Romanos 9: 1-3
Você
se preocupa com as pessoas que não conhecem as verdades do evangelho e estão
indo para a perdição eterna? Nos versículos iniciais, do capítulo nove de
Romanos, o apóstolo Paulo revela seu coração para o seu povo, os judeus. Ao
fazer isso, ele ensina uma lição sobre o tipo de coração que devemos ter para
com aqueles que estão ao nosso redor sem conhecer a salvação em Cristo.
Paulo
se sente na obrigação de estender a mão para as pessoas que não conheciam o
Senhor Jesus Cristo como seu salvador, veja:
A
honestidade de Paulo – v. 1 -Todos os perdidos, mas principalmente os
judeus, olhavam com desconfiança e dúvida para a mensagem da cruz. Paulo foi
fiel ao compartilhar essa mensagem, mostrando-lhes que sem um relacionamento
pessoal com Jesus Cristo não havia esperança de salvação. Algumas pessoas
ouvindo esta mensagem, podem ter sido tentadas a pensar que o Apóstolo estivesse
mentindo. Ao mostrar que o judaísmo não podia salvar, alguns judeus podem ter
se sentido totalmente rejeitados, irremediavelmente eliminados por Deus para
sempre. Mesmo assim, Paulo deseja que essas pessoas saibam do interesse do seu
coração para com elas e vejam sua sinceridade. É por isso que ele chama o
Senhor, o Espírito Santo e seu próprio coração para testificar de sua
honestidade.
É
de fundamental importância que os cristãos tenham corações honestos. As pessoas
devem saber que as amamos e que nos preocupamos com elas. O apóstolo João nos
alertou sobre o perigo do amor falso, e nos disse que o amor verdadeiro se
manifesta em ações em favor dos outros (I Jo 3:18). Não podemos dar-lhes
motivos para desconfiar de nós ou da mensagem do Evangelho que anunciamos.
Nunca devemos ser culpados de dizer algo que seja falso ou hipócrita para
aqueles que estão fora da família de Deus. Podemos ser a única esperança pelo
qual eles terão de vir a Cristo.
O
sentimento de Paulo – v.2 – Ele vai dizer aos seus leitores que sua vida está
tocada por uma dor constante. A expressão usada por ele aqui é a mesma que
expressa àqueles que estão passando pelo luto. Se você já ouviu pessoas do
Oriente Médio lamentarem, certamente tomou conhecimento de suas dores pela
morte de entes queridos nos conflitos armados. Ouvi-las lamentar nos fazem
sentir como elas estão dilaceradas. Paulo quer que seus leitores saibam que ele
está agindo sob um pesado fardo pelos perdidos! Como uma mãe que perdeu um
filho, o coração do apóstolo está partido pela condição do pecador perdido. Ele
vive sob o peso constante da realidade de que estão indo para a perdição
eterna. O fato de estarem morrendo nessa condição repousa sobre seus ombros
como um peso quase impossível de carregar.
Não
tenho dúvida de que esse fardo todos os cristãos deveriam carregar. Estamos
cercados por milhares de pessoas que estão indo para o inferno, e muitas vezes
agimos como se não tivéssemos nenhuma responsabilidade. Vamos aos cultos de
adoração e nunca pensamos neles! Quando foi a última vez que você acordou no
meio da noite para buscar a face do Senhor, a fim de interceder por uma pessoa
perdida no pecado? Ou quando foi a última vez que procurou ministrar a mensagem
de salvação para aqueles que estão caminhado na perdição? Infelizmente, a
maioria de nós simplesmente não é afetada pela condição do pecador perdido.
Lamentamos que esteja perdido, mas não o suficiente para ministrar e orar pela
sua vida. Precisamos urgentemente confessar a nossa atitude de frieza e
insensibilidade, e pedir ao Senhor que inflame os nossos corações pelos que
perecem.
O
anseio de Paulo – v.3 Neste versículo, Ele faz uma declaração
surpreendente! Afirma que se fosse possível permitiria ser separado de Deus e
condenado ao inferno se isso salvasse os judeus perdidos! Essa é uma declaração
incrível! Paulo não estava brincando, ele realmente quis dizer isso! Ele sabia
que era impossível, pois estava eternamente seguro no Senhor Jesus, mas em seu
coração, estava disposto a ir para o inferno, a fim de que outros pudessem ser
salvos. Que anseio nobre!
Pergunto-me:
Já estivemos em um lugar onde estaríamos dispostos a fazer uma oração
semelhante? Preocupando-nos com os pecadores perdidos a ponto de orarmos para
que o Senhor os salve independentemente do que custasse para nós, dizendo:
“Pai, se isso significa que devo ser atingido, ou mesmo ser morto, salve-os da
perdição eterna.” Não faremos tal oração, a não ser que reconheçamos nossa
responsabilidade e sejamos consumidos pelo sentimento de dor pelas almas que
estão se perdendo.
A
propósito, estamos sob a mesma obrigação que ocupava a mente do apóstolo Paulo.
Existe um mundo perdido ao nosso redor, e devemos nos preocupar com as almas
que estão caminhado para a perdição eterna. Supliquemos ao Pai que inflame
nossos corações, a fim de que eles possam arder pela proclamação do evangelho
que é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, e assim não
percamos as oportunidades para demonstrar o nosso amor àqueles que estão ao
nosso redor.
Rev.
Liberato Pereira dos Santos
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