A INFECÇÃO DO PECADO 15.04.18

A INFECÇÃO DO PECADO

Efésios 4:31-32

           

                        Infecção é a invasão de tecidos corporais de um organismo hospedeiro por parte de organismos capazes de provocar doenças; a multiplicação destes organismos; e a reação dos tecidos do hospedeiro a estes organismos e às toxinas por eles produzidas. Esses organismos conhecemos como: bactérias, vírus, fungos. A infecção pode  espalhar-se levando o individuo à morte.

            Paulo nos fala, no capítulo quatro de Efésios, sobre como devemos “viver dignamente.”  Encoraja-nos a uma espiritualidade madura. Isso implica que, como cristãos, somos diferentes do mundo. Ele apresenta alguns exemplos da nossa diferença: falar sinceramente, lidar com a raiva corretamente, trabalhar honestamente, ajudar os necessitados, ter o discurso edificante e saudável. Os últimos versículos do capítulo são um resumo de tudo que ele falou anteriormente. Falam de como devemos lidar com o pecado e ter cuidado com a infecção produzida por ele.

            O que é o pecado? É uma invasão de ideias, filosofias e pensamentos profanos e egoístas em nosso espírito. Conhecemos essas ideias, filosofias e pensamentos pelos nomes: amargura, indignação e ira, gritaria e calúnia. Os pecados invasores, como a amargura, produzem toxinas que danificam o espirito de uma pessoa e interferem na sua comunicação com Deus e com o próximo. O que indica que o pecado pode alastrar-se e transformar-se em outros. Alguns pecados, como a raiva e a calúnia, atrelam-se profundamente no espírito de uma pessoa, causando-lhe a degeneração espiritual.

            Podemos observar que as definições de infecções físicas e espiritual podem ser redigidas quase exatamente. O pecado é um problema real. O pecado é uma infecção em nossas vidas com a qual devemos lidar. Paulo diz que nos devemos livrar deles. Precisamos combater essa doença, agora que somos uma nova criação em Cristo. As atitudes e ações pecaminosas não devem ter lugar permanente na vida cristã. Como poderemos tornar-nos mais maduros,  diferentes do mundo e mais parecidos com Cristo, descartando esses males? Como nos livrar da infecção do pecado?

            Como os especialistas lidam com as infecções? Como os médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde tratam com esse tipo de coisas? Parecem existir duas armas básicas que as autoridades de saúde usam para ajudar as pessoas acometidas de uma enfermidade, como a gripe (uma infecção comum, com a qual todos estão familiarizados). A primeira arma que os profissionais de saúde geralmente sugerem é o isolamento. O individuo afasta-se do trabalho, escola e das atividades para o tratamento e prevenir a propagação da doença. As pessoas que não estão doentes evitam contato com as infectadas no esforço de erradicar a sua disseminação. Isto é o senso comum!  A segunda arma é uma vacina, que pode ser obtida num hospital ou farmácia. Ela mata o vírus e cura a infecção, fortalecendo o sistema imunológico do individuo, que retorna aos seus hábitos normais com saúde. Ela funciona dentro do corpo para exterminar a infecção. Quando a vacina é administrada, não há mais espaço no organismo para a infecção. Como essas duas armas para lidar com a infecções físicas nos ajudam a lidar com as infecções espirituais? Se você fez esta pergunta, fico feliz! O texto em epígrafe nos ensina como lidar com as infecções espirituais, da mesma forma que os profissionais de saúde lidam com as infecções físicas. O versículo 31 descreve a arma do isolamento e o versículo 32 a vacina.

            Isolamento – Paulo orienta a afastar-se de todos os pecados. O versículo 22 do capítulo 4 nos encoraja “despojar-se do velho homem”. Quando tentados pela amargura, raiva e maldade, devemos evitar, a todo custo, as situações que nos levam a pecar. Se você sabe que aquele ambiente ou situação vai contribuir para infectar a sua vida espiritual, deve isolar-se dos agentes infectantes. Podemos tomar medidas para remover, isolar-se de situações tentadoras para evitar o pecado.

            Vacinação – Paulo nos diz, no versículo 32, fazer certas coisas em vez do pecado. Parece-me que, ao olhar para esta lista, podemos contemplar nelas uma inoculação contra o pecado. Se estamos ocupados com elas, o pecado não terá lugar em nossas vidas. Quando nosso espírito está cheio de bondade, ternura, compaixão e perdão, não há melhor vacina contra o pecado.

        Você se  encontra infectado com algum tipo de pecado? Necessita de se comprometer com essas coisas abençoadas sobre as quais o apóstolo Paulo falou, para que sua vida fique imune ao pecado? Existe uma diferença em sua vida daqueles que ainda não têm compromisso com Cristo?

             Rev. Liberato Pereira dos Santos

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