Atos 11: 22-30
Quando ouvimos falar em
missões, pensamos logo em sair para terras longínquas, porém missão nada mais é
do que ajudar uns aos outros a ter uma vida saudável e abençoada. A missão é
apresentar Cristo como salvador a alguém, ajudando-o a superar crises econônicas
e outras necessidades físicas e espirituais, e ver essa pessoa viver com dignidade.
Nossa missão é aqui e acolá. Ajudar os necessitados é missão, ao longo das
gerações, as igrejas enfrentam esse tipo de desafio. O texto supracitado mostra-nos
como os primeiros cristãos cumpriram sua missão:
Permanecendo fiéis ao
Senhor – v. 22,23
- Barnabé era um homem bom, cheio do Espírito Santo e de fé. Trouxe muitas
pessoas ao Senhor. Ele era simpático (At 4:36-37), mente aberta e inclusiva (At
9:26-27), dotado de espírito de consolação (At 11:23), digno de confiança (At
11:29-30), admirado (At 14:12), preparado para o trabalho missionário (At
13:2), aprendeu e exerceu o ministério autossustentável (I Co 9:6), assim foi
grandemente usado como um intrumento pelas igrejas de Antioquia e Jerusalém.
No versículo 23,
observamos a evidência da graça de Deus na vida daqueles irmãos. No período de
perseguição daqueles dias, a fé dos primeiros cristãos foi ridicularizada. Eles
foram espancados, odiados e ameaçados pelas autoridades. As pessoas viviam com
medo do poder de seus governantes. Alguns até negaram a fé e abandonaram a
verdade. Mas Barnabé viu a graça de Deus, observou qualidade invisível nas
pessoas vísiveis. Não podemos ver a brisa, a gravidade, mas podemos compreendê-las
e senti-las. Onde está a graça de Deus: as virtudes substituem o vício; a
santidade à maldade; o mentiroso torna-se verdadeiro; o cruel transforma-se em
misericordioso; os egoistas em altruístas; o blasfemador torna-se reverente. A
graça de Deus transforma o leão da violência e do vício no cordeiro da
inocência e da retidão.
A
despeito das perseguições, Barnabé ensinou-os a permanecerem fiéis de todo o
coração. Instruiu-os em continuarem em união e comunhão com Cristo, serem fiéis
em guardar a verdade e obedientes na prática. O brilho do primeiro entusiamo e
do primeiro amor devem ser reavivados e animados a permanecerem firmes. A
persistência na piedade no mundo pagão é um grande desafio. Como bem afirmou
James Nishbet: “Não provamos um Cristo abstrato e impessoal, mas um Cristo
real, vivo, pessoal e subjetivo.” Ele mudou a nossa vida substancialmente.
Honrando
o nome de Cristo – Vv 25-26 – Em Antioquia, os discipulos foram chamados
pela primeira vez de “Cristãos”. Era o costume do mundo grego designar o nome
do mestre aos seus seguidores. Mas esse nome “Cristão” foi dado em honra e
respeito por causa da confissão verdadeira de Cristo e da consistência da comunhão
dos primeiros seguidores. É um nome honrado, o mais belo que pode ser conferido
a um mortal. Pedro diz: “Contudo, se sofre como cristão, não se envergonhe,
mas glorifique a Deus por meio desse nome.” (I Pe 4:16).
Eles
foram chamados de “Cristãos” por causa de seus comportamentos e ações idênticos
ao do seu Mestre. Em seus procedimentos refletiam Cristo. Os ensinamentos que
ouviram dEle seguiam fielmente. Fazemos missões quando honramos o nome de
Cristo, pois as pessoas verão que Ele vive em nós e O reconhecerão como autor
da salvação e fonte de alegria e vida.
Ajudando
de acordo com a capacidade – Vv 29-30 – Algumas razões, rapidamente,
tornaram os cristãos pobres: sua generosidade, a perseguição e a crise
econômica. O historiador judeu Flávio Josefo nos diz que muitos judeus morreram
de fome, e Jerusalem estava em crise econômica. Os discipulos decidiram que
apoiariam o ministério de acordo com sua capacidade, força e riqueza. Eles
foram ensinados a dar proporcionalmente. De acordo com a possibilidade
significa com a prosperidade, posição, profissão e o padrão espiritual e
maturidade. Cada cristão, segundo sua capacidade, significa se rico ou pobre,
senhor ou servo, tendo ou não, todos devem contribuir com a substância de que
possuem.
Ajudando
os pobres durante a fome para ajudar os cristãos. Atender às necessidades
temporais são repetidamente reforçadas no Novo testamento (Rm 15:25-27;I Co
16:1-2; II Co 9:1-2; Gl 2:10). A beleza dessa passagem é que os cristãos
gentios estendiam sua ajuda financeira aos cristãos judeus. Eles receberam a
salvação por meio da pregação deles, e agora estão ajudando a igreja mãe.
Quando recebemos as bênçãos espirituais, também devemos compartilhar as bênçãos
temporais uns com os outros (Rm 15:26-27) Ajudar as pessoas necessitadas é a
resposta ao Evangelho que recebemos e cremos. Dar é a medida de nosso amor a
Cristo e devoção ao nosso Deus, a manifestação da verdadeira experiência de
conversão. Uma recepção experimental do evangelho produz uma disposição
benevolente. A medida adequada de contribuição e esforços é a habilidade que
Deus dá a cada um dos seus filhos.
Assim,
entregamo-nos à obra missionária, aqui e acolá, quando somos fiéis ao Senhor em
toda e qualquer circunstância, honrando o nome do nosso salvador, vivendo como
Ele viveu, e ajudando os outros em suas necessidades, conforme aquilo que temos
recebidos da graça do nosso Deus. Todo cristão é um missionário, pois o nosso
Mestre nos diz: “Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações,
batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, 20ensinando-os a
obedecer a tudo o que eu lhes ordenei. E eu estarei sempre com vocês, até o fim
dos tempos”. (Mt 28:18-20)
Rev.
Liberato Pereira dos Santos
Igreja Presbiteriana do Brasil
ResponderExcluirIgreja Presbiteriana de Vila Monte Alegre São Paulo SP, Rua Azevedo Ribeiro 77 próximo ao Metrô São Judas.✝️🛐💟
Que o Senhor continue abençoando o Seu rebanho que se reúne nessa comunidade.
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