UMA VIDA QUE INSPIRA
2 Reis 4: 8-37
Quanto mais meus anos
avançam, mais frequentemente pergunto-me qual o legado que estou deixando neste
mundo. Quando partir para eternidade, será que fiz alguma diferença nesta terra?
O texto em epígrafe
relata sobre uma mulher, cujo nome não é citado, mas apresenta a sua grandeza. Quero
destacar as razões da nobreza que caracterizaram a sua existência. A história
começa com o profeta Eliseu, passando por uma pequena cidade chamada Suném. Seu
trabalho era de “pregador itinerante”, que proclamava a vontade de Deus. A
mulher, por algum motivo, estava disposta a “ajudar o pregador”, conforme os
aspectos seguintes:
Seu espírito de serviço – Vv 9-10 – O que ela fez não
saiu na primeira página da “Gazeta de Suném”. Francamente, duvido que alguém na
cidade tomou conhecimento do seu trabalho. Quem percebeu o espírito de serviço
desta mulher? Deus somente, com certeza. Penso que, hoje, desconsideramos
alguns serviços, porque achamos que são insignificantes. Se não é uma grande
ação, como salvar uma vida ou algo semelhante, não vale a pena o esforço. Que
tipo de serviço Deus espera de nós? Leia Mateus 25:22-40. Se um vizinho está
doente e precisa de uma refeição quente, atenda a sua necessidade, sem expor
sua atuação aos outros. Se conhecer uma família pobre, cujos filhos precisem de
sapatos, ou um casaco de inverno, ajude-os, suprindo a carência. Alguém próximo
de você está passando por tempos difíceis, esteja ao seu lado como suporte. Não
precisamos tocar a trombeta, mas sejamos como a mulher sunamita, prontos para
servir, no anonimato.
Seu contentamento – Vv 11-13 – Eliseu
ficou num pequeno quarto preparado pela família, ao que é grato, e faz a
seguinte proposta à sunamita: “olha, conheço o rei e o comandante do exército, tenho influência, devo-lhe um favor, apenas,
diga-me o que precisa, e farei para você.” A propósito, o que você pediria?
Alguns poderiam pedir um emprego melhor, um trabalho no governo. Outros, os seus
nomes na folha de pagamento do rei, ou um cartão corporativo. Veja a resposta
da sunamita, v.13, é fácil não considerar este ponto, ela diz: “Agradeço sua
oferta, mas tenho uma casa, minhas necessidades básicas atendidas, realmente
não preciso de nada.” Ela não serviu por interesse. Vivemos numa sociedade,
onde quase todos querem mais, mais e mais. Uma casa maior, um emprego com salário
maior, um carro novo e melhor, e a lista é sem fim! É por isso que muitos vivem
murmurando, insatisfeitos, e egoisticamente. O Apóstolo Paulo apresenta o
segredo do contentamento em Filipenses 4:11-13, é a perspectiva! Não é quanto
dinheiro você tem no banco, quão grande é a sua casa ou o modelo do seu carro
novo. Não tem nada a ver com aquilo que você tem, muitas pessoas possuem, e
continuam insatisfeitas, querendo mais. Qual é o segredo? A sunamita nos
ensina, seja agradecido e satisfeito por aquilo que você já possui.
Tudo está bem! Vv. 19-26 – Quando seu
marido pergunta-lhe por que ela iria à procura do profeta, sua resposta foi:
“tudo está bem.” O servo do profeta indaga-lhe por que veio à procura do mestre,
ela responde: “tudo está bem.” Estava tudo realmente bem? De jeito nenhum! Ela sabia
que o menino estava morto. O filho que pediu a Deus, e o amava muito, seu único
filho morreu em seus braços. Eu nunca perdi um filho, mas posso imaginar a dor!
As coisas não estavam bem na casa da sunamita, o rapaz estava morto. Ela sabia
que estava prestes a pedir ao profeta que fizesse algo sem precedentes, não
sabia se ele faria ou não (Vv 27-28). Mas sabia que tudo ficaria bem! Isso é
fé! A razão número um desta mulher, sem nome, ser grande aos olhos de Deus, foi
sua fé inabalável! Em que os homens hoje, geralmente depositam sua fé? Nas suas
riquezas, seu status, tradição familiar, e outros motivos. A sunamita tinha a
mesma perspectiva de Paulo: “Tudo posso naquele que me fortalece!” Podemos atravessar
por todas as coisas: tragédias, doenças, morte sem perder a nossa esperança no
Senhor.
Eu não vou te deixar – Vv 29-30 –
Eliseu era um homem de Deus. Para ela, o profeta era seu vínculo direto com o
Senhor. Não importa qual seja o resultado final, seu filho vivo ou morto, não
iria deixar Deus! Você já conheceu alguém que, diante de algum drama ou
problema, se voltou para Deus, orou e orou, em vez disso, quando as coisas não
funcionam do jeito desejado, culpou a Deus e virou-lhe as costas? Deus ouve as
nossas súplicas e responde as nossas orações. Às vezes, não gostamos da
resposta e não a entendemos, mas isso não significa que Ele está contra nós ou
nos quer punir. Sua vontade tem um propósito maior, e muitas vezes é difícil
compreendê-la. Não importa o resultado, ou como as coisas ocorram em certas
situações, temos que dizer a Deus, como a sunamita: “Eu não vou te deixar.”
Se
você deseja que sua vida faça diferença, não precisa realizar algo grandioso, para
ter uma rua ou um prédio com o seu nome. Ganhar muito dinheiro, ser famoso, ter
uma casa enorme ou carro chique. Realize apenas pequenos atos de serviço, que o
mundo muitas vezes nem perceba. Tenha um espírito contente e uma fé inabalável,
de modo que, não importa o que aconteça com você e sua família, possa dizer:
“Tudo está bem, nunca te deixarei meu Deus!”
Rev. Liberato Pereira dos Santos
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