sexta-feira, 14 de janeiro de 2022

POR QUE ISSO ACONTECEU? 16.01.2022

+ No comment yet


Uma compreensão insuficiente de Deus pode mudar radicalmente nossa teologia e prática. Aquilo que acreditamos sobre Ele também é importante, porque somos culpados de idolatria, quando assumimos que Deus é diferente do que realmente Ele é. Torna-se um erro reduzir a idolatria à prática de ajoelhar-se diante de imagem de escultura. Ela, em sua essência, é o entretenimento de pensamentos sobre Deus indignos d’Ele.

            Uma visão errada de Deus não é apenas um pecado de culturas primitivas, é algo contra o que cada pessoa, até mesmo cristãos, em todas as épocas, luta. Nossa tentação é pensar em Deus em termos humanos. Imaginamos que Ele é muito parecido conosco, só que maior. Usamos frases como: “O Deus em que acredito não faria isso.” O Senhor teve que corrigir essa ideia errônea do salmista, quando disse: "… Você pensa que eu sou como você?" (Sl 50:21). O que está implícito aqui, é claro, não somos como Deus, e somos culpados de idolatria, quando imaginamos que Ele é como nós.

            Tornou-se popular em nossos dias dizer: “Deus é o que você acredita que Ele seja.” Mas isso é absolutamente tolo e irracional. Asseguro-lhe que Deus é o que Ele realmente é, independentemente do que acreditamos sobre Ele. Nossas crenças não O mudam. 

            Por isso, a Bíblia é tão necessária como nosso fundamento para crer em Deus. Ela reprova as falsas ideias que temos a respeito d’Ele. Nosso desafio é adorar o Deus da Bíblia em vez do deus de nossa própria criação.

            Tendo as Escrituras como nosso fundamento, saberemos primeiro que não podemos conhecer a Deus totalmente. Como criaturas finitas, devemos confessar nossa incapacidade de conhecê-Lo exaustivamente. Paulo confessa isso: “Quão insondáveis são os seus juízos, e inescrutáveis os seus caminhos! "Quem conheceu a mente do Senhor? Ou quem foi seu conselheiro?” (Rm 11:33-36). No entanto, se Deus não pode ser conhecido completamente pelos seres humanos, Ele pode ser conhecido suficientemente. A Bíblia nos dá as informações necessárias sobre Ele, Sua natureza e como podemos entrar num relacionamento com Ele.

            Em nossos dias, questiona-se não apenas a crença em Deus, mas as próprias ações d’Ele. Nossa geração, talvez mais do que qualquer outra, coloca-O em julgamento. Quando ocorrem tragédias como a de Capitólio-MG e enchentes em várias partes do país, o seguinte questionamento é feito: “Como Deus pode permitir que isso aconteça?” É claro que essa pergunta implica necessariamente que, se fôssemos deus, faríamos as coisas de maneira melhor. Você consegue ver a profundidade da tolice nessa indagação? Como pode uma pessoa finita, saber melhor do que o Deus, onipresente, onisciente, onipotente, amoroso e justo? A resposta do apóstolo Paulo àqueles que questionam a justiça de Deus é clara: “Mas quem é você, ó homem, para questionar a Deus?” (Rm 9:20)

            Infelizmente, até mesmo cristãos têm perdido a reverência a Deus. Em vez de se curvarem humildemente a Sua santidade, questionam cada ação d’Ele. Existem muitas explicações para essa atitude, mas um exemplo delas é a maneira como a sociedade compreende o “bem”, à semelhança de Platão. O que fazemos é compartimentar “bondade”, segundo nossos conceitos, e esperamos que Deus se ajuste a esse padrão. Pensamos como Platão, discernimos e decidimos o que é “bom” e esperamos que o Deus justo se conforme a essa conclusão. Mas não é assim que Ele trabalha.

            Deus estabelece o padrão de “bom”, não nós. Ele é infinito, nós somos finitos. Ele é Santo, nós somos pecadores. Portanto tudo que Deus faz é bom. A ordem correta e importante: Deus não é bom pelo que Ele faz, e sim, pelo que Ele é. Parece soar muito filosófico, mas é imperativo que entendamos adequadamente a natureza de Deus. É urgente que a igreja recupere o significado da santidade de Deus. Se pudéssemos ter um vislumbre desse seu atributo, isso transformaria sobremaneira nossa forma de vê-lO.

            Trago a sua memória o profeta Isaias, ao ter uma visão do Senhor assentado em Seu trono, e ouviu os anjos cantando: “Santo, Santo, Santo é o Senhor dos Exércitos” (Is 6:1-8). Qual foi a sua reação? “Ai de mim! Estou perdido! Pois sou um homem de lábios impuros e vivo no meio de um povo de lábios impuros; e os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos!" Isaías teve uma pequena revelação da santidade de Deus e ficou impressionado. Pouco tempo depois, o Senhor pediu um profeta para Israel, e sua resposta foi: “Eis-me aqui. Envia-me!". Quando contemplou a santidade de Deus sua vida mudou completamente. Hoje podemos ter uma tênue amostra da vontade de Deus por meio da Sua santa e bendita Palavra – a Bíblia, ao meditá-la certamente teremos nossas vidas transformadas.

            Sendo assim, é hora de todos nós pararmos de conceber o Deus todo poderoso como um mero deus com o qual nos sentimos confortáveis. Adorar o Deus de que Bíblia fala pode ser assustador, mas a boa notícia é que Aquele que nos deveria assustar diz: “Não tema, pois estou com você; não tenha medo, pois sou o seu Deus. Eu o fortalecerei e o ajudarei; eu o segurarei com a minha mão direita vitoriosa.” (Is 41:10) E fará com que todas as coisas cooperem para o bem daqueles que O amam e foram chamados segundo o Seu propósito. (Rm 8:28).

            Rev. Liberato Pereira dos Santos


Disponibilizamos  o boletim informativo da IPBN, a fim de que você fique por dentro daquilo que Deus está fazendo em/através da nossa comunidade. Boa leitura. Click no link abaixo e faça o download: https://mega.nz/file/FBoTWACY#QQfECPqyk3ulQF7DBUoSNzGe1GdU2aDiJyTcZ0aqBQ4

Postar um comentário