1 Timóteo 2: 5-6
Vivemos num mundo de múltipla escolha, como um buffet. Não apenas nas questões materiais, mas também nas espirituais. Como entendemos Deus, o que significa ter um relacionamento com Ele? Cada vez mais notamos que as pessoas escolhem a opção “e”: “Todas as respostas estão corretas”. À maioria das pessoas, não importa qual seja a escolha, porque uma é tão boa quanto outra. Não há verdade absoluta.
Na carta ao jovem Timóteo, Paulo nos ensina que nem todas as opções não estão corretas. Revela-nos que existe apenas um Deus e um caminho que nos conduz a Ele (Vv 5-6). Hoje, as pessoas cogitam que todos os caminhos levam a Deus, mas, se voltarmos a 505 anos atrás, havia um problema diferente, a religião. Ela dizia que o sacrifício de Jesus Cristo não seria bastante para a salvação, então começou adicionar regras e obstáculos a serem superados, e quando se conseguia satisfazê-los, outros requisitos eram acrescentados. A religião simplesmente continuava sobrepondo coisas à mensagem simples do evangelho, levando as pessoas a indicar a alternativa “e”. Se você quiser chegar a Deus, há várias obrigações que precisa fazer.
Nesse cenário, Martinho Lutero escreveu suas teses contrárias à igreja, e se você juntar todas elas, observará que são basicamente equivalentes: Somente a Escrituras (a autoridade final), Somente a Graça (não por obras), Somente pela fé ( crer no sacrifício vicário de Cristo), Somente Jesus Cristo (não há multiplas escolhas) e a glória somente a Deus. Lutero confrontou a religião com as Escrituras e chegou à conclusão de que uma estava muito distante da outra. Ele afixou sua conclusão, denominada 95 teses, na porta da catedral de Wittenberg, o que, na época, viralizou, como se diz hoje. Começou a espalhar por toda a Europa. Naturalmente, sua vida mudou radicalmente. Tornou-se conhecido, chamado para debates públicos, criticado, e, enquanto a turbulência continuava, foi excomungado da igreja.
Então, aonde vamos para obter a graça de Deus? Lutero responde facilmente: Só Cristo. A cruz sozinha. Não é de múltipla escolha, não é tudo acima. A resposta está na mensagem simples de que somos salvos somente pela graça, somente pela fé em Jesus Cristo.
Certamente Lutero leu a carta de Paulo a Timóteo e refletiu muito no ensino do Apóstolo, que mostra claramente que Cristo é o único salvador. Só existe um mediador. Esta palavra não é usada em nenhum outro lugar no Novo Testamento. Ela nos traz à mente a ideia de alguém que une duas partes antagônicas. Por exemplo: Se você tiver problemas jurídicos, para quem ligará? Não será para médico, claro que vai chamar um advogado. Evidentemente, você poderia representar a si mesmo legalmente, mas esse, geralmente, não é o bom caminho. Necessitará de alguém que esteja entre você e a outra parte. Estamos desde o nascimento em litígio e rebeldia com Deus. Cristo é o nosso mediador.
No Antigo Testamento encontramos no livro de Jó, capítulo nove, seus questionamentos e ponderações sobre Deus: “Não consigo encontrar Deus… Deus não é como eu…” No versículos 33 a 35 , ele vai afirmar: “Se tão-somente houvesse alguém para servir de árbitro entre nós, para impor as mãos sobre nós dois, alguém que afastasse de mim a vara de Deus, para que o seu terror não mais me assustasse! Então eu falaria sem medo; mas não é esse o caso.” As Escrituras nos revelam que existe somente um que pode nos unir a Deus. Ele é o Deus que se tornou homem, o único que pode levar os homens a Deus, e o único que trouxe Deus aos homens, Jesus Cristo. Somente no cristianismo encontramos essa afirmação. Não é feita em nenhuma outra religião. Buda não afirmou isso, Maomé, nem nenhum outro fundador de religião. C.S. Lewis disse que algo assim está fora de questão. A única pessoa que pode dizer isso é Deus, ou eles seriam totalmente lunáticos.
Diante de Jesus não existe meio-termo. Ele não pode ser considerado apenas um bom mestre, que deixou ensinos marvilhosos, ou um caminho a mais que nos conduz a Deus. Ele mesmo afirmou: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim… Quem me vê, vê o Pai… O que vocês pedirem em meu nome, eu farei…" (Jo 14). Não existem outro caminho ou pessoas intercessoras entre nós e Deus. Por isso podemos orar no nome de Jesus Cristo e por meio dele. A religião nos dias de Lutero tinha pessoas orando para todos os tipos de nomes: Maria, Pedro, Paulo, João, Antônio, ao invés de Jesus Cristo, fato que ainda persiste.
Levando em consideração as palavras do Apóstolo Paulo, necessitamos resgatar essa verdade absoluta de que somente Jesus Cristo nos pode salvar: “Não há salvação em nenhum outro, pois, debaixo do céu não há nenhum outro nome dado aos homens pelo qual devamos ser salvos". At 4:12. Ainda hoje, por meio do legalismo e outros ensinos falsos, a igreja continua adicionando regras e ideias puramente humanas. Os pastores se tornaram super-heróis e estrelas, que atraem as multidões com um evangelho centrado no humanismo. E a igreja muitas vezes está muito longe daquilo que Deus planejou para ela. É Cristo, e somente Cristo! Somos chamados para servi-Lo, Ele é o Senhor, Aquele que se deu como resgate por todos. Enfim, Jesus é tudo de que precisamos.
Rev. Liberato Pereira dos Santos
Boa Palavra reverendo José Liberato "Solus Chistus". Deus continue lhe dando sabedoria, clareza e graça na fiel ministração do ensino Cristocêntrico.
ResponderExcluirAmém. Obrigado. Deus te abençoe sempre 🙏
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