sábado, 4 de março de 2017

A CEIA DO SENHOR 05.03.17

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A CEIA DO SENHOR
Mateus 26: 26-28
           
A Páscoa era a mais antiga das festas judaicas, anterior à aliança com Moisés no Sinai. Foi estabelecida antes do sacerdócio, do Tabernáculo, ou da lei. Foi ordenada por Deus, enquanto Israel ainda estava escravizado no Egito, e no tempo de Cristo tinha sido celebrada pelo povo de Deus por cerca de mil e quinhentos anos.
            Mas a Páscoa, que Jesus celebrou com os discípulos, no texto supracitado, foi a última a ser observada. Depois dela, nenhuma Páscoa, com o mesmo significado da Antiga Aliança,  foi autorizada ou reconhecida por Deus. A celebração do V.T. foi extinta, sua observância não passava de uma relíquia religiosa, que não serve mais a nenhum propósito divinamente reconhecido e não tem uma significação divinamente abençoada. Celebrar a Páscoa, como os judeus, é celebrar a sombra depois que a realidade já chegou. Celebrar a libertação do Egito é um substituto fraco para celebrar a libertação do pecado.
            De fato, Cristo extinguiu a Páscoa e, em seu lugar, instituiu um novo memorial para si mesmo. Não há necessidade de olhar para um animal como o símbolo do amor redentor de Deus e do seu poder, mas para o próprio Cordeiro de Deus, que, pelo derramamento sacrificial do Seu próprio sangue, comprou a salvação de todos os que nele creem. Naquela mesma refeição, Jesus encerrou o velho e inaugurou o novo.
Partir o pão ázimo era uma parte da cerimônia tradicional da Páscoa, mas Jesus deu agora um novo significado, dizendo: “Este é o meu corpo” (v.26). O pão ázimo original simbolizava o total desapego à velha vida no Egito, sem levar nada do  “fermento” pagão e opressivo à Terra Prometida. Representava uma separação do mundanismo e do pecado, o início de uma nova vida de santidade e piedade. Por Sua autoridade divina, Jesus transformou aquele simbolismo em outro. Doravante, o pão representaria o próprio corpo de Cristo, sacrificado pela salvação dos homens. Lucas relata que Jesus acrescentou: "Fazei isto em memória de Mim" (Lucas 22:19), indicando que Ele estava instituindo um memorial de Sua morte sacrificial, para que Seus seguidores observassem. Ao dizer que o pão é o Seu corpo, Jesus obviamente não estava falando literalmente. Um mal-entendido, igualmente idiota, fez com que os fariseus o ridicularizassem e muitos discípulos superficiais o abandonassem (João 6: 48-66). É o mesmo mal-entendido refletido na transubstanciação romana. Essa noção literalista é uma interpretação errônea absurda da Escritura. A declaração de Jesus sobre comer Seu corpo não era literal, como também não era quando Ele afirmou ser a Videira e Seus seguidores os ramos (João 15: 5), ou quando João Batista o chamou de o Cordeiro de Deus (João 1:29), tudo simbólico.
            Enquanto os discípulos bebiam da taça, Jesus disse: "Este é o meu sangue da aliança" (v.28). O evangelho de Lucas indica que o Senhor especificou "nova aliança" (Lc 22:20), distinguindo-a claramente de todos os significados anteriores, incluindo o Mosaico. Quando Deus fez alianças com Noé e Abraão, foram ratificadas com sangue (Gn 8:20; 15:9-10). Quando a aliança no Sinai foi ratificada, "Então tomou Moisés aquele sangue, e espargiu-o sobre o povo e disse: Eis aqui o sangue do pacto que o Senhor tem feito convosco no tocante a todas estas coisas." (Ex 24: 8). Quando Deus promoveu a reconciliação consigo, o preço sempre foi de sangue, porque "sem derramamento de sangue não há perdão" (Hb 9:22, 1Pe 1:2). Um animal de sacrifício não só teria que morrer, mas seu sangue tinha que ser derramado. "A vida de toda a carne é o seu sangue" (Lv 17:14), e para que uma vida verdadeiramente seja sacrificada, seu sangue deveria ser derramado. Jesus, portanto, não precisava simplesmente morrer, mas tinha de derramar Seu precioso sangue (1Pe 1:19). Jesus sangrou antes de morrer, das feridas da coroa de espinhos, dilacerações do flagelo das chicotadas e dos furos nas mãos e nos pés. Depois de morto, um grande volume de Seu sangue foi derramado, quando a lança perfurou o Seu peito. O derramamento do Seu sangue foi requerido, simbolizava Sua morte expiatória (substitutiva), a doação de Sua vida sem mácula, pura e inteiramente correta para as vidas corruptas, depravadas e totalmente pecaminosas de homens não regenerados. Esse sangue fez expiação dos pecados de todos os que confiam no Senhor Jesus Cristo.

            Meus irmãos, quando forem participar da Ceia do Senhor, preparem-se para celebrar a morte e a ressurreição do nosso Salvador. Se você é redimido, lembre-se de que sua salvação só foi possível por causa do sacrifício de Cristo em seu favor (Ef 2:8-9). E se você ainda tem que dobrar os joelhos em arrependimento e fé, saiba que é somente por meio do sangue derramado de Cristo que somos libertos do cativeiro dos nossos pecados (Ef 2:1-7).



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