quinta-feira, 24 de setembro de 2020

AMAS-ME? 27.09.20

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João 21:15-17

Um momento impressionante e cheio de lições é o encontro de Jesus, às margens do mar de Tiberíades, após a Sua ressurreição, com Pedro, que o negara, talvez no momento menos oportuno. Esta é a terceira aparição de Cristo ressurreto aos discípulos. Eles haviam acabado de contemplar outro maravilhoso milagre, quando Jesus fez surgir cardumes de peixes para sua pesca. Parte do pescado foi utilizada para um delicioso café da manhã. Na oportunidade, o Mestre ensina ao discípulo e a todos nós que tipo de amor devemos ter a Ele:

Nosso amor a Cristo deve colocá-lo acima de todos/tudo - V. 15 – Jesus começou a trabalhar no coração de Pedro com uma pergunta direta: “Amas-me mais do que estes?” Devemos lembrar que o discípulo afirmara antes que nunca O abandonaria, mesmo que todos o fizessem, e estava pronto até para morrer com Ele, se necessário. (Mt 26:35). No entanto, quando a pressão aumentou, Pedro chegou a dizer com rispidez nunca conhecê-Lo. A pergunta refere-se a essa sua afirmação, e Jesus pretende mostrar-lhe, bem como aos outros discípulos e a nós, que Ele exige um comprometimento total e irrestrito de Seus seguidores. Nosso amor deve colocá-Lo acima do nosso amor aos outros, até de nossos entes mais queridos e nosso próprio bem-estar. Em outra oportunidade Ele afirmara: "Se alguém vem a mim e ama o seu pai, sua mãe, sua mulher, seus filhos, seus irmãos e irmãs, e até sua própria vida mais do que a mim, não pode ser meu discípulo.” (Lc 14:26). Assim como Pedro, quantas vezes negamos nosso compromisso com Cristo, para não sofremos prejuízos pessoais ou mesmo agradar as pessoas.

            Quando Cristo pede compromisso/fidelidade, respondemos apenas com sentimentos? Vv 15-16 – Para entender completamente esta passagem, devemos identificar a diferença entre a pergunta de Cristo e a resposta de Pedro. Quando lhe perguntou se ele O amava, Jesus estava usando uma palavra que exigia um tipo específico de amor. A palavra grega utilizada por Cristo no texto é “agapao”, que significa um amor sacrificial ou compromisso total. Essa forma de amor abrange uma questão de princípio, dever e propriedade. Em essência, Jesus estava perguntando a Pedro se ele sacrificaria tudo e se entregaria completamente por Ele. Agora, observe o retorno de Pedro: “Sim, Senhor, tu sabes que te amo.” Parece uma resposta positiva, mas não é aquilo que Jesus desejava do Seu discípulo. Ao descrever seu amor, Pedro utiliza uma palavra grega diferente, “phileo”, que significa: carinho, ter afeição por, apego pessoal, ter sentimento. Frequentemente essa é a nossa resposta a Deus. Ele nos ama com um amor totalmente envolvido, porém muitas vezes parecemos amá-Lo apenas quando nossas emoções e sentimentos nos permitem. Se tudo estiver bem, então somos todos para Deus, mas, se as coisas estão ruins, modifica-se a nossa devoção a Ele. Observe, as afeições/sentimentos podem ser vulneráveis e temporários. Uma pessoa pode ter forte afeição por outra, mas, se decepcionada, o sentimento pode morrer. Muitos estão vivendo vidas de conveniência. Se eu quiser, vou às reuniões comunitárias, vou pregar o evangelho, perdoar àquele que me ofendeu, ajudar ao meu próximo, e essa lista pode continuar. Mas Cristo nos chama a um pacto muito maior. Pedro respondeu a Jesus apenas com sentimento, mas não necessariamente seu ânimo era total. Assim como Jesus desejava que Pedro tivesse um amor capaz de uma entrega total, sacrificial, Ele espera de todos aqueles que se dispõem a segui-Lo tenham.

            Nosso serviço a Cristo reflete a palavra do nosso compromisso? V.17 "Senhor, tu sabes todas as coisas e sabes que te amo". Disse-lhe Jesus: "Cuide das minhas ovelhas.” Pedro estava tão ciente de que Jesus conhecia os intentos de seu coração, pois três vezes o Mestre deu a Ele a ordem de cuidar das suas ovelhas. Jesus também conhece as intenções de nossos corações, e sabe até aonde vai a nossa lealdade. Na terceira vez que perguntou a Pedro, Jesus usou a palavra que Seu discípulo utilizou para amor, que significava algo menos que a devoção total, questionando até mesmo o nível de amor que Pedro pensava estar seguro em reivindicar. As lições ensinadas ao Apóstolo entreteceram-lhe o coração. Cristo deseja que aprendamos essas mesmas lições. Estamos servindo a Ele como um filho de Deus leal, dedicado e totalmente comprometido, ou O servimos apenas se conveniente para nós? Devemos examinar nossos corações.

            Levando em consideração esses pontos, cabe-nos verificar se estamos totalmente dedicados a Cristo em todas as áreas de nossas vidas. Não podemos ser um cristão de crise – quando ela nos atinge, corremos para Cristo, quando passa, Ele não é mais necessário. Ou Cristão da prosperidade – enquanto as coisas estão indo bem estamos felizes com Deus, mas nas provações e tribulações nossa devoção diminui. Você está disposto a abandonar tudo e todos por amor a Cristo, como Ele fez por nós, entregando-se na cruz do Calvário para morrer em nosso lugar? Se não, decida-se hoje por uma vida de comprometimento total com Ele.

            Rev. Liberato Pereira dos Santos



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