sexta-feira, 29 de abril de 2022

UMA VISÃO BÍBLICA DO TRABALHO 01.05.2022

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Gênesis 2:8-9

Sempre que se fala do trabalho é com uma sensação de penúria, e até desespero. Afinal, há a impressão de que ele nunca termina. Muitas vezes é repetitivo, demorado, chato e para muitos parece nunca trazer a recompensa que desejam.

Por falta de conhecimento, muitos atribuem ao trabalho a punição da queda de Adão, no pecado. Mas isso não é correto. É verdade que ele se tornou mais difícil e oferece menos recompensas como resultado da queda, pois Deus prometeu a Adão que ele teria que trabalhar mais para conseguir pouco, toda a criação foi afetada pelo pecado. No entanto o trabalho é um presente e uma responsabilidade pré-queda, foi-nos dado para nosso benefício e realização. Tendo completado a criação, Deus atribuiu a Adão a responsabilidade por toda a vida animal e vegetal e lhe entregou o Jardim do Éden, para lavrá-lo e cuidar dele

É interessante que esse chamado ao trabalho tenha sido dado em consonância com o mandamento de observar o “Dia do Senhor”. Há uma conexão imediata entre os dois. Descanso significativo pode ser experimentado pela criação no contexto de trabalho significativo. Um dia de descanso numa semana de sete dias implica claramente seis dias de trabalho. Fundamentado no Seu próprio padrão da criação, seis dias de trabalho e um dia de descanso, Deus estabeleceu o modelo para o homem.

            Por que o homem deve trabalhar? O que há no trabalho que dá ao homem significado e propósito para a vida? Podemos destacar três pontos na compreensão bíblica do trabalho.

            Ser trabalhador é tornar-se semelhante a Deus – Uma das qualidades essenciais de ser feito à imagem e semelhança de Deus é o fato de compartilharmos de sua capacidade criativa. Com nossas próprias mãos, podemos moldar nossa direção e suprir nossas necessidades. Deus estabeleceu o padrão, que demonstra essa criatividade em ação, quando passou seis dias em atividade criadora. Ele não é preguiçoso, desleixado ou irresponsável. Foi diligente. Mas o Senhor não simplesmente trabalhou, sua labuta teve uma constância e propósito. Portanto devemos ter o cuidado de seguir o seu exemplo, trabalhando seis dias e descansando um. Embora alguns prefiram o inverso, descansar seis e trabalhar um!

            Feitos à imagem de Deus, o homem tem a responsabilidade única de subjugar a terra e governar todas as criaturas vivas. Essa autoridade envolve trazer à tona todo o potencial dentro da criação que possa oferecer glória ao Criador. Esse é o encargo do homem. Ele deve fazer um trabalho que seja benéfico a toda criação, tornando a vida qualitativamente melhor.

            É muito importante que aprendamos o valor do trabalho, o que nos ajuda a perceber nossa semelhança com Deus. Muitos não têm um senso real de si mesmos ou de sua verdadeira importância, porque são incapazes de determinar seus próprios destinos ou de suprir suas necessidades de maneira significativa. O homem preguiçoso causa muito dano.

            Ser trabalhador é tornar-se realizado – O trabalho não é apenas um dever, é também uma bênção. Ninguém pode negar a sensação de satisfação que temos, quando desfrutamos do fruto do nosso próprio labor.  Após cada ato criativo, as Escrituras relatam: “E viu Deus que era bom.” Uma demonstração de contentamento e alegria pelo Seu trabalho. Lembro-me do meu primeiro emprego, a alegria que tive quando recebi o meu primeiro salário. Tudo que consegui comprar e realizar com ele. Senti-me realizado.

            Para que o trabalho se torne satisfatório, precisa ser feito a partir de uma motivação altruísta. Não é apenas o que você está alcançando que é importante, mas também a contribuição que você pode dar. Essa perspectiva é confirmada na história da criação, quando o homem é instruído a ter domínio sobre o resto da criação. Quando você coloca essa responsabilidade no contexto de seis dias de trabalho e um dia de descanso, demonstra o fato de que a motivação do homem deve ser para o bem da criação e a glória de Deus. Então, para que seu trabalho seja satisfatório, ele deve ser feito em benefício não apenas de si mesmo, mas de outros e, em primeira instância, para a glória de Deus.

            Ser trabalhador é tornar-se equilibrado – Tem gente que não quer trabalhar. Porém, há outros que não conseguem parar de trabalhar. A história da criação dá uma resposta clara a esses dois extremos. Você deve passar mais tempo trabalhando do que os momentos de descanso. Não há desculpa para a preguiça. Todos devem encontrar algo útil para fazer com as próprias mãos. Mas você não deve negligenciar o tempo para descansar, pois isso também faz parte de sua responsabilidade para com Deus. Portanto deve haver equilíbrio. Não pense que você pode passar o dia dormindo e esperar ser realizado, não pense que poderá queimar a vela nas duas pontas, trabalhando e esperar ser realizado.

            O que é necessário para manter esse equilíbrio? A disciplina. Esse princípio é confirmado no que Paulo diz em II Tessalonicenses 3:10-12: “Quando ainda estávamos com vocês, nós lhes ordenamos isto: se alguém não quiser trabalhar, também não coma. Pois ouvimos que alguns de vocês estão ociosos; não trabalham, mas andam se intrometendo na vida alheia.  A tais pessoas ordenamos e exortamos no Senhor Jesus Cristo que trabalhem tranquilamente e comam o seu próprio pão.”

            Diante disto, supliquemos a Deus para que nos ajude a compreender que o trabalho nos faz semelhante a Ele, tornando-nos realizados por meio das nossas atividades feitas com equilíbrio.

            Rev. Liberato Pereira dos Santos

 

 

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