar-se no último tempo.” ( I Pe 1:5).
Pelo Espírito do Senhor que opera em nós, a fim de nos ajudar a termos uma vida
sensível e piedosa. ( Tt 2:11-12, “Porquanto a graça de Deus se manifestou
salvadora a todos os homens, educando-nos para que, renegadas a impiedade e as
paixões mundanas, vivamos, no presente século, sensata, justa e piedosamente.”
Finalizo
com as palavras do Dr. Ricardo Willy Rieth : “O
que se exclui na expressão somente pela graça? Todo esforço, colaboração e
mérito, toda participação da pessoa em sua justificação. Isso faz bem à pessoa.
Promove a sua humanidade. Ao invés de sujeitar-se a esforços, exigência de produtividade,
cobrança por resultados, méritos, a pessoa se descobre presenteada. Ser
presenteado traz alegria. O Deus, que justifica, se alegra com a pessoa à qual
concede a sua graça e esta se alegra com o Deus justificador. A alegria impede
que, de algum modo, a graça seja contabilizada ou compensada. Isso é decisivo
para um correto entendimento a respeito do arrependimento. Quando a graça
acontece, acaba toda e qualquer compensação, pois a graça de Deus - somente a
graça - sempre é graça em abundância.”
Rev. Liberato Pereira dos Santos
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