sexta-feira, 3 de setembro de 2021

A INDEPENDÊNCIA, UMA NECESSIDADE 05.09.2021

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Gálatas 5: 13-18

Nesta semana, celebramos o Dia da Independência. Algumas pessoas irão para as ruas e praças em manifestações, outras aproveitarão o feriado para visitar parentes, ou ficarão em casa descansando. Comemoramos essa data por causa do que ocorreu em 1822. Ações de pessoas que só conhecemos por meio dos livros, que viveram numa época sem os recursos que temos hoje, mas se dispuseram a lutar por um ideal, a liberdade. Do que mesmo eles desejavam tornar-se independentes? Ao ler o documento redigido por D. Pedro I, encontraremos acerca da opressão, remoção de direitos, injustiça e outros abusos.

            Podemos fazer uma comparação da independência política do Brasil com a vida cristã. O texto supracitado nos fala sobre a lei mosaica. A lei é descrita como algo que ajuda a identificar o pecado e como viver uma vida que glorifica a Deus. No entanto líderes religiosos, usaram a mesma Lei como ferramenta de controle e tirania. Eles a empregavam para obter poder, posição e separação. Paulo declara liberdade da lei, afirmando às igrejas da Galácia que somos chamados por Deus, por meio de Jesus Cristo, para sermos livres. Os cristãos, nos dias de Paulo, sofriam perseguições e afrontas, que aumentavam à medida que professavam sua fé. Era difícil celebrar a liberdade que o Apóstolo os incentivava, eles tinham muitas perguntas e obstáculos pela frente. As Escrituras nos permitem entender que um deles era abandonar o judaísmo para abraçar o cristianismo, onde a exigência era viver sob a lei como uma preocupação básica. A indagação de que a Lei estava sendo cogitada como um meio para liberar o pecado. Eles tinham o problema do pecado para lidar, como nós temos ainda hoje.

            A visão panorâmica é boa! Hoje, podemos olhar para a história do Brasil e descobrir que o investimento feito por pessoas há tanto tempo valeu a pena. É ótimo ser livre! É fantástico poder fazer e falar o que queremos. Todavia ainda existem muitos problemas em nossa nação como: abuso de autoridade, intolerância, discriminação, violência, corrupção, fome e outras mazelas. A liberdade da nação vem pela cooperação e união de pessoas para proteger os seus direitos, a um custo compartilhado por todos os cidadãos. Essa liberdade não pode ser obtida somente por uma ou duas pessoas, mas por todos lutando em seu favor.

            A liberdade que recebemos tem limites que nos impedem de expressá-la às custas de outrem. Vamos olhar para isso numa perspectiva cristã. Em nosso texto, Paulo diz às igrejas da Galácia que deveriam ser livres. Libertos da escravidão do pecado. Livres da obrigação de guarda a lei, algo que era impossível fazer. Entretanto o Apóstolo explica que nessa liberdade ainda existem regras e limites.

Em primeiro lugar, ele declara: “Mas não usem a liberdade para dar ocasião à vontade da carne; pelo contrário, sirvam uns aos outros mediante o amor.” Assim, não podemos utilizá-la para nos tornarmos pessoas imorais, evitar nossas obrigações com a igreja (Corpo de Cristo), viver na ociosidade, ter licença para pecar e viver de maneira egoísta.  Paulo acrescenta: “Devemos servir uns aos outros no amor.” Parece uma versão menor de liberdade, meio restritiva, mas não é.

Em segundo, Paulo apresenta outra regra: “Toda a lei se resume num só mandamento: "Ame o seu próximo como a si mesmo". Ele nos afirma que essa regra substitui toda a lei. Caso seguida, coloca nossas vidas alinhadas na mesma direção, libertando-nos de todas as pequenas formas e restrições mesquinhas da lei. De acordo com Paulo, todas as pessoas são importantes! Por meio da liberdade, vêm as obrigações com nossa família, comunidade, vizinhos e com os indivíduos que encontramos ao longo da nossa jornada. Até mesmos aquelas pessoas que não nos valorizam, ainda assim, devemos considerá-las importantes e amá-las por causa de nossa liberdade. Paulo está escrevendo às pessoas que estão no meio de uma batalha pela salvação. Elas não tinham as vantagens que temos, lutavam para chegar ao caminho da retidão, mas não tinham certeza de quais seriam os passos adequados. Algumas de suas dúvidas são levantadas dentro da própria igreja em conversas acaloradas, e por isso, Paulo procura ajudá-los.

            Nossos antepassados reconheceram que suas vidas estavam escravizadas por um rei. Nenhum direito ou autonomia, e cada vez mais, perdiam o controle sobre suas próprias vidas, isso os levaram a declarar sua liberdade da toda poderosa Coroa Portuguesa. Eles declararam a independência, simplesmente cortaram a corrente de servidão a um reino injusto. Mudaram de direção, escolhendo o caminho mais difícil, de luta e dor que termina em liberdade, como poucos jamais conheceram.

            Paulo vai dizer aos seus leitores que, para nós cristãos, esse caminho é dirigido pelo espírito. A batalha é contra o nosso cativeiro à natureza pecaminosa, e a luta por seguir a orientação oferecida pelo Espírito Santo. Ele explica que a batalha é pessoal, diferente da luta pela independência da nação. A escolha é ser limitado e controlado por uma natureza pecaminosa ou seguir o Espírito em direção à liberdade final.

            A luta pela independência continua. Em nossa nação, a batalha pela liberdade religiosa e outros direitos persistem, não nos podemos furtar desse combate. Assim, também a peleja pela liberdade espiritual prossegue. Todos nós lutamos contra o pecado, e por aquilo que glorifica o nosso Deus.  Se não amarmos o próximo como a nós mesmos, provavelmente não venceremos muitos conflitos, quanto poderíamos. Deus nos oferece a ajuda de que precisamos, nem sempre será tão fácil, mas é preciso que nos esforcemos para ouvir o Seu Espírito e prosseguirmos numa vida de plena liberdade.

            Rev. Liberato Pereira dos Santos


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