ELE É PERIGOSO, MAS TAMBÉM É BOM
Uma das cenas das
famosas “Crônicas de Nárnia” encheu minha imaginação em mais uma lembrança que
alguém fez dos escritos e da influência do inspirado e inspirador autor inglês,
C. S. Lewis. Em uma das poucas ocasiões em que as crianças da fábula se encontram
com Aslam, o leão que representa Jesus na história; diante da ameaçadora
presença do Grande Leão, uma delas pergunta: “Ele é perigoso?”; e uma outra
sabiamente responde: “Claro que é; é perigosíssimo. Mas acontece que é bom”.
Confesso que há muito
não encontrava um resumo tão sucinto e preciso do que aprendemos sobre Deus na
Revelação das Escrituras e também na Teologia fiel à Palavra. Conforme a sua
própria revelação, e muito diferente do que se pensa e fala por aí, Deus, de fato,
é perigosíssimo e pode ser fatal; ou, para usar novamente a linguagem do
escritor, ele não é um leão domesticado. Faz o que bem entende e não se submete
à vontade e, muito menos, aos caprichos humanos.
Ele se reserva ao
direito do mistério e quando se apresenta ou fala, continua absconditus ou
desconhecido (Is. 45.15). Mas além disso, e em especial, ele não combina com
nossa pequenez e, muito menos, com
nossos pecados. Daí o terror que, normalmente, arrebatava alguns dos que
se viram na presença do Grande e Santo Deus. Foi assim com nossos primeiros pais, que o traíram ao comer
do “fruto proibido”; foi assim com o nobre Isaías, que pediu pra morrer ao ver
o Trono do Eterno; foi assim com Pedro diante do Emanuel e do seu poder
incomparável.
Mas, como as crianças
de Nárnia perceberam, “acontece que ele (também) é bom”. E talvez o fato de
serem crianças também já denuncie os princípios bíblicos do escritor, pois foi
o próprio Mestre quem disse que só podemos recebê-lo como uma criança, humilde
e dependente, e que delas é o Reino de Deus.
Ele é especialmente
perigoso porque é Santo e nós somos pecadores. É justo e nós somos injustos, é
honesto e nós somos desonestos, é puro e nós somos impuros; no entanto, e
também de forma misteriosa, Ele amou pecadores a ponto de superar a distância e
a incompatibilidade entre a sua natureza e a nossa. Por isso, como denunciaram
os religiosos da época, quando esteve por aqui “ele se aproximava dos pecadores
e comia com eles.” Além disso, eles se compadecia de todos os sofredores e
oferecia o evangelho aos pobres.
Ele “é bom e a sua
misericórdia dura para sempre” e convida todos a usufruírem de sua Graça. Ele é
bom, por isso se revelou como o Cordeiro, que “tira o pecado do mundo” e como o
manso e humilde Mestre, que traz descanso para a alma.
Ele é perigosíssimo,
pois é Santo, Justo, Reto e incorruptível, por isso, não pode meramente nos
inocentar de nossos pecados; na verdade, Ele precisa julgar e condenar o pecado
para não negar a si mesmo e cometer injustiça. Mas Ele também é bom, por isso,
providenciou uma solução, um escape, uma saída, vindo a este mundo por meio do
Filho a fim de morrer por pecadores, para que todo o que nele crêr possa estar
diante de Deus e ter a vida eterna garantida.
Rev.
Djaik Neves
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