ELEITOS POR DEUS
Ef. 1:3-14
Hoje o povo brasileiro
vai às urnas para escolher os seus representantes municipais. Uma grande
responsabilidade! Podemos e devemos escolher os melhores, mas existe a
possibilidade de erro, portanto necessitamos de sabedoria e discernimento.
No texto supracitado,
Paulo fala sobre uma escolha que tem consequência eterna. Todas as escolhas que
fazemos neste mundo são passageiras, mas uma escolha especial dura para sempre.
Nela há uma particularidade, a escolha não é nossa, e sim de Deus.
A canção de Paulo fala
da surpreendente verdade de que Deus "nos
abençoou com todas as bênçãos espirituais em Cristo..." (v.3). E como Ele
nos abençoou? "Escolhendo-nos nele
antes da fundação do mundo" (v. 4). Ele não olhou para o corredor do
tempo a fim de ver quem iria escolher, mas decidiu por Sua soberana vontade
quem faria parte no Corpo de Cristo. A construção do verbo grego "escolher",
no original, indica que Deus nos escolheu para Si mesmo. Isto é, Deus agiu
totalmente independente de qualquer influência exterior. Ele fez sua escolha
sem a interferência humana e puramente fundamentada em sua soberania.
Jesus disse aos seus
discípulos: "Vós não me escolhestes
a mim, mas eu vos escolhi a vós..." (Jo 15:16). E, no mesmo Evangelho,
João escreveu: "Mas, a todos quantos
o receberam, aos que creem no seu nome, deu-lhes o poder de se tornarem filhos
de Deus; os quais não nasceram do sangue,
nem da vontade da carne, nem da vontade do varão, mas de Deus."(Jo 1:12-13). Paulo afirmou: "Mas nós devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos, amados
do Senhor, porque Deus vos escolheu desde o princípio para a santificação do
espírito e a fé na verdade." (2 Ts 2:13).
Estas declarações que
definem a escolha soberana de Deus não estão na Bíblia para causar
controvérsia, como se a eleição de Deus significa que os pecadores não tomam
decisões. A eleição não exclui a responsabilidade humana ou a necessidade de
cada pessoa responder ao evangelho pela fé. Jesus disse: "Todo o que o Pai me dá virá a mim; e o que vem a mim de maneira
nenhuma o lançarei fora." (Jo 6:37). Parecem contraditórios os dois
conceitos, no entanto, ambos são verdadeiros, e devemos aceitá-los pela fé.
Você pode não compreendê-los, mas certamente estão totalmente conciliados na
mente de Deus. É preciso compreender que a sua fé e salvação dependem
inteiramente da eleição de Deus (cf. Atos 13:48). No dia em que você acreditou
no sacrifício de Jesus Cristo, fê-lo por causa de um intenso desejo do seu coração,
não fez nada contra a sua vontade, mas mesmo este desejo é dado por Deus, Ele nos
dá a fé necessária para que possamos crer (Ef. 2:8).
Pense nisso, se a sua
salvação dependesse de você, então louvar a Deus é ridículo. Mas, na verdade, o
seu louvor a Deus é completamente apropriado, porque antes da formação do seu corpo,
antes que o mundo existisse, Ele o escolheu por Seu decreto soberano, a
despeito de qualquer uma das suas obras. A eleição demonstra que Deus é Deus,
exercendo prerrogativas divinas, por isso devemos louvá-Lo.
"Mas isso não é
justo!" Alguns ficam chocados ao descobrirem que Deus não escolheu todos
para a salvação. Jesus disse: "E a
vontade do que me enviou é esta: Que eu
não perca nenhum de todos aqueles que me deu, mas que eu o ressuscite no
último dia." (Jo 6:39). Deus Pai escolheu certos indivíduos para formar
um corpo com Jesus Cristo. Cada cristão é um presente de amor a Cristo, dom do
amor do pai para com Seu filho. Para aqueles que pensam ser injusto, Paulo responde:
"Que diremos, pois? Há injustiça da
parte de Deus? De modo nenhum. Porque diz a Moisés: Terei misericórdia de quem
me aprouver ter misericórdia, e terei compaixão de quem me aprouver ter
compaixão." (Rm 9:14-15 ). Alguns acreditam que isso é terrivelmente
frio e calculista. Mas isso é apenas um lado da eleição soberana de Deus. Paulo
continua no próximo capítulo dizendo: "Porque,
se com a tua boca confessares a Jesus como Senhor, e em teu coração creres que
Deus o ressuscitou dentre os mortos, será salvo. Porque: Todo aquele que
invocar o nome do Senhor será salvo." (Rm 10:9,13). Esses são os dois
lados: A soberana escolha de Deus (Rm 9), e nossa responsabilidade para crer e
confessar (Rm 10). Entendo que é impossível compreender plenamente estas
verdades! Mas a Bíblia declara ambas, portanto é nosso dever reconhecer e com
alegria aceitá-las pela fé.
Fomos eleitos para o
louvor da glória do Senhor, assim devemos viver de modo digno da nossa vocação.
Somos objetos do amor de Deus revelado em Cristo Jesus.
Rev. Liberato Pereira dos Santos
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