Romanos 8: 28-30
Qual
é a grande expectativa de Deus para aqueles que Ele adotou como seus filhos?
(Jo 1:12) O apóstolo Paulo responde com clareza: “…Pois aqueles que de
antemão conheceu, também os predestinou, para serem conformes à imagem de seu
Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos.” (Rm 8:29)
Seu grande propósito é de que sejamos parecidos com Jesus Cristo em nossas
atitudes, mentes, emoções e ações.
Como
eram as atitudes de Cristo? Ele moveu-se com compaixão por todos, sem
discriminação. Todos aqueles que vinham a Ele durante seu ministério
encontravam sua atenção. Ele demonstrou misericórdia com os necessitados, nunca
rejeitou ninguém que O procurou. Respondeu a todos aqueles que gritaram por seu
nome em silêncio ou em voz audível. Os ouvidos de Jesus estavam muito atentos
para ouvir os gritos das viúvas, leprosos, endemoniados, paraliticos, cegos e
de todos que se achavam em aflições. Muitas vezes, Jesus mostrou-se comovido
com a fome dos seus seguidores, e lhes providenciou o alimento, dando-lhes pães
e peixes. Certa vez, Ele desejava descansar e relaxar com seus discipulos, mas,
de repente, a multidão O procurou. Enternecido ao ver as pessoas sedentas de
ouvir seus ensinos, sacrificou o descanso, a fim de lhes ministrar a palavra e
atender suas necessidades. O Mestre agitou-se de compaixão, revelando
misericórdia aos outros e fazendo o bem a todos.
Em
tempos tão difíceis que vivemos, deparamo-nos com tantas pessoas desesperadas e
angustiadas, qual tem sido a nossa atitude? Somos egoístas, pensando somente em
nós, ou nos compadecemos das pessoas? Ajudamos somente aqueles que nos agradam,
ou fazemos o bem a todos sem disciminação? Nossos ouvidos estão inclinados para
ouvir o grito daqueles que clamam por socorro?
Como
Jesus agia? Lucas escreve em Atos, de forma suscinta, sobre todas as ações
de Deus, como fazendo o bem. Cristo, enquanto estava na terra, andou de acordo com
as suas pregações e Escrituras. Foi encontrado no templo de Jerusalém,
interagindo com os sacerdotes, fariseus e os doutores da lei sobre as
Escrituras. Quando chegou a hora, foi ao Jordão para ser batizado por João
Batista. Seu maior objetivo era cumprir as Escrituras em todos os aspectos. O
evangelista Mateus, frequentemente, após descrever cada atos de Jesus,
afirmava: “Isso aconteceu para se cumprisse as Escrituras.” Ele gastava tempo
em oração, procurando entender os tempos da profecia e se esforçando para
cumpri-la em sua totalidade, exercendo os poderes espirituais com autoridade, e
finalmente sacrificando Sua própria vida pelo bem dos outros.
Num
mundo guiado pelo relativismo, segundo o qual cada um faz aquilo que acha que é
correto aos olhos e lhe satisfaça o coração, estamos imitando o Mestre em
buscar compreender as Escrituras, e pautar nossas ações pelos seus ensinos?
Jesus afirmou que veio para fazer a vontade do Pai, e a Sua vontade está
revelada nas Escrituras, portanto, se queremos imitá-Lo, devemos estudá-la e pautar
nossas ações e prática nos seus ensinamentos.
A
vida de oração de Jesus – Foi extraordinária! Ele bucava a Deus de
madrugada, e passava noite inteira em oração. Esteve durante quarenta dias e
noites em jejum e oração. Ele chorou alto em muitas ocasiões. Orou antes de
selecionar seus doze e os setentas discipulos. Clamava ao Pai antes de fazer
qualquer milagre: multiplicação dos pães e peixes, ressuscitar os mortos, curar
enfermos e expulsar os espíritos demoníacos. A oração era sua vida.
Por
que Jesus orava tanto? Será que Ele necessitava? Não tenho dúvida de que foi
para nos deixar o exemplo. Não podemos viver o verdadeiro cristianismo sem uma
vida intensa de oração, pois dependemos completamente do nosso Pai. Estamos
imitando o nosso Salvador neste estilo de vida?
A
mente de Cristo - Jesus estava muito consciente de seu alvo maior de
agradar a Deus Pai. Assim, Ele criteriosamente dirigiu-se nessa direção,
submetendo-se inteiramente à vontade de Seu Pai. Cristo afirmou, certa ocasião,
que Sua comida consistia em fazer a vontade de Deus. Satanás ofereceu-Lhe
muitas glórias, mas Jesus recusou-se a ouvir-lhe a voz, pois tudo nele estava
focado no desígnio para o qual o Pai o enviou.
Cristo foi um mestre
por excelência! Suas palavras têm poder
e tocam os corações. Ele ensinou lições muito práticas aos Seus discipulos. O
Reino de Deus foi compreendido por todos os Seus seguidores por meio de simples
símiles, metáforas e narrações. O uso de parábolas foi sua maneira preferida
para alcançar Seus seguidores. Pedro falando sobre seus ensinos afirmou: “A
quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de Vida eterna”. (Jo. 6:68).
Tendo em vista os
aspectos apresentados sobre o nosso Salvador Jesus Cristo, Deus espera que todos
provemos que Ele não está morto e saiu de cena, mas está presente todos os dias
e vive em nós. Somos réplicas de Seu Filho, e por nosso intermédio, o mundo
deve conhecer a Sua compaixão, o amor e o cuidado. Milhares de pessoas
acreditaram em Cristo não porque receberam um milagre de cura, mas porque O
viram em muitos dos seus seguidores. Assim vamos continuar comprometidos em
sermos conforme à imagem de Jesus Cristo, fazendo brilhar cada vez mais em nós Sua
luz diante dos homens.
Rev. Liberato Pereira
dos Santos
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