domingo, 11 de julho de 2021

OS PECADORES E AS CONSEQUÊNCIAS DOS SEUS PECADOS 11.07.2021

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Lamentações 1:1-7

            Se por um lado as Escrituras Sagradas nos ensinam a amar os pecadores, elas também nos mandam adverti-los sobre as consequências de seus pecados.

            No livro de Lamentações, o profeta Jeremias descreveu claramente as terríveis consequências causadas pelo pecado. A constante desobediência, rebelião, idolatria e apostasia de Jerusalém a tornaram cativa e escrava. No v.8, por causa da grandeza de seus pecados, ela experimentou o julgamento feroz, o justo castigo do Senhor. Isso nos revela que se vivemos em pecado e permitimos que ele, nosso maior adversário, tenha domínio sobre nós, experimentaremos os seus terríveis efeitos, pois a justa ira do Senhor encherá a terra de tristeza, lamentações, doenças e morte pelas transgressões do homem

            O pecado traz miséria e pesar – Vs 2,7 – “Jerusalém chorou muito durante a noite.” O pecado é um inimigo muito sutil, que dá prazer ilusório, por um período, mas depois disso o pecador terá dores e misérias duradouras. Ele é um ladrão que rouba a nossa verdadeira alegria e felicidade. Antes de sua queda, Jerusalém viveu uma vida abençoada e feliz, mas os pecados transformaram sua vida em desgraça e lamentações (Lm 5:15). O rei Davi, após sua queda, experimentou e viu o pecado roubar-lhe a alegria, no Salmo 51:12, ele orou: “restaura-me a alegria…”

            O pecado traz desonra e vergonha – V.1,8 – “Jerusalém aquela que era grande entre as nações…” Em seus primórdios humilde, Jerusalém era uma cidade grande e gloriosa, escolhida e favorecida por Deus, honrada por todos os homens. Com o passar dos anos, seus habitantes abandonaram o Senhor e seguiram a deuses estranhos, entregaram-se às suas próprias paixões, assim os seus grandes pecados transformaram sua honra em vergonha (v.8). Todos os que antes a honraram a desprezaram, porque viram sua nudez. O livro de Provérbios nos dá inúmeros exemplos concretos de que o pecado traz desonra, veja por exemplo Provérbio 6:32-33

            O pecado traz obstáculos e maldições – Lm 3:8,44 – O Senhor, por intermédio de Moisés, proclamou Suas bênçãos condicionais e maldição sobre a nação de Israel em Deuteronômio 11:26-28. O estado miserável de Jerusalém no tempo do profeta Jeremias era resultado de sua constante desobediência aos mandamentos do Senhor. O pecado não traz apenas maldições, mas também obstáculos:a - Impede nossas orações, “Mesmo quando chamo ou grito por socorro, ele rejeita a minha oração.” (Lm 3:8). “Tu te escondeste atrás de uma nuvem para que nenhuma oração chegasse a ti.”(Lm 3:44). O salmista afirmou: “Se eu acalentasse o pecado no coração, o Senhor não me ouviria.” (Sl 66:18). E o profeta Isaías nos lembra: “Vejam! O braço do Senhor não está tão curto que não possa salvar, e o seu ouvido tão surdo que não possa ouvir. 2Mas as suas maldades separaram vocês do seu Deus; os seus pecados esconderam de vocês o rosto dele, e por isso ele não os ouvirá.” (Is 59:1-2). b – Impede as bênçãos, conf. Lm 1:6; 2:12; Jr 3:2-3. c – Impede a comunhão, veja Lm 2:5-9; I Jo 1:6-7). d - Impede o ministério, “…um pouco de fermento leveda toda a massa?” (I Co 5:6) O apóstolo Paulo estava dizendo que, quando vive em pecado, um cristão afeta a igreja, a sociedade e atrapalha o ministério.

            O pecado traz destruição e morte – Lm 1:15; 2:21 – Essas são as horríveis implicações finais do pecado: destruição e morte. Por causa da iniquidade e rebelião de Jerusalém, Deus não os poupou, mas fez que bebessem de sua ira, veja Lm 2:20-21. Oh, quão funesto resultado quando o pecador continua na prática do pecado! Ele não só terá que responder diante dos tribunais constituídos pelos homens, recebendo a punição dos seus atos, conforme as leis, mas sobretudo responderá diante do justo juiz, o nosso Deus. Tiago nos mostra claramente esse caminho: “Cada um, porém, é tentado pela própria cobiça, sendo por esta arrastado e seduzido. Então a cobiça, tendo engravidado, dá à luz o pecado; e o pecado, após ter-se consumado, gera a morte.” (Tg 1:14-15). E o apóstolo Paulo nos adverte: “Não se deixem enganar: de Deus não se zomba. Pois o que o homem semear, isso também colherá.” (Gl 6:7).  

            Jerusalém teve tempo suficiente para se arrepender de sua iniquidade, porém rejeitou as advertências, por isso experimentou o julgamento de Deus. Mas se houver arrependimento genuíno, haverá restauração, podemos ter a certeza da misericórdia e perdão de Deus. “Graças ao grande amor do Senhor é que não somos consumidos, pois as suas misericórdias são inesgotáveis.” (Lm 3:22). Ainda que tenhamos que responder pelas consequências dos nossos atos aqui na terra, teremos a certeza de que o Senhor nos receberá em sua glória. Foi o que ocorreu com um dos ladrões cruscificado ao lado do Senhor Jesus. Ele reconheceu o seu pecado, arrependeu-se, clamou, e Cristo o salvou, não o livrou da pena de morte na cruz, que era consequência dos seus atos desordeiros, mas lhe disse: "Eu lhe garanto: Hoje você estará comigo no paraíso".

            Diante disso, não só devemos amar os pecadores como também avisá-los das horrorosas consequências dos seus pecados. E sobretudo, cuidarmos para não vivermos no pecado, e lutar diariamente contra ele, não lhe permitindo dominar as nossas vidas. (Rm 6:12-14). Que o Senhor nos ajude nessa tarefa.

            Rev. Liberato Pereira dos Santos



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