1 Coríntios 13:13
A
única palavra que resume a maternidade cristã é “amor”. Cada ação de uma mãe é
motivada pelo amor aos seus filhos. Alguém escreveu certa vez: “As mães
escrevem no coração dos filhos o que a mão cruel do mundo não pode apagar”.
Estima-se que, uma pessoa ao atingir a idade de dezoito anos, sua mãe já gastou
cerca de dezoito mil horas com ela. Se uma mãe diz que está cansada, ela tem
bons motivos para isso.
A mãe, via de regra,
ama o filho, não importa o que ele faça. Se você pensar bem, desde o início, as
crianças nada fazem para merecer o amor. Ainda no útero, causam desconforto,
enjoos matinais, dores e outros incômodos durante o período de gravidez, e
claro ocasionam muita dor durante o parto. Algumas mães, de forma justa ou não,
gostam de lembrar aos filhos: “sabe quanta dor você me causou, fiquei vinte e
quatro horas em trabalho de parto com você.”
Após o nascimento,
parecem fofos, mas tudo o que fazem é comer, fazer cocô, dormir e chorar. Eles
exigem atenção constante, alimentação a cada duas e três horas, e noites sem
dormir. No entanto as mães os amam surpreendentemente e incondicionalmente.
Ah, tenho certeza de
que existem esses momentos, mas o amor ainda está lá! Quando os filhos estão
gritando, chorando, com acessos de raiva, rebeldia, uma mãe ainda pode amá-los?
Quando eles crescem e tomam decisões erradas em suas vidas, talvez rejeitando
os conselhos dos pais e até os abandonando por um tempo, uma mãe, com o coração
partido, ainda pode amá-los? Amor assim é ilógico, não faz sentido, por que
alguém amaria sem pensar em retribuição quando o custo é tão alto?
De onde vem esse amor?
Não vem de milhões de anos de evolução. Procede de Deus, é uma vocação e
presente de Deus. A Bíblia diz que, tanto mulheres como homens, fomos criados à
imagem de Deus (Gn 1:27), e Deus é amor (1Jo 4:8,16). Fomos planejados por Deus
para amar. Acredito que o amor de uma mãe (ou pai) tem pelo filho é um exemplo
figurado do tipo de amor que Deus significa, e tem pela humanidade.
Sim, é verdade que eventualmente
veremos uma mãe ou um pai que não demonstram amar os filhos incondicionalmente,
impõem condições, "se você fizer isso, eu o amarei", ou se mantêm
emocional e fisicamente distantes, mas isso resulta de uma distorção do amor
pelo pecado em suas vidas, não emana do desígnio de Deus.
Na
ocasião em que desejou ajudar a igreja de Tessalônica a compreender o amor
cristão, o apóstolo Paulo usou a ilustração de uma mãe e o filho. Ele escreve:
“Embora, como apóstolos de Cristo, pudéssemos ter sido um peso, tornamo-nos
bondosos entre vocês, como uma mãe que cuida dos próprios filhos.” (1 Ts 2:7).
Além da morte de Jesus
numa cruz por nós, o amor de uma mãe pelo filho é o símbolo humano mais próximo
da espécie de amor de Deus por nós, e do amor que devemos demonstrar uns aos
outros, particularmente na condição de cristãos. Acredito que vocês, mães (e
pais) sejam o primeiro vislumbre que temos de Deus e de seu amor incondicional
por nós. As mães, sempre que possível com o apoio dos pais, têm papel
preponderante na formação do primeiro conhecimento dos filhos sobre a pessoa de
Deus. Isso não significa que seja perfeita(o), mas essa missão é de
exclusividade sua, quer queira ou não.
Conforme
as Sagradas Escrituras nos afirmam, Deus escolhe amar-nos incondicionalmente,
de modo que Ele não nos ama pelo que fazemos, mas simplesmente por quem somos.
Veja as palavras de Paulo “Pois estou convencido de que nem morte nem vida,
nem anjos nem demônios, nem o presente nem o futuro, nem quaisquer poderes, nem
altura nem profundidade, nem qualquer outra coisa na criação será capaz de nos
separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus, nosso Senhor.” (Rm
8:38-39)
O
amor de mãe também é doação e sacrifício. Quando você pensa em todas as vezes
que sua mãe se levantava durante a noite para aquelas mamadas noturnas. Todas
as horas de conforto, de balanço que lhe dedicava, para você dormir. Todas as
vezes que ela ficou em casa cuidando de você nos momentos de enfermidades. Quando
a levou à escola, aos esportes e outras atividades adotadas para sua formação.
Todos os eventos a que compareceu por você, mesmo que não fosse algo do seu
interesse. Pense no que uma mãe abre mão para cuidar de um filho!
Quantas
mães às vezes desistem de carreiras, de hobbies em favor da educação e formação
dos filhos. Permitam-me citar, Cristina, minha amada esposa, optou por renunciar
a sua carreira profissional e renda adicional substancial, para ficar em casa e
cuidar dos nossos filhos. Ela fez esse sacrifício, porque achou que seria mais
importante a sua presença na formação dos nossos filhos. As mães, cônscias de
seu papel especial na família, abrem mão de suas próprias necessidades e
prioridades, a fim de garantir que as carências dos filhos sejam atendidas.
Por
tudo que foi dito, reitero que as mães demonstram amor que, em princípio, se
assemelha ao que Deus tem por nós. É um amor sacrificial, um amor de doação e
serviço. É, pois, uma figura do amor que moveu o coração do Pai Celestial a
enviar o seu próprio Filho, para nos servir e entregar sua vida na cruz,
levando sobre si nossos pecados. Deus não precisava fazer o sacrifício, para
nos salvar e nos dar uma nova vida, mas o fez porque nos ama. Mamãe não precisa
sacrificar-se, mas o faz por amor aos filhos.
Obrigado, mães, por nos
amarem e nos mostrarem como é o amor de Deus, que nos amou de maneira
ilimitada, para nos tornar Seus filhos também.
Rev. Liberato Pereira
dos Santos
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