1 Coríntios 16:1-2
Era prática da Igreja Primitiva
reunir-se, oferecer sacrifícios espirituais ao Senhor e contribuições
financeiras. As coletas foram realizadas para apoiar a obra do Senhor e prover
os santos. Cada cristão deveria dar (no mínimo), “... de acordo com sua
renda...”
Conforme a instrução de Paulo, no texto
acima, contribuição é:
a. Uma ordenança – Os apóstolos ensinaram e tinham a
comunhão, o partir de pão e a contribuição como atos necessários da adoração a
Deus. Atos 2:42 “Eles se dedicavam ao ensino dos apóstolos e à comunhão, ao
partir do pão e às orações.” E no texto em análise, mais: “Quanto à
coleta para o povo de Deus, façam como ordenei às igrejas da Galácia. No
primeiro dia da semana, cada um de vocês separe uma quantia, de acordo com a
sua renda...” Observe que Paulo utiliza o verbo “ordenar” que significa:
instituir, prescrever, nomear, comandar, pôr em ordem. Esta era uma diretriz
para a igreja. Há um padrão do Novo Testamento: dar ao Senhor. Paulo ordenou
que os Coríntios seguissem o mesmo exemplo da coleta que "ele havia
dado às igrejas da Galácia.” (v.1). Tanto a comunhão e a coleta são
doutrinas dos apóstolos, uma nos foi dada pelo exemplo, e outra por diretriz.
Ambos, mandamentos do Senhor (2 Pd 3:1-2).
b. O dia da contribuição – Era para ser feito no “primeiro dia
da Semana.” Em Atos 20:7, “No primeiro dia da semana reunimo-nos para partir
o pão, e Paulo falou ao povo. Pretendendo partir no dia seguinte, continuou
falando até à meia-noite.” Assim verificamos que, no Novo Testamento, os
cristãos observavam a comunhão, o partir do pão e a contribuição no primeiro
dia da semana. Veja a instrução paulina: “Quanto à coleta para o povo de
Deus, façam como ordenei... No primeiro dia da semana...” (Vv 1-2).
B.
W. Johnson escreveu: "No primeiro dia da semana. Isso mostra que esse dia
foi separado e considerado pela igreja, Atos 20:7, a qual se reunia a fim de
partir o pão nele. Esta opinião é sancionada pelas traduções e pela maioria dos
comentaristas. No primeiro dia da semana, cada um de vocês entregue um pouco
por si, colocando-o na casa do tesouro... Toda a história da igreja testifica
que a igreja primitiva realizava coletas semanais no primeiro dia da semana...
Deus os prosperou. A cada semana eles deveriam doar de acordo com sua
capacidade.”
c.
Uma dádiva proporcional – Cada um contribui, segundo foi abençoado. Paulo
instrui: “...cada um de vocês separe uma quantia, de acordo com a sua
renda...” Quando Deus nos prospera
em abundância, nós, com ações de graças, devemos devolver-Lhe, da mesma
maneira. A dádiva é recíproca. Aquilo que semeamos também colheremos, assim o
Apóstolo continua instruindo: “Lembrem-se: aquele que semeia pouco, também
colherá pouco, e aquele que semeia com fartura, também colherá fartamente.”
( II Co 9:6) Se recebemos com fartura, ofereceremos com abundância, se obtemos
pouco, entregamos aquilo que podemos (At 11:27-30). A visão neotestamentária,
assim como no A.T (dízimo), é justa. Não há contribuição pequena ou grande, mas
conforme as condições de cada cristão.
d.
Com alegria – “Cada um dê conforme determinou em seu coração, não com
pesar ou por obrigação, pois Deus ama quem dá com alegria.” (II Co 9:6).
William MacDonald diz que “é possível contribuir e fazê-lo sem alegria. E
possível contribuir sob a pressão de um apelo emocional ou público
constrangimento.” Não devemos contribuir por desencargo de consciência e muito
menos porque os outros estão fazendo. Jesus nos ensina que: “Mais
bem-aventurado é dar que receber.” O Senhor espera que nossa contribuição
seja com grande exultação, pois o privilégio de dar é mais sublime do que a
alegria de receber. A alegria, no grego é “hilaron” que originaliza a palavra
hilariante, assim devemos pular de alegria pelo fato de Deus nos conceder a
graça de contribuir.
Algo
que endurece o coração de muitos, para não colocar em prática tal orientação
bíblica é a avareza, por isso Paulo instrui a Timóteo: “Ordene aos que são
ricos no presente mundo que não sejam arrogantes, nem ponham sua esperança na
incerteza da riqueza, mas em Deus, que de tudo nos provê ricamente, para a
nossa satisfação. Ordene-lhes
que pratiquem o bem, sejam ricos em boas obras, generosos e prontos para
repartir. Dessa forma, eles acumularão um tesouro para si mesmos, um firme
fundamento para a era que há de vir, e assim alcançarão a verdadeira vida.” (1 Tm 6:17-19). Não podemos deixar que
o apego ao dinheiro e bens materiais nos tornem insensíveis e infiéis no
exercício da dádiva da contribuição.
Diante
do exposto, vimos que era prática da igreja primitiva reunir-se no primeiro dia
da semana para a comunhão, o partir do pão e as contribuições financeiras, cujo
propósito era apoiar a obra do Senhor e suprir as necessidades dos santos. Cada
cristão encarregava-se de dar, “como havia prosperado.” Como discípulos de
Jesus Cristo, somos desafiados a exercitar as orientações das Sagradas
Escrituras, no tocante ao assunto.
Rev. Liberato Pereira dos Santos
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