A CEIA DO SENHOR
Mateus 26: 26-28
A Páscoa era a mais antiga das festas judaicas, anterior à aliança com Moisés no Sinai. Foi estabelecida antes do sacerdócio, do Tabernáculo, ou da lei. Foi ordenada por Deus, enquanto Israel ainda estava escravizado no Egito, e no tempo de Cristo tinha sido celebrada pelo povo de Deus por cerca de mil e quinhentos anos.
Mas a Páscoa, que Jesus celebrou com os discípulos, no
texto supracitado, foi a última a ser observada. Depois dela, nenhuma Páscoa, com
o mesmo significado da Antiga Aliança, foi autorizada ou reconhecida por Deus. A
celebração do V.T. foi extinta, sua observância não passava de uma relíquia
religiosa, que não serve mais a nenhum propósito divinamente reconhecido e não
tem uma significação divinamente abençoada. Celebrar a Páscoa, como os judeus,
é celebrar a sombra depois que a realidade já chegou. Celebrar a libertação do
Egito é um substituto fraco para celebrar a libertação do pecado.
De fato, Cristo extinguiu a Páscoa e, em seu lugar,
instituiu um novo memorial para si mesmo. Não há necessidade de olhar para um
animal como o símbolo do amor redentor de Deus e do seu poder, mas para o
próprio Cordeiro de Deus, que, pelo derramamento sacrificial do Seu próprio
sangue, comprou a salvação de todos os que nele creem. Naquela mesma refeição,
Jesus encerrou o velho e inaugurou o novo.
Partir o
pão ázimo era uma parte da cerimônia tradicional da Páscoa, mas Jesus deu agora
um novo significado, dizendo: “Este é o meu corpo” (v.26). O pão ázimo original
simbolizava o total desapego à velha vida no Egito, sem levar nada do “fermento” pagão e opressivo à Terra
Prometida. Representava uma separação do mundanismo e do pecado, o início de
uma nova vida de santidade e piedade. Por Sua autoridade divina, Jesus
transformou aquele simbolismo em outro. Doravante, o pão representaria o
próprio corpo de Cristo, sacrificado pela salvação dos homens. Lucas relata que
Jesus acrescentou: "Fazei isto em memória de Mim" (Lucas 22:19),
indicando que Ele estava instituindo um memorial de Sua morte sacrificial, para
que Seus seguidores observassem. Ao dizer que o pão é o Seu corpo, Jesus
obviamente não estava falando literalmente. Um mal-entendido, igualmente idiota,
fez com que os fariseus o ridicularizassem e muitos discípulos superficiais o
abandonassem (João 6: 48-66). É o mesmo mal-entendido refletido na transubstanciação
romana. Essa noção literalista é uma interpretação errônea absurda da
Escritura. A declaração de Jesus sobre comer Seu corpo não era literal, como
também não era quando Ele afirmou ser a Videira e Seus seguidores os ramos
(João 15: 5), ou quando João Batista o chamou de o Cordeiro de Deus (João
1:29), tudo simbólico.
Enquanto os discípulos bebiam da taça, Jesus disse:
"Este é o meu sangue da aliança" (v.28). O evangelho de Lucas indica
que o Senhor especificou "nova aliança" (Lc 22:20), distinguindo-a claramente
de todos os significados anteriores, incluindo o Mosaico. Quando Deus fez
alianças com Noé e Abraão, foram ratificadas com sangue (Gn 8:20; 15:9-10).
Quando a aliança no Sinai foi ratificada, "Então
tomou Moisés aquele sangue, e espargiu-o sobre o povo e disse: Eis aqui o
sangue do pacto que o Senhor tem feito convosco no tocante a todas estas
coisas." (Ex 24: 8). Quando Deus promoveu a reconciliação consigo, o
preço sempre foi de sangue, porque "sem
derramamento de sangue não há perdão" (Hb 9:22, 1Pe 1:2). Um animal de
sacrifício não só teria que morrer, mas seu sangue tinha que ser derramado.
"A vida de toda a carne é o seu sangue" (Lv 17:14), e para que uma
vida verdadeiramente seja sacrificada, seu sangue deveria ser derramado. Jesus,
portanto, não precisava simplesmente morrer, mas tinha de derramar Seu precioso
sangue (1Pe 1:19). Jesus sangrou antes de morrer, das feridas da coroa de
espinhos, dilacerações do flagelo das chicotadas e dos furos nas mãos e nos
pés. Depois de morto, um grande volume de Seu sangue foi derramado, quando a
lança perfurou o Seu peito. O derramamento do Seu sangue foi requerido,
simbolizava Sua morte expiatória (substitutiva), a doação de Sua vida sem
mácula, pura e inteiramente correta para as vidas corruptas, depravadas e
totalmente pecaminosas de homens não regenerados. Esse sangue fez expiação dos
pecados de todos os que confiam no Senhor Jesus Cristo.
Meus irmãos, quando forem participar da Ceia do Senhor, preparem-se para celebrar a morte e a ressurreição do nosso Salvador. Se você é
redimido, lembre-se de que sua salvação só foi possível por causa do sacrifício
de Cristo em seu favor (Ef 2:8-9). E se você ainda tem que dobrar os joelhos em
arrependimento e fé, saiba que é somente por meio do sangue derramado de Cristo
que somos libertos do cativeiro dos nossos pecados (Ef 2:1-7).
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