1 Coríntios 13: 9
Ouvimos
frequentemente, entre os cristãos, que o casamento é um paraíso na terra. Com
isso podemos imaginar o que muitos jovens pensam a respeito do matrimônio. Isso
realmente afeta alguns solteiros na hora de escolher um parceiro, pois suas
expectativas estão totalmente fora deste mundo. Embora existam alguns que
tentam mostrar o quão sério é casar-se, simplesmente não conseguem elucidar a
ideia o suficiente. Mas ninguém deve ser culpado por isso, porque o casamento é
uma escolha pessoal. E muitas vezes, quando se está apaixonado, não se consegue
ouvir o ponto de vista das outras pessoas. Não percebe os sinais de trânsito da
vida, alertando-o sobre o perigo à frente.
É
fácil responder a todas as perguntas acerca de seu relacionamento ou parceiro,
quando ainda está no nível primário, pois o companheiro é visto como a pessoa
perfeita. Já o segundo nível faz que as perguntas simples não se tornem fáceis
de responder, pois a convivência tende a diminuir a sensação de encantamento e
paixão inerentes ao vínculo amoroso, deixando transparecer as características
do parceiro amoroso, que talvez não sejam muito agradáveis, exterminando a
perfeição da relação inicial. Nessa fase, os casais começam a vivenciar o que
não estava claro na anterior. No início, o amor não significa praticamente o
que diz, porque não foi testado se realmente é verdadeiro. A avaliação começa
no segundo momento. Se o amor resiste a esse nível, então será real em todos os
outros.
Ouvi
de uma pessoa experiente sobre os três níveis na relação matrimonial. Ela
afirmou que os cônjuges no primeiro nível se interessam seriamente um pelo
outro. Sentem falta um do outro, gostam de estar juntos, e não querem deixar o
seu parceiro sozinho. A conexão é muito íntima e fervorosa. No segundo nível,
as coisas ficam muito tensas. Os sentimentos da falta um do outro desaparecem,
ou eles vencem o desafio, ou acabam o relacionamento. Se conseguirem superar o
segundo nível, então chegarão ao terceiro que é semelhante ao inicial. O
primeiro amor é tudo o que cada coração deseja. Esta também é a vontade de
Deus, que sejamos capazes de manter o primeiro amor. No segundo nível da
relação conjugal é onde seremos capazes de perceber se podemos mantê-la ou
rompê-la. Para isso precisamos entender o que realmente é o amor neste
relacionamento.
É
sábio considerar que não temos respostas para todas as perguntas no tocante ao amor, e de como um casal possa superar o
nível secundário. Não existe receita pronta. O apóstolo Paulo afirmou: “sabemos
em parte e profetizamos em parte…” Nosso
conhecimento por maior que seja é limitado até a plenitude dos tempos. Mas
pretendo apresentar algumas orientações sucintas, que considero importantes
sobre o amor, a fim de que ele vença as adversidades da vida a dois:
O
amor deve ser um sentimento de ação e reciprocidade. Quando isso desaparece, a
competição domina o relacionamento, e esta separa o que deveria ser um. A reciprocidade é um instrumento que revela se
há cuidado e carinho na forma certa de que precisamos, para nos sentirmos bem. É
conseguir desenvolver esse bem de forma recíproca, fazendo o outro feliz, sem
nos preocupar com a quantidade, mas a qualidade. É natural que durante o tempo
a relação passa por momentos diferentes e cada cônjuge por necessidades
divergentes, pois todos possuímos os nossos pontos positivos e negativos.
Assim, às vezes, se torna necessário que um esteja mais presente, e em outra
oportunidade o outro, mas o importante é que o resultado seja sempre positivo e
equilibrado com sentimentos de gratidão, admiração e respeito. É por meio da
reciprocidade que completamos um ao outro.
Amar
é ser capaz de se comprometer e fazer as pazes em face das coisas que você mais
reprova em seu parceiro em favor da sustentabilidade e properidade do
relacionamento. É assim o amor de Deus por nós, Ele sobrescreve nossos erros,
por meio do sacrifício de Cristo na Cruz, para estar conosco. Comprometeu-se
dando a vida do Seu filho, para apagar aquilo que Ele abomina, o pecado, a fim
de nos alcançar.
O
amor deve expulsar do relacionamento todos os tipos de medo. Este é outro
criador de muitos problemas no casamento, especialmente o medo dos erros do
passado. O medo faz você se apegar ao passado em vez de olhar para futuro. Onde
há medo, não há amor. O amor acredita no presente e vislumbra o futuro. Não
podemos ser felizes num relacionamento conjugal, se vivemos com medo de perder nosso
parceiro ou de sermos traídos. Ele é o agente de tormento na relação, pois nos
tornam sujeitos à insegurança. E quando estamos inseguros e controlados pelo
medo, perdemos a conexão que nosso cônjuge tem por nós, e quando a perdemos
para restaurá-la será necessário muito trabalho.
Portanto,
é no nível secundário onde tudo fica claro. Este será o momento em que você
saberá se é amor genuíno ou apenas uma mera competição egoísta. Tenho observado
que muitos relacionamentos são motivados pela competição e não pela
reciprocidade/complementaridade. A parte infeliz disso é você ficar sem
descobrir o seu amor verdadeiro no primeiro nível de sua relação, para fazê-lo
no secundário, com desgastes e conflitos. Se o seu casamento está neste nível, incentivo-o
a buscar ajuda e colocar em prática os princípios que já mencionei sobre o amor
e muitos outros, a fim de que vocês cheguem o mais rápido possível ao terceiro
nível, ou seja viver o primeiro amor.
Rev.
Liberato Pereira dos Santos
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