Lucas 15:1-10
Preocupo-me muito com a
postura de muitos cristãos, que odeiam os pecadores e desejam a sua morte mais
do que a salvação. Jesus em seu ministério terreno estava sempre procurando os perdidos.
Cada um deles era precioso aos seus olhos.
No texto de Lucas, Jesus
está a caminho de Jerusalém para sua crucificação, mas ainda havia muito a ser
ensinado. Os publicanos e pecadores se reúnem para ouvi-lO (v.1), enquanto os
fariseus e religiosos da época o criticavam e tentavam encontrar defeitos para
o condená-lo (v.2). Então, o Mestre conta-lhes duas preciosas parábolas: A
ovelha e a dracma perdidas. O Pastor e a mulher procuram cada um, até que o ente
perdido fosse encontrado. Na visão do Mestre, os perdidos são altamente valiosos.
Não há ninguém mais
persistente em buscar os perdidos do que o nosso Salvador Jesus Cristo. Em seu
ministério, Ele frequentemente reservava tempo para buscar aquele que precisava
ser achado. Considere a mulher samaritana junto ao poço, Ele mudou a sua rota, a
fim de encontrá-la. Os discípulos não entenderam e ficaram impacientes com o
esforço extra de Jesus para isso. Todavia é exatamente assim que Ele mostra sua
compaixão pelos perdidos. Jesus está sempre interessado neles, paciente por
causa de seu grande amor pelos pecadores. Ele deseja que cada um se arrependa e
nenhum se perca (II Pd 3:9).
Devemos alegrar-nos e agradecer-lhe
pelo salvador amoroso e paciente que é. Nascemos neste mundo como separados e
inimigos de Deus. Nossa natureza pecaminosa não deseja conhecer a Deus ou submeter-se
a Sua vontade. Nossas vidas são cheias de pensamentos, palavras e ações
pecaminosas. Frequentemente, afastamo-nos da presença do Senhor, assim como a
ovelha perdida, somos atraídos por nossos próprios desejos egoístas.
Concentramo-nos mais em nosso bem estar do que nas necessidades dos outros. Temos
a inclinação de até nos dedicar mais as coisas deste mundo, em vez de buscar em
primeiro lugar o reino de Deus. Como disse Isaías: “Todos nós, tal qual
ovelhas, nos desviamos, cada um de nós se voltou para o seu próprio caminho; e
o Senhor fez cair sobre ele a iniqüidade de todos nós.” (Is 53:6). Não
obstante, fomos alcançados pela sua graça.
Quando
se trata de se extraviar, a humanidade em geral faz essa escolha errada. Perdemo-nos
sempre que seguimos os caminhos e conselhos deste mundo pervertido. Se deixados
à mercê de nossas próprias escolhas e desejos, estaríamos perdidos para sempre.
Largo e espaçoso é o caminho que conduz à destruição, muitos andam nele.
Podemos regozijar-nos diariamente, porque o Senhor Jesus Cristo nos procura
sempre, e nos salva de nós mesmos, para a eternidade. Assim como fomos salvos
pela Sua graça, Jesus não cessa de procurar todos os pecadores, que estão em
trevas, sem acepção.
Nas
parábolas proferidas, Jesus revela o amor, compaixão e persistência do pastor e
da mulher, bem como a grande alegria de ambos, quando encontram aqueles que
estavam em grande perigo. No versículo seis, o pastor reúne seus amigos e vizinhos e diz: ‘Alegrem-se comigo,
pois encontrei minha ovelha perdida.” No versículo nove, a mulher tem a mesma
reação, quando a coisa é encontrada. É motivo de regozijo. Jesus estava
ensinando especialmente aos fariseus e religiosos, que se consideravam superiores
aos pecadores. Eles se sentiam a elite da raça humana e, por isso, não
necessitavam de se arrepender. Nenhum arrependimento significa nenhum perdão,
nenhuma alegria.
Lembre-se
de que Jesus está indo a Jerusalém para enfrentar a morte na cruz, mesmo assim,
Ele ainda reserva tempo para cuidar daqueles que estão perdidos. O exemplo de
Cristo nos lembra que nos cabe persistir na busca dos pecadores perdidos.
Podemos indagar: “Por que devemos persistir?” Quando parece que nossos esforços
caem em ouvidos surdos e corações endurecidos. A Palavra de Deus é mais
poderosa do que podemos imaginar. O amor de Deus pelos perdidos deve se tornar
o nosso amor por eles. Paulo consciente disso, afirmou: “Pois o amor de
Cristo nos constrange, porque estamos convencidos de que um morreu por todos;
logo, todos morreram.” (II Co 5:14 ). Cristo morreu por nós, e devemos ser
compelidos a compartilhar essa boa notícia ao mais vil pecador.
O
nosso Pai Celestial nos revelou seu grande amor por meio de seu Filho, nosso
Salvador Jesus Cristo. Andávamos seguindo o mundo e os desejos da nossa própria
carne, mas o nosso Salvador nos buscou e salvou por seu sacrifício único e
perfeito. Todo pecador que se arrepende encontra o perdão dos seus pecados, o
que produz grande alegria nos céus.
Assim, não podemos
odiar os pecadores e nos alegrarmos com sua morte, mas como Jesus Cristo,
sermos persistentes em alcançá-los com a pregação do evangelho, e anelar pelo arrependimento
deles. Nosso salvador continua procurando por todos os pecadores sem discriminação,
pois cada um de deles é precioso aos seus olhos, e faz isso por meio das nossas
vidas. O arrependimento produz júbilo celestial e deve causar grande alegria em
nossos corações.
Rev. Liberato Pereira
dos Santos.
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