Salmos 107:21-22
Em novembro, celebramos o “Dia Mundial de Ações
de Graças”. No Antigo Testamento, a “oferta de ação de graças foi prescrita
como opcional, oferecia-se um animal junto com alguns frutos da colheita. Não
era obrigatória, ficava a livre arbítrio do adorador. No salmo supracitado,
Davi conclama: “Render graças... oferecer sacrifícios de Ações de graças... e
proclamar com alegria as obras de Deus” Percebe-se claramente que o conceito
central de agradecer é algo que vem do coração. Ao contrário do dízimo,de que exigia
entrega, a oferta de ação de graças era uma oferta dada de coração pela fé.
Por que as Sagradas Escrituras nos mandam dar graças?
É um ato de fé – A maioria de nós tende a agradecer depois de ser
abençoado, e não antes. Infelizmente, essa é uma visão egocêntrica de ação de
graças, não centrada em Deus.
O apostolo Paulo nos ensina a orar com ações de graças, confira em
Colossenses 4:2 e Filipenses 4:4-7, como assim? O Pastor David Kuo nos ajuda a
compreender, quando escreveu: “Expressar agradecimento é concretizar a gratidão
que sentimos em nossos corações. Ao divulgar nossos agradecimentos, damos à
mera gratidão o poder criativo da palavra falada. A nossa gratidão torna-se
então um testemunho para nós mesmos e os outros”. Nossa ação de graça não é
apenas um adiantamento de nossa oração pela fé, mas um ato de fé em Deus,
independentemente do resultado dos nossos desejos.
É importante compreendermos a diferença entre fé e crença. Muitas
pessoas dentro e fora das igrejas hoje têm crença. A maioria dos brasileiros
confessa acreditar em Deus, mas algo está faltando. Fé é confiança relacional
em Deus, a qual se traduz em ação, enquanto a crença é o mero reconhecimento
mental (intelectual) de fatos ou verdades, mas não produz necessariamente ação.
Como a sua fé interage com o seu agradecimento? Sua confiança em Deus o leva a
agradecer-lhe, pois você sabe que independe das circunstâncias, Ele está no
controle cuidando da sua vida.
É um ato de adoração – “Saiamos ao seu encontro, com ações de graças,
vitoriemo-lo com salmos.” (Sl 95:20). Como devemos chegar diante da presença de
Deus? Repetidamente, ao longo das Escrituras, somos exortados a entrar na
presença de Deus com ações de Graças. “Entrai por suas portas com ações de
graças e nos seus átrios, com hinos de louvor; rendei-lhe graças e bendizei-lhe
o nome.” (Sl 100:4) É por isso que em nossos cultos temos o momento de louvor e
adoração a Deus, no qual temos a oportunidade de reconhecer publicamente a
grandeza e a bondade do nosso Deus. Isso nos leva à adoração centrada em Deus.
Leva-nos a reconhecer a natureza de Deus – “... rendei-lhe graças e
bendizei-lhe o nome, porque o SENHOR é bom, a sua misericórdia dura para
sempre, e, de geração em geração, a sua fidelidade.” (Sl 100:4-5) Agradecer é
um ato de humildade, reconhecimento e dependência de Deus, confiante em que Ele
é aquele que supre todas as necessidades.
Paulo nos orienta: “Em
tudo, dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para
convosco.” (I Ts 5:18) Ele não diz: “nos bons momentos, agradeça...”, mas sim:
“em tudo”. Isso implica que o agradecimento é um reconhecimento de que todas as
coisas vêm de Deus, e Ele é o autor de nossas vidas, independentemente do nível
de conforto que tenhamos. É a expressão de que o Senhor é soberano e está no
controle de tudo, trabalhando para que todas as coisas cooperem para o nosso
bem (Rm 8:28)
Há um grande perigo em considerarmos como base somente as coisas boas,
como motivo para ação de graça. Tendemos a não ser gratos ou adoradores, quando
as circunstâncias não ocorrem como pensamos que deveriam ser. Como reagimos
quando um ente querido morre, com a doença, a perda de emprego? Continuaremos
com um coração agradecido ou ficaremos com raiva de Deus por tornar a nossa
vida difícil? Quando a nossa ação de graça é condicional, colocamo-nos no lugar
de Deus, decidindo o que é bom ou não. Deixamos de crer no Deus soberano que
está no controle de todas as coisas e dirige o nosso destino. Ele começou a boa
obra em nossas vidas, e é poderoso para completá-la (Fp 1:6) Portanto, em tudo
devemos ser-lhe agradecido.
Sendo assim, o símbolo central da nossa fé não é a cornucópia, mas a
cruz. Durante a maior parte de Sua vida, Jesus não pode contar com nenhum
tesouro terreno. Não tinha casa nem renda fixa. Na hora de sua maior
necessidade, até mesmo seus amigos mais próximos O abandonaram. Seu corpo foi
quebrado e seu espírito esmagado, no entanto se alegrou na presença do Pai, por
realizar a Sua soberana vontade.
Quando eliminamos toda
a ilusão de sucesso, e os tesouros terrenos falham, resta apenas uma coisa, o
maior tesouro de todos: o amor de nosso Pai Celestial por meio de Jesus Cristo,
nosso Senhor.
Rev.
Liberato Pereira dos Santos
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