EVANGELISMO COMO ESTILO DE VIDA
1 Pedro 2:11-12:
Depois de instruir os
cristãos perseguidos sobre a definição e o propósito da igreja, no texto
supracitado, Pedro apresenta como devemos viver e propagar o evangelho. Alguns
comentaristas afirmam que esses versículos resumem toda a mensagem da sua
primeira epístola. A ênfase específica deles é de como a vida de um cristão
deve ser ativa para alcançar os não cristãos. Para isso necessitamos:
Manter a credibilidade (v.11) – Pedro orienta abster-se
dos desejos desenfreados da carne. A ideia do apóstolo é de uma privação
contínua, pois ele parte do pressuposto de que, quando alguém nasce de novo, e
o Espírito Santo habita em sua vida, a escravidão ao pecado é quebrada. Assim o
cristão pode abnegar-se (resistir, manter-se livre) dos seus próprios desejos
carnais. Não devemos pensar que os desejos carnais estejam apenas ligados ao
pecado sexual e glutonaria, mas muitos pecados do corpo e do velho homem estão
implícitos na instrução do apóstolo. Para ele, o redimido ainda permanece num
corpo corruptível, sujeito ao pecado. E quando nos entregamos aos seus desejos,
o nosso testemunho como cristão é afetado. Esses pecados guerreiam contra o
espírito, eles não apenas prejudicam nosso testemunho, como a nossa caminhada
com Cristo. Tornamo-nos espiritualmente fracos e ineficazes na proclamação do
evangelho.
Viver de maneira exemplar (v.12) – Esta
é a contrapartida positiva da orientação anterior. Pedro falou daquilo que não
devemos fazer, e agora mostra o que precisamos realizar. Aponta para um
comportamento excelente, honrado. Quando diz: “maneira exemplar” tem em mente
uma vida bonita, cativante e atraente para aqueles que estão à sua volta. Viver
realizando coisas que farão o evangelho de Cristo ter sentido para as pessoas
que ainda não O conhece. Pedro liga a vida exemplar diretamente ao evangelismo,
acompanhando o mesmo pensamento paulino em Filipenses 1:27; II Coríntios 1:12 e
I Tessalonicenses 4:12. Devemos ser
conhecidos não apenas por aquilo que não fazemos, mas também por aquilo que
realizamos. Alguém perto de você precisa de uma mão amiga? Existem necessidades
na vida do outro que você possa suprir? Este é o padrão. Faça o bem sem a
expectativa de recompensa, mas reconheça que você está demonstrando amor ao
próximo. Uma das melhores maneiras de superar um sentimento de depressão é
começar a servir os outros, e assim estaremos apresentando o evangelho pleno às
pessoas.
Suportar as críticas (v.12) - Os cristãos eram acusados injustamente, naquela época, de serem canibais,
incestuosos, rebeldes em relação ao governo e muitos outros. Pedro exortou-os a
permanecerem firmes e suportar as críticas. É claro que certos julgamentos, no
primeiro século, trouxeram perseguições físicas e até a morte. Aqueles que criticavam
estavam prestes a prejudica-los. Hoje somos criticados de intolerantes,
politicamente incorretos, odiosos, estúpidos e por outras coisas. Infelizmente,
às vezes, não suportamos bem as críticas, e acabamos abrindo mão dos nossos
valores e princípios e nos defendemos, às vezes, na mesma altura. Não podemos
esquecer que aqueles que nos perseguem são o alvo da graça salvífica de Deus –
os abortistas, evolucionistas, ateus, viciados em drogas, homossexuais,
prostitutas e outros. Permita que sua vida fale por você, e o Senhor será o seu
escudo nesta batalha. As pessoas verão muito mais de Cristo em você, quando
enfrenta as críticas, do que quando está tudo “normal”. Se tiver que falar,
lembre-se destas dicas: Uma palavra amável desvia a ira, eles estão atacando
Cristo, não a sua pessoa, use as Escrituras, sejamos tolerantes e demonstremos
amor em todo o tempo.
Compartilhar a verdade (v. 12) – Finalmente, o
último componente do evangelismo como estilo de vida é compartilhar com
fidelidade a verdade do evangelho. Pedro fala sobre os acusadores glorificarem
a Deus, isto é, eles alcancem a salvação. Precisam ouvir as verdades do
evangelho. Não é suficiente abster-se do mal, fazer coisas boas para as
pessoas, estas coisas são apenas uma ponte ou meio para um fim. Precisamos
dizer às pessoas por que as realizamos, a razão da nossa fé. “Estejam sempre preparados para responder a
qualquer que lhes pedir a razão da esperança que há em vocês.” (II Pe
3:15). Se praticarmos todas essas coisas sem proclamar a mensagem a alguém, não
completamos nossa tarefa. Existem muitas maneiras de fazer isso: folhetos,
redes sociais, em conversas e bate-papos com as pessoas: “Como ouvirão se não há quem pregue?” (Rm 10:14)
Que o Senhor nos
ajude a viver em retidão, sendo exemplo de uma vida vivida na dependência do
Senhor, certos de que nas perseguições não estaremos sozinhos, pois o Seu
Espírito nos fortalecerá, e assim possamos aproveitar todas as oportunidades
que tivermos para anunciar boas novas do evangelho.
Rev. Liberato Pereira dos Santos
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