QUANDO A FRUSTRAÇÃO BATE À PORTA
1 Reis 19: 9-18
“O
caminho com Cristo produz alegria, paz, amor e serviço.” Porém na caminhada
cristã podemos, às vezes, responder negativamente a essa afirmativa, dizendo:
“Sim, esqueceram-se de adicionar a “frustração” nessa lista!” Parece um tanto
imprudente, mas em muitas circunstâncias se torna verdade. A vida cristã pode gerar
muita frustração, quando trabalhamos duro por algo e não vemos nenhum resultado.
Sem falar que podemos ficar desapontados com as frustrações de outras pessoas.
No
texto supracitado, observamos o profeta Elias desiludido com o ministério que foi chamado a realizar. Apesar da vitória
que Deus lhe havia concedido ao provar que Baal não era deus e não tinha nenhum
poder, fugiu para uma caverna. É verdade que não importa o quanto sejamos
amados, supridos por Deus, ou contemplar o Seu trabalho em nosso favor, quando
a frustração nos atinge, podemos esquecer de tudo e apenas lembrarmos do fardo
que temos. A frustração do Profeta surgiu pelo fato de Jezabel ter ameaçado
matá-lo, juntamente com a sensação de que era o único profeta restante, e
ninguém estava disposto a ouvi-lo. Ficou tão decepcionado que desejou até a
própria morte.
Aqui,
podemos nos identificar com o sofrimento de Elias! Especialmente quando nossas decepções
giram em torno do ministério, ou de outras experiências da vida. Não estamos
sendo caçados à extinção, quando testemunhamos de Cristo para os outros? Mas
nem todas as pessoas com quem conversamos são totalmente antagônicas a Cristo,
mas nossas insatisfações se manifestam, quando sentimos que não somos
apreciados, ou não produzimos alguma coisa proveitosa, isso sucedeu com Elias.
Dois
perigos são eminentes, quando o desencanto chega: eliminar aquele que nos
frustrou ou desejar a própria morte. No caso de Elias, ele desejou a morte.
Pensou que seria melhor simplesmente desaparecer. Ficamos apavorados, quando
sentimos que nossa fé está sob ameaça pelas muitos insucessos e decepções. Se
não temos o controle sobre eles, sentimo-nos desamparados, ou até inúteis.
Queremos que nosso caminho com Cristo produza sempre alegria, paz, amor e
resultados bons, e quando isso não ocorre, podemos ficar aterrorizados com as expectativas
fracassadas, tão ameaçados que escolhemos a fuga, assim como Elias fez.
Quando
o Profeta estava na caverna, sentindo-se sozinho, isolado, indesejado e
ameaçado, procurava algumas respostas e retribuição. Embora estivesse bem com
Deus, creio que ele desejava que o Senhor despertasse o Seu povo e o fizesse de
uma maneira estrondosa! Sua esperança era de que os israelitas se arrependessem
como um todo e retornassem alegremente a Deus, acabando com as suas
frustrações. Mas Deus tinha outros planos, e parte deles era mostrar que
poderia responder às frustrações não apenas com um estrondo, mas também com um
sussurro!
Imagino
Elias, na boca da caverna, esperando encontrar Deus no forte vento, terremoto,
ou fogo, elementos que Ele utilizara para mostrar Seu poder e ira. Mas Deus não
estava em nenhum deles. Eles estavam ali apenas para demonstrar a Elias que o
Senhor ainda era todo-poderoso, e nenhum fracasso pode igualar-se ao Seu
incrível poder ou superá-lo. Observamos que Elias não cobriu o rosto, quando o
vento, terremoto e o fogo vieram, mas, quando o sussurro veio, ele sabia que Deus
estava dentro dele, e assim o reverenciou. O amor de Cristo muitas vezes nos
constrange fazendo-nos cair de joelho, porque Ele nos faz perceber que não
estamos sozinhos, e não deixará que as frustrações nos derrotem. Isso foi algo de
que Elias se esqueceu por um momento, porém Deus em Sua misericórdia, depois de
falar carinhosamente com ele, restabeleceu novamente sua esperança.
Em
nossas frustrações e decepções esperamos que Deus se manifeste “estrondosamente”,
apresentando uma solução, mas ignoramos quando Ele sussurra em nossa alma com
sua misericórdia, compaixão e perdão. Quando Elias ouviu o murmúrio do Senhor,
instantaneamente recebeu paz e força para continuar, consciente de que Deus
estava com ele na caminhada. O Senhor mostrou-lhe que não estava sozinho, havia
mais sete mil que não se curvaram a Baal. Há sempre um remanescente. Isto nos
ensina que Deus colocou em cada comunidade irmãos, homens e mulheres, para se
apoiarem mutualmente. Sempre haverá alguém com quem podemos conversar, o qual
nos ajudará, ou pelo menos compreenderá nossas frustrações. Irmãos cheios do
Espirito Santo que não julgarão, mas dobrarão seus joelhos com amor para
interceder por nós.
Meu irmão, quando se sentir frustrado
e desejar se esconder na caverna, lembre-se de que há recurso e esperança por
causa do grande amor e poder do nosso Deus. Ele está trabalhando conosco, mesmo
quando parece que os outros não estão. Ele está produzindo mesmo quando não
podemos ver a produção. O Deus todo-poderoso conhece seu coração e zelo por
Ele, certamente lhe mostrará Sua direção, assim como fez, em Seu sussurro, a
Elias.
Rev. Liberato Pereira dos Santos
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