COMPREENDENDO A VERDADEIRA JUSTIÇA
Lucas 18:10-14
Há uma grande
diferença entre a aparência de justiça e a legítima retidão. O orgulho e a
soberba são grandes obstáculos a se desfrutar de uma vida justa. O homem, que
se auto justifica e se coloca acima dos outros, é advertido por Jesus. Na parábola
do fariseu e do publicano, Cristo, o nosso divino Mestre, apresenta a diferença
entre o orgulho e a verdadeira integridade. A Palavra de Deus é clara em
afirmar que toda a humanidade pecou (cf. Rm 3:10); não há nenhum homem perfeito
e nossas boas obras ou atos de justiça,
por abundantes que sejam, não nos justificam aos olhos de Deus. Se almejarmos a
nossa retidão e justificação, devemos reconhecer que não somos impecáveis e erramos
constantemente todo o tempo. Confessando os nossos pecados a Deus, suplicando
pela obra de Cristo em nossa vida, experimentamos o novo nascimento. (cf. Jo
3:3-8).
Jesus encontrava-se rodeado de um bando de
fariseus que procuravam, de todas as formas, descobrir falhas em Sua doutrina.
(v.10) Ele abordou a questão da justiça própria, voltando-lhes a atenção
para alguém que seria como eles. Cristo estabelece seu alicerce para advertir
aos fariseus, apresentando exemplo de dois homens que foram ao templo orar, comparando
a adoração e oração de um pecador e de
um fariseu. Ele afirmou que os fariseus eram hipócritas. Ser fariseu é ser um observador fingido das
coisas religiosas, um fanático ávido por apontar os erros na vida dos outros,
mas não consegue reconhecer as suas próprias falhas, inclusive naquilo que
condena. Tem um discurso bonito legalista sobre o que ele mesmo não observa. Jesus
falou com eles com palavras claras, de forma que seus ouvintes não tiveram
dificuldades em identificá-los. Quantas vezes não agimos assim também com uma
visão egocêntrica? Consideramo-nos perfeitos e
todos os outros são errados? O publicano reconheceu sua vida de trapaças
e erros e humildemente buscou o perdão de Deus. Percebemos que o pecado, seja
ele qual for, não nos impede de desfrutar da graça de Deus, mas apenas um
coração impenitente e orgulho nos afasta dela. Devemos reconhecer que somos
pecadores e extremamente necessitados do perdão de Deus. (Rm 3:22). A prática
da nossa religião deve ser fruto de um interior transformado, e não apenas de
uma aparência exterior de atos de justiça. Jesus advertiu que se a nossa
justiça não exceder a dos escribas e fariseus não entraríamos no reino dos
céus. (Mt 5:20)
O judeu legalista orou em público,
onde tinha certeza de que seria visto. Vv 11-12 – Pensava que era
necessário lembrar a Deus de tudo o que havia feito para Ele. Esqueceu-se de
que Deus é onisciente e tem inteiro conhecimento de todas as coisas, até dos pensamentos
e as palavras não pronunciadas, julgando a adoração do publicano por conta
própria, não levando em consideração a advertência de Jesus em Mateus 7:1-5. Cuidado para não se auto justificar comparando-se
a outra pessoa, ressaltando-lhe os erros. Alguém afirmou que, quando apontamos
o dedo para uma pessoa, há três dirigidos para nós mesmos. Nossa adoração e
oração devem ficar entre nós e nosso Deus somente (cf. Mt 6:1-8).
O publicano discretamente colocou-se diante
de Deus. v. 13 – Esse homem, um individuo repudiado pela sociedade e os
religiosos de então, estava tão
convencido de sua situação no coração que sua única esperança de salvação era
um Deus que ama e perdoa (cf. Sl 34:18). Ele O buscou de todo o seu coração.
Frequentemente, confiamos em nós mesmos até que ficamos sem esperança. Somente
quando quebramos a cara e nos encontramos em situações extremamente difíceis,
buscamos a intervenção de Deus. Aqueles que buscam restauração precisam orar
como fez o salmista Davi: “Cria em mim, ó
Deus, um coração puro, e renova em mim um espírito estável.” (Sl 51:10)
Deus perdoa àqueles que confessam seus
pecados com sinceridade. v.14 - O
publicano só foi perdoado, porque levou seus pecados diante do trono da graça. Embora onisciente, Deus espera que sejamos honestos
com Ele. No momento em que reconhecendo os nossos erros e nos rendemos perante
Ele, clamando por Jesus como nosso Salvador e Senhor, suplicando o seu perdão,
Ele nos purificará. (I Jo 1:9). Assim, Deus não permitirá que você e eu
continuemos em injustiça pelo tempo que for necessário. “Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes.” (Tg 4:6)
Algumas pessoas lutam contra Deus até o fim e serão condenadas. Outras clamam
por misericórdia ao Deus justo e serão redimidas.
Deste
modo, procuremos superar nossa auto justiça hipócrita, entendendo que essa
atitude presunçosa é sobremodo
pecaminosa. Ninguém é justo o suficiente para ganhar a salvação. Somos
perdoados e salvos dos nossos pecados apenas pela graça de Deus. Sabemos que
somos salvos quando confessamos nossa fé em Jesus, por meio da atuação do
Espírito Santo em nós. Cuidado para não ficar julgando as pessoas,
comparando-as com sua vida. “Cada um de nós dará contas de si mesmo a Deus” (Rm
14.12). Lembre-se de que o fariseu com
sua presunção obstaculizou o agir de Deus em sua vida, enquanto o publicano, esvaziando-se
de si mesmo, colocou-se à disposição para não só obter o perdão, mas ser usado
por Deus.
Rev. Liberato Pereira dos Santos
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Louvado seja Aquele que continuar a nos amar incondicionalmente!
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