João 1:29-42
O turista visitou um templo, na Alemanha, e ficou surpreso ao contemplar a figura de um cordeiro esculpido perto do topo da torre. Ele perguntou por que estava lá, e foi informado que, durante a construção do edifício, um operário caiu de um andaime lá de cima. Os colegas de trabalho correram para baixo, esperando encontrá-lo morto. Mas, para surpresa e alegria, ele estava vivo e apenas levemente ferido. Como ele sobreviveu? Um rebanho de ovelhas estava passando embaixo da torre naquele momento, e ele caiu em cima de um cordeiro. O animalzinho amorteceu a queda e foi esmagado até a morte, mas o homem foi salvo. Para comemorar o milagre, alguém esculpiu um cordeiro na torre, exatamente na altura, de que o trabalhador despencou.
O texto do evangelho de João, supracitado, descreve Jesus duas vezes como “o Cordeiro de Deus”. Para nós no século 21, essas palavras são bastante estranhas, no entanto, para o judeu do primeiro século, não eram. O que essa expressão “Cordeiro de Deus” significava para o judeu daquela época? Refere-se à alusão a dois conceitos: O primeiro, seria aos sacrifícios expiatórios regulares que os judeus faziam no templo, conforme prescrito no Torá, a Lei Judaica (Lv 1:4). Segundo, ao Cordeiro Pascal, que era uma celebração anual, em que os judeus se lembravam de como Deus os havia libertado da escravidão do Egito. Essa história é relatada no livro de Êxodo. Por volta de 1500 a.C., Deus chamou Moisés para liderar os judeus e libertá-los da escravidão, mas o faraó recusou-se firmemente a deixá-los partir, então Deus enviou 10 pragas. A última, aquela que os judeus lembram particularmente na Páscoa, foi quando Deus enviou o Anjo da Morte para destruir os primogênitos na terra do Egito. Contudo o Anjo da Morte não passava nas casas judaicas, onde o sangue de um cordeiro, sem defeito, foi aspergido nas vergas das portas. Após essa praga faraó permitiu que o povo saísse do seu país.
Assim, quando João se referiu a Jesus como o Cordeiro de Deus, ele estava afirmando três coisas sobre Cristo.
O cordeiro sem defeito – Assim como o cordeiro pascal deveria não ter nenhum defeito, Jesus o representava, pois não pecou. Sua vida era de pureza absoluta, o homem que não teve nenhum pecado próprio para expiar.
O cordeiro oferecia proteção – O sangue do cordeiro protegeu as famílias judaicas da ira do Anjo da morte no Egito. Assim, Jesus, o Cordeiro de Deus, nos oferece proteção contra os efeitos dos nossos pecados, que no final levam à separação de Deus, ou morte eterna.
O cordeiro foi sacrificado pela culpa de outros – Assim como o cordeiro pascal morreu no lugar do primogênito, Jesus morreu em nosso lugar, por nossos pecados. João afirmou: Jesus é “o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.”
O cordeiro Pascal era abatido anualmente, mas Jesus, o Cordeiro de Deus, morreu uma vez por todas para perdoar os pecados. Essa imagem de Jesus como o Cordeiro de Deus se torna pungente, quando consideramos que Jesus realmente morreu na Páscoa, provavelmente em 29 d.C. Jesus foi morto apenas uma vez, e nos lembramos de Sua morte a cada Páscoa – hoje Ceia do Senhor. Depois disso, nenhum sacrifício adicional foi necessário. O escritor de Hebreus declara com muita clareza: “E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo, assim também Cristo, tendo-se oferecido uma vez para sempre para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o aguardam para a salvação.” (Hb 9:27-28). E João ainda vai afirmar, em sua primeira epístola: “… o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado.” (1Jo 1:7)
Então, o que isso significa para nós hoje? Acredito que nossa resposta deva ser a mesma de André, conforme o texto do Evangelho de João, citado acima, uma vez que ele entendeu que Jesus era o Cordeiro de Deus, deixou João Batista e seguiu a Cristo. Após encontrar-se com Jesus, foi a seu irmão Simão Pedro, contou-lhe tudo sobre Jesus e o levou a Cristo. Em outras palavras, André foi um missionário. Se realmente acreditamos que Jesus é o Cordeiro de Deus, isso mudará a maneira como vivemos, certamente desejaremos levar outras pessoas a conhecê-Lo.
O jornalista Matthew Parris fez a seguinte declaração sobre a verdade a respeito de Jesus Cristo: “Amigos, se eu acreditasse nisso, ou mesmo um décimo disso, como poderia me importar com qual versão do livro de orações é usada? Largaria meu emprego, venderia minha casa, jogaria fora todas as minhas posses, deixaria meus conhecidos e partiria para o mundo ardendo de desejo de saber mais e, quando tivesse encontrado mais, agiria de acordo com isso e contaria aos outros.”
Um grande desafio não é verdade? Seguir o Cordeiro de Deus mudou a vida de André para sempre, que mude a nossa também.
Rev. Liberato Pereira dos Santos
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Muito bom Deus o abençoe FELIZ Páscoa....
ResponderExcluirMuito obrigado, meu irmão! Para você e sua família também. Abraços
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