PELA GRAÇA VEM A ALEGRIA
Filipenses 3:1-4
Uma das
preciosas verdades da Palavra de Deus é que a salvação vem pela graça, por meio
da fé, independentemente de qualquer obra que façamos. No entanto há algo
perverso dentro de nós, de modo que, mesmo conhecendo essa verdade, desejamos
que haja um conjunto de regras ou leis pelas quais podemos julgar se somos
espirituais ou não. Olhando um catálogo de livros cristãos, fiquei surpreendido
com a quantidade deles que apresentavam possuir o segredo para uma vida cristã
bem-sucedida. Muitos deles reduzem o cristianismo a sete princípios, doze
passos ou mesmo uma oração. Se realizarmos aquilo que propõem, estamos no caminho
certo, seremos cristãos felizes e bem-sucedidos. A espiritualidade é reduzida a
uma fórmula. Se você adicionar um mais um, será igual a dois. Isso parece bom, ler
nossa Bíblia por trinta minutos, orar alguns minutos e seguir as instruções
propostas, então seremos espirituais. Se não conseguimos manter as regras, não
somos espirituais. A fé cristã é transformada numa lista de “atividades a
cumprir”. Marque o item um e avance para o item dois. Essa prática nos atrai,
porque nos sentimos merecedores, porém, olhando os versículos anteriores do
texto supracitado, verificamos que Paulo reprova essa perspectiva. A
espiritualidade não é uma fórmula ou um segredo, mas uma relação pessoal e
íntima com o Senhor. Quando criamos um conjunto de normas e práticas,
destruímos a alegria que vem da verdadeira fé em Cristo.
A ordem de Paulo
para se alegrar v.1 – “...regozijai-vos
no Senhor...” Nesta última parte da epístola, ele se volta novamente para o
assunto prático de como ter alegria na vida cristã. No versículo dois, o
Apóstolo alerta a igreja dos maus obreiros, chamando-os de cães. De quem ele
está falando? Dos judaizantes. Desde o nascedouro da igreja, essa tem sido a
sua luta. Em Atos, nas epístolas aos
Gálatas, Colossenses, encontramos muito o assunto. Eles ensinavam que os
gentios precisavam ser circuncidados, manter as leis cerimoniais e observar os
dias sagrados judaicos para serem verdadeiramente salvos. Por que Paulo fala
tão duramente aqui em comparação com o capítulo 1:15-18 desta carta? No
capítulo um, apesar dos maus motivos, o verdadeiro Evangelho estava sendo
pregado, mas aqui esses falsos obreiros maculam a mensagem, reduzindo o
Evangelho da salvação pela graça mediante da fé, para a salvação pelas regras
(obras). Ainda hoje, encontramos esses falsos lideres nas igrejas. Alguns
acrescentam o batismo, outros o “falar em línguas”, dízimos, alguns adicionam
seu próprio conjunto de regras que devem ser cumpridas, legalismo puro.
Qualquer coisa que se acrescenta ao Evangelho da graça deve ser rejeitada
inteiramente. Tudo isso roubará a alegria, a fé se torna uma preocupação
tediosa com as regras. Nossa justiça retira a justiça de Cristo.
Nossa posição em
Cristo – v.3 “Porque a circuncisão
somos nós, que servimos a Deus em espírito, e nos gloriamos em Cristo Jesus, e
não confiamos na carne.” Nesta mesma linha de pensamento, Paulo afirma na
carta aos colossenses 2:11 “No qual
também fostes circuncidados com a circuncisão não feita por mãos no despojar do
corpo da carne, a saber, a circuncisão de Cristo.” Os judaizantes afirmavam:
“Somos especiais porque somos judeus, o povo escolhido de Deus. Paulo diz que
não. Os cristãos são o povo eleito de Deus na nova aliança. Certamente Paulo
fundamenta sua argumentação na declaração de Jesus Cristo registrada em João
4-20-24: “Nossos pais adoraram neste
monte, e vós dizeis que em Jerusalém é o lugar onde se deve adorar. Disse-lhe
Jesus: Mulher, crê-me, a hora vem, em que nem neste monte, nem em Jerusalém
adorareis o Pai. Vós adorais o que não conheceis; nós adoramos o que
conhecemos; porque a salvação vem dos judeus. Mas a hora vem, e agora é, em que
os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai
procura a tais que assim o adorem. Deus é Espírito, e é necessário que os que o
adoram o adorem em espírito e em verdade.” Devemos nos gloriar em Cristo,
literalmente se vangloriar em Jesus, como Paulo afirma em Romanos 3:21-28.
Se a nossa alegria está em Jesus Cristo e Sua justiça,
então não confiamos em nossa própria carne. A alegria é silenciada quando
adicionamos regras, preceitos à nossa salvação. A alegria vem quando percebemos
que somos em Cristo o Povo Escolhido, somos aqueles que adoram no Espírito,
pois temos a justiça de Cristo imputada a nossas vidas. Devemos resgatar essa
doutrina tão preciosa em nossos dias, somos salvos pela Graça, favor imerecido.
Cristo nos resgatou do pecado e pagou com o seu precioso sangue a nossa dívida.
Nossa alegria é completa, quando compreendemos e vivemos esta sublime verdade.
Rev Liberato Pereira dos Santos
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