quinta-feira, 18 de abril de 2019

COMPREENDENDO A RESSURREIÇÃO 21.04.19

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COMPREENDENDO A RESSURREIÇÃO


1 Coríntios 15:35-58
Não sei a origem da fábula, mas reconheço que, embora seja simples, tem muito a nos ensinar sobre a ressurreição e a vida após a morte. A estória é acerca de uma grande família de larvas, que vivia num fundo de um lago.
            Um dia elas se reuniram para tratar de um problema que as incomodava há muitos anos. A questão era a seguinte: toda vez que um membro da família subia por meio de um caule à superfície da lagoa, ninguém mais o via de novo. Assim, fizeram uma promessa solene umas as outras: A próxima a escalar um caule de nenúfar voltaria para contar tudo ao restante da família, como seria lá em cima.
            Logo, uma das larvas mais velha sentiu o desejo de subir o nenúfar até a superfície da lagoa. Em alguns instantes alcançou o topo e estava sã e salva em cima da vegetação, secando ao sol. Olhou em volta e viu um velho sapo faminto pegando moscas para o jantar. “Foi isso que aconteceu com todas as nossas amigas?” Perguntou a si mesmo. “É por isso que elas nunca voltaram?” Ela estava prestes a descer quando algo estranho começou a acontecer consigo. Enquanto o sol ficava cada vez mais quente, ela começou a mudar, estava transformando-se em algo novo, coisa que jamais imaginou que pudesse acontecer. Transformou-se numa libélula!
            Imediatamente, estava deslizando pela superfície da lagoa, foi maravilhoso! Sentiu-se tão livre! Olhando para a escuridão do lago, lembrou-se de sua promessa. “Eu preciso voltar e contar tudo o que aconteceu aqui.” E mergulhou na lagoa, mas, quando tocou à superfície da água, descobriu que não podia atravessar. Era como se houvesse uma película grossa demais para ser rompida. Então foi por isso que ninguém nunca voltou para contar às outras. Ela ficou triste por não ter cumprido sua promessa, mas entendeu o porquê. Assim percebeu duas coisas: Mesmo que tivesse voltado para contar, suas amigas não entenderiam; que agora seria impossível viver no frio e escuridão daquela lagoa. Sua vida foi completamente mudada. Ela amava sua nova vida, seu novo corpo, sua nova liberdade e não gostaria mais de viver da maneira tão limitada novamente.
            Bem, nessa estória, você consegue ver qual a relação que ela tem com a ressurreição, e a nossa vida após a morte?
            Há muitas pessoas vivendo na lagoa que chamamos de terra, afirmando que, ao chegarmos ao fim da vida, não existe mais nada. Mesmo às que não afirmem isto, é assim que imaginam, como se a vida se limitasse apenas a esta dimensão. Às pessoas com este pensamento, a morte é como um velho sapo faminto, que nos engole na escuridão.
            Mas nós os cristãos afirmamos: “Não! Isto não é verdade.” Porque acreditamos e confiamos em Jesus Cristo. Sabemos que, quando passamos da escuridão do lago da vida terrena para a glória da vida além da morte, haverá uma grande mudança. Seremos transformados em algo além da nossa imaginação.
            Paulo falou sobre isso, no texto supracitado: “Alguém pode perguntar: “Como os mortos serão trazidos de volta à vida? Que tipo de corpos eles terão?” Que pergunta tola! Olhe para o seu próprio jardim, se você quiser encontrar a resposta. Quando coloca uma semente no chão, ela não crescerá e será uma planta, a menos que morra primeiro. Então quando o broto verde sai do chão, é muito diferente da semente que você plantou. Deus realmente nos dará um belo e novo corpo, exatamente do tipo que Ele deseja. Estes corpos terrenos são muito diferentes do corpo celestial, que receberemos. Aqui eles são físicos e naturais, lá serão espirituais. Paulo assim explicou, porque foi exatamente o que ocorreu com Jesus Cristo na ressurreição. E como aconteceu com Jesus, assim ocorrerá com os nossos corpos no último dia.
            Sei que muitas pessoas zombam desta verdade, e dizem: “Mostre-me uma prova, se o que você está dizendo não é apenas uma afirmação religiosa?” Bem, a Ressurreição de Jesus Cristo nos dá esta prova. É como se Jesus fosse à superfície da lagoa, e depois voltasse para nos contar a história, dizendo: “Examine-me e vejam que sou eu realmente. Olhe para o meu corpo e veja se é real... Não sou um fantasma.” (Lc 24:38-40) Os discípulos descobriram que Jesus, cujo corpo tinha sido morto numa cruz e sepultado, estava vivo novamente. Era um corpo real, mas também muito diferente, pois podia estar presente numa sala e ninguém vê-lo, como entrar num ambiente mesmo com as portas trancadas, não havia limitações para ele. Um corpo que podia viver com facilidade no céu e na terra. Era um Corpo sobrenatural, que, após a ascensão, desapareceu da vista deles.
            Concluo com a promessa maravilhosa que João declarou: “Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser, mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, pois o veremos como ele é.” (I Jo 3:2) Na ressurreição, receberemos um corpo semelhante ao do Cristo Ressurreto. Aguardemos com expectativa a concretização desta viva esperança.
               Rev. Liberato Pereira dos Santos



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