João 19:30
As últimas
palavras pronunciadas por Cristo na cruz: “Está consumado!” No grego, idioma original do Novo Testamento, a
frase é uma palavra com dez letras, Tetelestai! Podemos afirmar que foi a maior
palavra pronunciada, um grito ouvido no céu, na terra e no inferno! Ele ainda
ecoa em nossos dias, e no final dos tempos será ouvido, não da cruz, mas a
partir do trono de Deus. Jesus não disse: “Estou acabado.” Não é um gemido de
desespero. Três evangelistas afirmaram que foi proferida em alta voz. Foi um
grito de triunfo! Não era um grito de derrota, mas de vitória.
Nos tempos
bíblicos, a mesma palavra era usada frequentemente nas transações comerciais.
Quando se comprava alguma coisa, o comerciante recebia o dinheiro e fornecia um
recibo com a palavra Tetelestai, ou seja, a dívida tinha sido pago na íntegra.
Você e eu, como todos os seres humanos
pecadores, estamos em dívida com Deus, não podemos pagá-la. Desobedecemos à lei de
Deus e estamos falidos. O salário do pecado é a morte. Mas Jesus veio e pagou
integralmente a divida por nós. A palavra também era usada no Templo, no A.T.
Quando um adorador com o coração quebrantado e arrependido levava ao templo um
cordeiro sem defeito para o perdão dos seus pecados, o sacerdote exclamava
sobre o cordeiro perfeito, Tetelestai. Na plenitude dos tempos, quando o
Cordeiro de Deus sem pecado ofereceu-se voluntariamente na cruz, seu sacrifício
foi perfeito, a dívida foi paga plenamente.
O grito de Jesus ensina que, com a Sua expiação, a obra
da redenção foi concluída. Ele terminou a tarefa para a qual veio ao mundo. Obra
esta que se iniciou antes da fundação do mundo. A Bíblia nos mostra o plano de
Salvação de Deus do Gênesis ao Apocalipse. Em Gênesis 3:15, Deus faz a promessa
ao homem, depois da queda, que enviaria um libertador, aquele que esmagaria a
cabeça de Satanás. No desenrolar da história, Deus fez aliança com Noé e
Abraão, libertou o Seu povo da escravidão do Egito, entregou-lhe os dez
mandamentos, ordenou que edificasse o tabernáculo e o templo com seus altares
para o sacrifício. Enviou seus profetas para predizer a vinda de Cristo ao
mundo. Na plenitude do tempo, Jesus nasceu de uma virgem, foi batizado no Rio
Jordão. Foi tentado no deserto. Proferiu parábolas, operou milagres, orou,
derramou lágrimas. Instituiu a Ceia com os discípulos. Agonizou-se no
Getsêmani, foi traído por Judas, negado por Pedro. Julgado injustamente, sofreu
terríveis flagelos, coroado de espinhos e rejeitado pelo seu próprio povo. Teve
as mãos e pés perfurados pelos pregos, e uma lança cravada em seu lado. Tudo
isso fez parte do plano de salvação de Deus. Ele estava em Cristo reconciliando
o mundo consigo mesmo. Jesus veio para buscar e salvar o perdido. O clímax
desta obra foi alcançado na cruz, e por isso Ele pode dizer: “Testeletai, está
consumado!”
O grito de Jesus também nos ensina que o reino de Satanás
foi derrotado. O príncipe das trevas foi esmagado e vencido. Na cruz, cheio de
amor pela humanidade, Cristo colocou um braço em volta do pilar escuro do
pecado e o outro em volta do pilar da sombra da morte, e inclinou-se com toda a
força, até a morte, assim o império de Satanás ruiu e foi vencido. Não podemos
esquecer que algo aconteceu na cruz, o que mudou o curso da história. Lá Cristo
deu um golpe fatal em Satanás, de que ele nunca mais se recuperará. Na cruz
houve um confronto entre o bem e o mal, a luz e as trevas, Deus e Satanás, o
céu e o inferno. A morte pareceu ganhar, mas sua vitória foi de curta duração.
Aleluia, Cristo ressuscitou dos mortos e está vivo para sempre. O poder do mal
ainda está agindo em nosso mundo, mas seu destino está selado. Sua sentença de
morte foi decretada, aproxima-se o dia em que todos os erros serão corrigidos e
toda a maldade será aniquilada. A justiça e a verdade prevalecerão. Embora
pareça que o erro continue tão forte, Deus está no controle.
A obra da salvação está consumada, não podemos
acrescentar nada ao sacrifício que Cristo realizou lá na cruz. Mas isso não
significa que podemos ficar de braços cruzados sem fazer nada. Há dois lados na
salvação: Primeiro, aceitar a obra consumada de Cristo, e depois, obedecer aos seus mandamentos. Confiar
e obedecer. A salvação é um dom, presente, não podemos comprá-la ou conquistá-la
ou mesmo merecê-la. Tudo que devemos fazer é nos arrepender, crer, aceitá-la
pela fé e, em seguida, por amor e gratidão procurar viver para aquele que
morreu por nós.
Rev. Liberato Pereira dos Santos
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