sexta-feira, 15 de janeiro de 2021

POR QUE DEVEMOS AMAR OS NOSSOS INIMIGOS? 17.01.2021

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Lucas 6: 27-36

De todas as coisas que Jesus ordenou, amar os inimigos é talvez uma das mais difíceis. Podemos não amar a Deus como deveríamos, mas estamos dispostos a fazer. Podemos não amar nosso próximo como precisamos, mas não tenho nada contra tentar. Mas, amar os inimigos? Claro que temos dificuldades em amá-los, afinal são nossos inimigos! Se os amamos, não serão mais nossos inimigos, não é? Eles nos machucam, falam mal de nós, ameaçam nossos valores, finanças, trabalho e até a vida. Sujeitam-nos à crueldade emocional, até mesmo em alguns casos, causam-nos danos físicos. Podemos dizer: não quero amar essas pessoas. Ainda assim, Jesus diz: “Amai os vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam...”. Cabe ressaltar que Jesus não estava falando de ter afeição pelos inimigos, e sim desejar-lhes o bem. Esse tipo de amor exige esforço consciente. Amar os inimigos não significa agir a favor do interesse deles. Podemos orar, pedindo a Deus que os leve ao arrependimento de seus pecados, a fim de serem salvos. Jesus amou a humanidade inteira, embora esta se tivesse rebelado contra Deus.  Ele nos pede  que sigamos o seu exemplo e amarmos os inimigos e nos dá três razões para isso:

            Grande será a nossa recompensa – v.35 – Uma promessa do próprio Jesus: Se você O honrar o suficiente para fazer as coisas difíceis da vida, Ele o recompensará de maneira adequada.

            Atos dos Apóstolos nos conta a história da morte de Estevão, o primeiro mártir da fé. Enquanto ele morria apedrejado, somos informados de que suas últimas palavras foram: “Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que estão fazendo.” O que Jesus está fazendo durante essa crueldade tamanha? Estevão nos responde: “Vejo o céu aberto e o Filho do Homem em pé à direita de Deus” (At 7:56.

Hebreus 1:3 nos fala que, quando Jesus subiu ao céu, “sentou-se à direita de Deus Pai.” Conhecendo o desejo de Estevão de perdoar seus inimigos, mesmo enquanto eles o matavam, Jesus estava de pé aguardando-o. Penso que tal atitude de Cristo é semelhante ao momento em que as pessoas estão num evento, na presença do homenageado. Um sinal de respeito e honra. Jesus, sabendo que seu discípulo estava determinado a perdoar seus assassinos, aproveitou a oportunidade para mostrar-lhe e a nós que esse é o tipo de atitude que Ele honra.

            Seremos filhos do Altíssimo – v.35 – Agora se não somos filhos do Altíssimo, de quem seriamos? O ódio é um instrumento de Satanás. Paulo nos aconselha em Romanos 12:21: "Não se deixe vencer pelo mal, mas vença o mal com o bem." A razão pela qual isso é tão crucial é que a amargura e o ódio nos podem  invadir e destruir nossas vidas.

            Leonardo Da Vinci certa vez teve uma terrível desavença com um colega artista pouco antes de começar a pintar a “Última Ceia”. Conta a história que ele decidiu pintar seu inimigo como Judas. Era uma semelhança perfeita. E deixou a imagem de Jesus por último. Quando começou a pintá-Lo, por mais que tentasse, nada parecia agradá-lo. Finalmente, ele percebeu que não podia pintar o retrato de Jesus, enquanto seu inimigo tivesse sido pintado no lugar de Judas. Quando corrigiu isso, o rosto de Jesus veio facilmente. De fato, não podemos refletir o rosto de Jesus em nossas vidas, enquanto tivermos sentimentos malignos em nossos corações. Se somos filhos do Altíssimo, devemos amar aqueles que nos odeiam.

            Seremos semelhantes ao nosso Pai – v.36. Essa parte de Sua personalidade não parece fazer sentido. Ser gentil, amar os ingratos e inimigos, por que Deus quer que os tratemos assim? Pedro nos responde em sua segunda epístola: “... não quer que ninguém pereça, mas que todos cheguem ao arrependimento.” (II Pd 3: 9-10) Porque são os ímpios e ingratos que precisam de salvação. Você pode imaginar alguém que precisa de salvação mais do que seu inimigo?

            Em Efésios 5:1, Paulo nos exorta: “Portanto, sejam imitadores de Deus, como filhos amados.” Se você reconhece Jesus Cristo como seu Salvador e Senhor pessoal, então você é um filho de Deus, assim como nossos filhos nos imitam, devemos tornar-nos imitadores de nosso Pai Celestial. Devemos refletir Sua imagem, Suas ações e Sua voz. Estando sempre dispostos a fazer as coisas que Ele faz, e agir da maneira como Ele agiria.

Como Deus trata os pecadores? O sacrifício de Cristo na cruz do Calvário pelos pecadores e pelos “inimigos” revela e prova o grande amor de Deus, é o que o apóstolo Paulo nos revela em Romanos 5:8 “Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores.” Se somos filhos de Deus, devemos viver uma vida, ou andar de uma maneira, que demonstre Seu amor. Um amor de entrega pura, que não pede nada em troca, pois foi assim que Ele nos amou, quando nós ainda éramos seus inimigos deu seu único Filho para morrer em nosso lugar, “...Pois Ele é benigno até para com os ingratos e maus.” (Lc 27:35).

Sabemos que não é fácil amar aqueles que nos aborrecem e tramam o mal contra nós, porém, se somos discípulos de Jesus,  devemos fazer aquilo que Ele nos ordenou: Amar o inimigo, fazer o bem sem esperar nenhuma paga, ser misericordioso, não julgar as pessoas  nem as condenar, perdoar àqueles que nos afrontam. Assim procedendo, revelaremos que somos filhos do Altíssimo, dispostos a imitá-lo, e certamente seremos recompensados pela nossa fidelidade.

Rev. Liberato Pereira dos Santos




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