quinta-feira, 17 de setembro de 2020

CONSUMIDO PELA COMPAIXÃO 20.09.2020

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Lamentações 3:22

            Quando Jeremias escreveu essas palavras sua nação, Judá estava longe de Deus, entregue à desobediência. Eles estavam tão distantes do Senhor que não se arrependeram, quando viram os seus irmãos do reino do norte, Israel, caírem na escravidão. Jerusalém foi contaminada pela complacência nos rituais sensuais e degradantes das religiões cananeias. O povo foi avisado do julgamento de Deus por meio de seus profetas repetidas vezes, mas não deu ouvidos às advertências, então veio a sentença.

            As Lamentações do profeta Jeremias descrevem o seu sentimento de inquietação e abatimento pela destruição de Jerusalém e a desolação de Judá, em 587 a.C. O profeta escreveu em forma de poesia acróstica, em que a tristeza se encontra presente mais do que em qualquer outro livro da Bíblia. Ainda assim, no meio do seu lamento, há um raio brilhante de esperança, como um relâmpago em uma nuvem negra de tempestade. Embora a nação de Judá e sua capital tenham sido dizimadas, elas não estavam além da restauração e renovação do Senhor. Mesmo que a nação merecesse ser totalmente consumida por causa dos seus pecados, Jeremias disse: “O grande amor de Deus nunca termina. A única razão por que não fomos completamente destruídos é a misericórdia do Senhor.” ( Bíblia Vida).

            A história do homem é um registro sombrio de fracasso. Mesmo tendo sido colocado em um ambiente perfeito no princípio, Jardim do Éden, o primeiro homem falhou e não pode melhorar nas gerações subsequentes. Alguns afirmam que se melhorarmos as suas condições sociais, o homem  ficará melhor, mas as Escrituras são claras ao mostrar que não é o habitat da raça humana o problema, mas sim o próprio homem. O Espírito de Deus por meio do Apostolo Tiago nos revela essa verdade: “Mas a tentação é a fascinação dos próprios pensamentos e desejos maus do homem. ” (Tg 1:14) ou seja, a inclinação para o mal está no coração do homem, pois foi corrompido pelo pecado. O Salmista Davi reconhece essa condição quando afirma: “O fato é que já nasci pecador; sim, desde o momento que minha mãe me deu à luz.” (Sl 51:5) Não é a sociedade que corrompe o homem, mas ele que a contamina por causa da sua natureza pecaminosa.

            A Bíblia nos mostra que mesmo depois do Êxodo do Egito, algo pelo qual o povo de Deus orou por centenas de anos, a rebelião se espalhou como fogo no deserto, a ponto de fazer um bezerro de ouro e lhe atribuir os feitos maravilhosos do Senhor. Porém Deus não tratou as pessoas dando-lhes a punição imediata que mereciam. O Salmista descreve a ação de Deus para com o seu povo nessa época, declarando: “No entanto, Deus tinha muita compaixão e perdoava os pecados de povo em vez de destruí-lo. Várias vezes Ele desviou a sua ira e conteve o seu furor.” (Sl 78:38). Assim é grande o comprimento e a largura da compaixão de Deus.

            Porque a misericórdia de Deus “não falha”, Jeremias foi capaz de olhar para o futuro com esperança. Assim, podemos compreender: não é porque o homem está cada vez mais evoluído que há esperança para o futuro, mas sim, porque Deus é compassivo em Sua natureza. Muitas coisas na vida falham. Bancos e instituições financeiras abrem falência. Casamentos fracassam. Atletas e equipes são derrotados. Políticos e partidos se afundam na corrupção, automóveis e eletrodomésticos, bens móveis e imóveis perecem. A saúde física é atingida pela enfermidade. Mas a misericórdia de Deus nunca falha!

            A Palavra de Deus nos afirma que Jesus, como a encarnação do Verbo, foi “movido de compaixão”, seja curando um cego de suas trevas, um leproso de sua impureza ( Mc 1:41) ou vendo as multidões sem pastor (Mt 9:36). Ele se entregou para a morte na cruz do Calvário movido pelo seu amor e compaixão à humanidade perdida. Por sua vez, as Escrituras instruem os seguidores de Cristo a serem compassivos para com os outros (I Pe 3:8), e afirma ainda que a compaixão faz a diferença! (Jd 22).

A maravilhosa notícia de Jeremias sobre a misericórdia de Deus é que ela é renovada todos os dias! “A fidelidade de Deus é grande; o seu amor cuidadoso é sempre novo, a cada dia que passa.” (v.23) A compaixão e a misericórdia de Deus estão disponíveis para nós em um novo suprimento todas as manhãs!

Diante disso, a resposta de Jeremias a essa verdade, também deve ser a nossa. Devemos louvar a Deus pela abundância magnífica do seu amor. Como o profeta, devemos exclamar a Ele: “Grande e abundante é o Teu amor e a Tua fidelidade! ” Derramarmo-nos em louvores a Deus, quando somos iluminados pelos Seus grandes atributos é algo de que não devemos fugir. A menção de Jeremias da fidelidade de Deus e sua misericórdia para nós é o raio de luz na escuridão da noite. Judá estava longe de Deus e sendo disciplinado por sua desobediência, mas as misericórdias de Deus não acabaram, Sua compaixão não acabou. Quando você se encontrar na escuridão dos problemas da vida lembre-se de que, em Deus, há esperança, pois Sua misericórdia não se acaba, é de geração a geração.

Rev. Liberato Pereira dos Santos



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