sábado, 12 de outubro de 2024

COMO VIVER A VIDA FAMILIAR 13/10/2024

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Colossenses 3:18-21

A família, desde os tempos bíblicos, é considerada a célula central da sociedade e da fé. Na cultura judaica e primeiras comunidades cristãs, o papel de cada membro da família era bem definido, com grande ênfase no respeito mútuo, liderança espiritual e submissão a Deus. No Plano de Deus a família é um reflexo da harmonia, que deve existir no corpo de Cristo. Paulo, em suas cartas, oferece princípios para o funcionamento saudável de uma família cristã, onde cada membro tem um papel distinto e interdependente.

a. O papel das esposas: submissão no Senhor (v. 18) "Vós, mulheres, sede submissas a vossos maridos, como convém no Senhor."  A submissão bíblica não é sinônimo de inferioridade ou opressão, mas uma expressão de serviço e respeito. Moule diz que submissão significa "lealdade", e ainda: "A união do marido e mulher é modelada segundo a relação divina que há entre Cristo e a igreja." Cristo em tudo foi submisso ao Pai. (1 Co 15.28).

A esposa é chamada a reconhecer a liderança espiritual do marido, conforme o modelo de serviço mútuo em Cristo. Uma boa maneira para compreender tal princípio é observar uma dança, onde ambos os parceiros têm papéis que se complementam. Quando os dois seguem seus papéis, há harmonia e beleza. Os versículos 18 e 19 estabelecem uma parceria de atividade. “Como convém no Senhor” limita a área de submissão;" estabelece os princípios cristãos como roteiros para as ações domésticas.

           As esposas busquem ser um apoio espiritual para os maridos, e lembrem-se de que a submissão é primeiramente uma obediência ao Senhor. Estejam em constante oração por seus lares e maridos.

            b. O Chamado para os maridos: amar sem amargura (v. 19) "Maridos, amai vossas mulheres e não as trateis com amargura."  Paulo instrui os maridos a liderarem suas famílias com amor sacrificial, espelhando o amor de Cristo pela Igreja (Efésios 5:25). Esse amor não deve ser egoísta, mas cuidadoso e protetor, sem qualquer traço de amargura ou severidade. Ele é o amor mais nobre (ágape), o mesmo que devemos expressar ao nosso Deus.

            Quando Paulo orienta os maridos “não as trateis com amargura”, pode ser traduzido também como: “não as trateis asperamente”, “com mau humor”, ou “não seja grosseiro com ela”, portanto o amor necessita suprimir a irritação, amargura, as ordens déspotas e o egoísmo. A nova vida que recebemos em Cristo transforma o lar. Para Paulo, as relações entre marido e mulher devem ser mutuamente respeitosas e pacíficas.

            O Apóstolo elimina qualquer conceito de domínio ou autoritarismo, exigindo que o amor do marido espelhe o amor sacrificial de Cristo pela Igreja. Esse amor envolve cuidar, proteger e liderar com gentileza e humildade. Jesus nos deu o grande exemplo, quando lavou os pés dos discípulos, é assim, pois, que o marido deve liderar, com humildade e serviço.

            De tal modo, aos maridos cumpre demonstrar um amor que edifica, protege e serve. Evitem a dureza no trato com suas esposas, e cultivem a paciência, o respeito e o diálogo em seus lares.

            c. O dever dos filhos: obediência que agrada ao Senhor (v. 20) "Filhos, obedecei em tudo a vossos pais; pois fazê-lo é grato diante do Senhor."  A obediência dos filhos aos pais é um reflexo de sua reverência a Deus. Quando obedecem, os filhos honram a autoridade dos pais e o próprio Senhor. Essa obediência deve ser genuína e de coração, reconhecendo a sabedoria e o cuidado dos pais. O nosso mestre Jesus demonstrou isso na infância (Lc 2:51), mostrando que a obediência faz parte do crescimento espiritual.

            Filhos, lembrem-se de que obedecer aos pais é uma maneira de honrar a Deus. Busquem aprender com os conselhos e instruções deles, sabendo que eles estão guiando vocês no caminho do Senhor.

            d. A responsabilidade dos pais: criar sem provocar (v.21) "Pais, não irriteis os vossos filhos, para que não fiquem desanimados." Os pais são chamados a exercer sua autoridade com amor, evitando atitudes que possam gerar ressentimento ou desânimo nos filhos. O equilíbrio entre disciplina e encorajamento é essencial para o desenvolvimento emocional e espiritual das crianças. Devem criar os filhos num ambiente de amor e encorajamento, evitando atitudes extremamente severas que possam causar rebeldia. O equilíbrio entre disciplina e carinho é fundamental. O relacionamento de Deus com Seu povo é um exemplo. Ele disciplina, mas também é compassivo e longânimo. Da mesma forma, os pais devem corrigir os filhos com amor e paciência.

            Pais, busquem não apenas disciplinar seus filhos, mas também encorajá-los e guiá-los com amor. Cuidado para não serem rígidos ou exigentes demais, mas cultivem um ambiente onde seus filhos possam crescer, sentindo-se amados e protegidos.

           Desta forma, a família cristã precisa ser um reflexo da ordem e do amor de Deus. Esposas são chamadas a se submeterem aos maridos no Senhor, maridos a amarem as mulheres sacrificialmente, filhos a obedecerem aos pais, e pais a criarem seus filhos com paciência e amor. Oremos suplicando a Deus que fortaleça cada família, ajudando-as a seguir os mandamentos de Cristo, para uma vida familiar harmoniosa e cheia de graça.

                Rev. Liberato Pereira dos Santos


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