Lucas 2:14
Nós,
os cristãos, não adoramos os anjos, mas
reconhecemos a atuação deles, sob a direção de Deus, em nosso favor. Quando consideramos o caráter
dos anjos e suas muitas ações de simpatia por nós, é difícil resistir ao
impulso de nutrir por eles amor e admiração. A operação deles no texto
supracitado é suficiente para fazer nossos corações pulsarem de alegria. Eles
vieram à terra, repletos de felicidade, para contar aos pastores a maravilhosa
história de um Deus que se fez carne.
A
mensagem que os anjos trouxeram dos céus àqueles humildes trabalhadores era
algo que eles podiam entender, e todos nós devemos compreender. Uma comunicação
que, se bem acolhida, os tornariam, juntamente com toda a humanidade, melhores.
O fundamento da mensagem é a salvação que Cristo veio trazer a este mundo. Eles
afirmaram que a redenção acarretaria glória a Deus, paz aos homens, e denotava
um sinal da boa vontade do Senhor para com a raça humana.
Os
anjos que anunciaram o nascimento de Jesus, que, aliás, já existia antes da
fundação do mundo, cantavam honra, glória, majestade, o poder e o domínio Àquele
que está assentado no trono, e manifestou-se na obra da Sua criação. Mas agora,
quando viram Deus descer de Seu trono e se tornar um bebê, elevaram ainda mais
suas notas e, alcançando as mais altas escalas divinas de louvor, cantaram:
“Glória a Deus nas alturas...” Se os anjos cantavam antes pelos atos criativos
de Deus, houve mais motivo na encarnação, do que na criação dos céus e da terra
para louvá-Lo. Deus se tornou homem pela sua justiça, para justificar os
ímpios. O grande amor foi revelado pelo ato de se tornar humano e habitar entre
os homens. Embora a natureza revele a Sua glória, é na pessoa do Seu Filho,
Jesus Cristo, que Ele se revela plenamente a toda a humanidade.
A
lição que aprendemos no anúncio dos anjos, trazida do céu à terra, é que a salvação,
que Cristo veio trazer, implicaria, mais tarde, a sua morte no calvário, a fim
de pagar o resgate dos nossos pecados e nos adquirir para a glória de Deus,
Assim, os anjos subiram o tom da adoração. Quando eles cantaram isso, no
momento do anúncio aos pastores, já haviam cantado antes: “Glória a Deus nas
alturas”, era uma canção antiga. Cantavam antes da fundação do mundo. Mas a
segunda parte é a grande notícia: “...e paz na terra aos homens aos quais ele
concede o seu favor". Desde que homem caíra e fora expulso do Éden, pelos
querubins com espadas ardentes, não houve mais paz na terra, interna e externa.
O homem teve a sua consciência atribulada, e Satanás passou atormentar seus
pensamentos com a culpa do seu pecado. Não houve mais paz na terra, desde que
Adão caiu. Todavia agora, quando o Rei recém-nascido apareceu, a faixa em que
Ele estava envolvido era a bandeira branca da paz. Aquela manjedoura foi o
lugar onde o tratado de paz foi assinado.
Onde
mais a verdadeira paz pode ser encontrada, senão na mensagem de Jesus? A paz
não pode ser descoberta em nenhum outro lugar, senão nEle, sobre o qual foi
profetizado: “... será chamado Príncipe da paz.” (Is 9:6) E que paz é essa? Não
é apenas a ausência de guerra. É a paz de Deus que ultrapassa todo o entendimento.
É a paz sagrada entre a alma perdoada e o Deus perdoador, a maravilhosa
expiação do pecador diante do seu juiz. Essa foi a paz contada pelos anjos:
“...paz na terra.”
Os
anjos terminaram sua canção com as palavras “Ele concede o Seu favor.” Eles
disseram que Deus tem boa vontade para com o homem, porque deu o Seu Filho.
Nenhuma prova maior de bondade entre o Criador e suas criaturas pode ser obtida
do que no fato de o Criador dar Seu único Filho, gerado e amado, para morrer no
lugar das suas criaturas. Embora a primeira parte da canção dos anjos fosse
cantada antes da fundação do mundo, a segunda deve trazer conforto aos nossos
corações hoje, e a terceira nos fazer transbordar de alegria à semelhança dos
seres celestiais.
Ao
contrário do que os anjos disseram sobre Deus, existem seres humanos que O consideram
um ser de coração duro, o qual odeia a humanidade. Eles o veem como se fosse
uma substância abstrata, sem nenhum interesse por nossos assuntos. Quem faz
essas afirmações não sabe o que significa a Sua boa vontade, nem entende quando
Ele afirmou: “Tenho eu algum prazer na morte do ímpio? Não desejo antes que se
converta dos seus caminhos, e viva? (Ez 18:23), ou mesmo quando condescendeu,
dizendo: "Venham, vamos refletir juntos", diz o Senhor. "Embora
os seus pecados sejam vermelhos como escarlate, eles se tornarão brancos como a
neve; embora sejam rubros como púrpura, como a lã se tornarão. (Is 1:18)
Aqueles
que duvidam do amor de Deus precisam olhar para o círculo de anjos ao redor dos
pastores, contemplar seu brilho e ouvir a músicas deles, deixando suas dúvidas
morrerem nessa doce melodia. Ele tem boa vontade para com os homens, e está
disposto a perdoar todas as nossas
iniquidades e transgressões, restabelecendo a nossa paz consigo. Quando o
Senhor revela a sua boa vontade ao pecador penitente, não há apenas paz em seu
coração, mas traz glória a todos os Seus atributos, e assim Ele pode ser justo,
e ainda, do mesmo modo, justificar o pecador, e glorificar a Si mesmo.
Rev. Liberato Pereira dos Santos
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