Olhemos para algumas passagens da Bíblia, as quais nos falam acerca da segunda vinda de Jesus, a consumação dos tempos, a fim de considerarmos as implicações sobre o modo de como devemos viver.
A primeira coisa que precisamos
saber é Jesus, quando voltar, apresentar-se em pessoa. Uma das palavras gregas
que descreve este ato é “parousia”, cujo significado é presença física real. Ou
seja, Jesus aparecerá no fim dos tempos como um ser físico real, embora presente
com toda a sua glória de Filho de Deus. (Conf. Mt 24:27; I Co 15; I Jo 2:28).
Assim, quando Cristo voltar não haverá engano ou mal-entendido.
Outra expressão é a
“epiphanéia”, que ser refere aos eventos reais que cercam o aparecimento de
Cristo. Não será um acontecimento silencioso e discreto, mas, como Paulo
descreve a Tito, “a gloriosa aparição de nosso grande Deus e Salvador, Jesus
Cristo.” (Conf. II Ts 4). Portanto, a volta de Cristo será uma intervenção
decisiva e incisiva na história. Visivelmente esplêndida e gloriosa, o que destruirá
o sistema mundial como o conhecemos hoje, substituindo-o pelo Seu reino de
Justiça.
Encontramos também o
termo “apocalypsis”, que literalmente significa “revelar” ou “trazer à luz”. A
segunda vinda de Cristo será uma revelação maravilhosa da verdade. Para os
incrédulos será um evento verdadeiramente desastroso, porque nele todos os
pecados do mundo serão revelados e trazidos à luz. (Veja II Ts 1:7-8) Portanto necessitamos
entender que a volta de Cristo traz consigo a promessa de que a realidade autêntica
de todas as coisas será revelada. Na primeira carta de Paulo aos coríntios, citando
o profeta Isaías, ele afirmou: "Olho nenhum viu, ouvido nenhum ouviu,
mente nenhuma imaginou o que Deus preparou para aqueles que o amam.” (I Co 2:9)
Mas no “apocalipse” da segunda vinda de Cristo todas essas verdades ocultas
serão reveladas, e a glória que aguarda cada crente será trazida à luz. Mas
isso levanta uma questão inevitável, você está pronto?
Paulo escrevendo ao
jovem Tito, disse: “Porque a graça de Deus se manifestou salvadora a todos
os homens. Ela nos ensina a renunciar à impiedade e às paixões mundanas e a
viver de maneira sensata, justa e piedosa nesta era presente, enquanto
aguardamos a bendita esperança: a gloriosa manifestação de nosso grande Deus e
Salvador, Jesus Cristo. Ele se entregou por nós a fim de nos remir de toda a
maldade e purificar para si mesmo um povo particularmente seu, dedicado à
prática de boas obras.” (Tt 2:11-14). Dessa passagem podemos extrair
três lições em nossa preparação para o retorno de Cristo.
Devemos viver vidas
piedosas.
Simplificando, necessitamos fazer as coisas que agradam a Deus e abster-nos
daquelas que sabemos que Lhe desagradam. Tenho consciência de que é muito mais
fácil falar do que alcançar uma vida assim. Mas é como a maioria dos objetivos
que estabelecemos na vida, se é algo que realmente vale a pena perseguir, como
uma carreira profissional, um casamento, uma casa própria, objetivos de que
geralmente corremos atrás dispostos a alcançá-los, custe o que custar. Efetivamente,
deve haver muito mais persistência em preparar-se para o retorno de nosso
Senhor e Salvador Jesus Cristo.
Paulo nos fala, no
referido texto, que a graça de Deus nos ensina o lado negativo e positivo da
vida cristã. O que precisamos evitar: a impiedade, qualquer coisa que não
glorifique a Deus (I Co 10:31), e os desejos mundanos (Tg 4:4; Jo 2:15) E aquilo
que devemos fazer: viver com sobriedade (refere-se ao nosso caráter – Cl
3:5-10; II Co 5:17), justiça (refere-se ao nosso próximo – Rm 12:17-21) e
piedosamente (refere-se a nossa relação com Deus – Cl 3:15-17). Aprontando-nos
para o retorno de Cristo.
Devemos viver com
expectativa.
Não podemos cair no erro de pensar que, em face de tal advento de Cristo ainda
não ter ocorrido – a demora implica que Ele não virá. Na parábola das dez
virgens, Jesus declara aos discípulos que o noivo estava tão atrasado que todas
as virgens ficaram sonolentas e adormeceram. Mas a diferença consistiu no fato
de que as cinco virgens sábias estavam tão convictas da chegada do noivo, que não
se descuidaram do preparo de suas lâmpadas, enquanto as néscias negligenciaram
e não levaram a sério o evento. Você está vivendo com expectativa firme, pronto
a fim de acolher o Cristo ressuscitado e glorioso em sua casa, seu local de
trabalho, seu círculo de amigos a qualquer momento?
Devemos
viver com propósito – A última frase do texto em estudo: “dedicado à
prática de boas obras.” Claro que isso é um assunto vasto, porém Cristo
resume claramente para nós qual é o nosso propósito: “Em verdade vos digo
que tudo o que fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes” (Mt
25:40). O cristianismo não é uma filosofia passiva, é um compromisso ativo
de continuar a obra de Jesus e testemunhar aos outros a verdade de Seu
evangelho, servindo e amando ao nosso próximo, como a nós mesmos. Vivendo
assim, glorificamos a Deus que é o nosso propósito inicial e estaremos prontos então
para receber o nosso glorioso salvador.
Levando
em consideração os ensinos das Sagradas Escrituras, procuremos viver cada
minuto da nossa vida como se Jesus for retornar hoje. Mantendo uma vida de
santidade, glorificando a Deus por meio das nossas obras, e cantando:
“Maranata, vem Senhor Jesus!”.
Rev.
Liberato Pereira dos Santos
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