Salmo 100
O Salmo de Louvor que
perde apenas para o Salmo vinte e três em popularidade. Muitos de nós o
memorizamos, quando crianças na Escola Dominical. É breve, concreto e direto;
além disso, nos dá uma orientação específica sobre o que Deus deseja que
façamos: Somos ordenados a gritar de alegria a Deus, fazer um barulho alegre.
Servir ao Senhor com alegria. Saber que o Senhor é Deus e finalmente entrar
pelas suas portas com ação de graças. Todos os verbos são de ação, dentro de
nossa capacidade.
Os cânticos alegres
devem ser a resposta ao que Deus é e faz, a alegria dada por Ele lhe deve
retornar, no reconhecimento de Sua bondade, fidelidade e soberania. A adoração precisa
fluir primeiramente da compreensão da divindade de Yahweh, quando renunciamos a
outros deuses e lhe fazemos o voto de lealdade renovada.
Vamos, portanto, olhar
com mais atenção para a ordenança do salmista:
Adoração Alegre – v.1-2 – “Celebrai com
júbilo ao Senhor, todas as terras.” O verbo hebraico traduzido por celebrai
com júbilo é uma ordem vibrante para louvar em público. Pode ser compreendido
também como: “Fazei um barulho alegre ao Senhor...” Não apenas sussurre,
balbucie ou mexa os lábios com medo de perturbar a pessoa ao seu lado, mas
grite com toda a força! Que o mundo inteiro saiba que o Deus soberano de toda a
criação está conosco, Ele nos ama e está do nosso lado. A ordem se dirige não
apenas a Israel, mas a toda a terra. Os israelitas eram um povo designado a
atrair outras nações a louvarem a Deus. Com alegria. A alegria exuberante não
era a única forma de louvar no antigo Israel (Sl 95), mas nela se colocava
grande ênfase.
“Servi
ao Senhor com alegria, apresentai-vos diante dele com cântico.” A adoração
não é apenas de palavras, mas também de ação, SERVIR. Serviço a Deus não tem de
ser um fardo pesado ou um trabalho penoso e triste. Ele pode ser uma
aventura emocionante, uma expressão que encontra canção para ser o melhor
servo. Servir a Deus significa dar tudo que você tem como símbolo de sua
gratidão e devoção a Ele, como também, servi aos outros em nome de Jesus
Cristo. Na parábola do grande julgamento, Cristo elogiou os fiéis por mostrarem
bondade para como os necessitados. Ele disse: “Quando vocês fizeram isso a
um destes pequeninos, meus irmãos, vocês fizeram isso a mim”. (Mt
25:35-36,40) Servir ao Senhor com alegria é ser um doador alegre, ajudando quem
precisa, mostrando misericórdia com quem está passando por dificuldades,
praticando atos de bondade onde quer que estejamos, não por obrigação ou dever,
mas com exultação e gratidão pelo que Deus fez por nós.
Reconhecer
quem é Deus - "Sabei que o Senhor é Deus; foi ele quem nos fez, e
dele somos; somos o seu povo e rebanho do seu pastoreio." Você pode
não ter conhecimento, mas há muitos nomes diferentes para Deus na Bíblia
Hebraica. Este versículo usa dois deles: Yahweh e Elohim. Ao utilizá-los o
salmista deseja que saibamos que o mesmo Deus que cuida de nós, como um pai
amoroso – Yahweh – não é outro, senão o Deus todo-poderoso, que trouxe toda a
criação à existência.
Há,
no primeiro capítulo do evangelho de João, uma passagem que resume bem isso.
Quando souberam de João Batista, os líderes do templo enviaram uma delegação
para investigar. Eles o encontraram e perguntaram: “Quem é você?” E ele
respondeu: “Eu não sou o Cristo... sou a voz daquele que clama no deserto:
'Endireitai o caminho do Senhor'” (João 1:19-23). Deus é o Soberano, e você não
é. É isso que o salmista nos lembra quando diz: “Sabei que o Senhor é Deus. Foi
ele quem nos criou e nós somos dele.” Nós somos o seu povo e ovelhas do seu
pasto. Ele nos conhece, como suas ovelhas, pelo nome e ninguém nos poderá
arrebatar de suas mãos (Jo 10)
Ações
de graças – " Entrem por suas portas
com ações de graças, e em seus átrios, com louvor; deem-lhe graças e bendigam o
seu nome. Pois o Senhor é bom e o
seu amor leal é eterno; a sua fidelidade permanece por todas as gerações."
O
salmista nos incentiva a estarmos atentos a todos os dons de Deus, grandes e
pequenos e a sermos gratos. E como isso é importante!
A razão para a adoração
deve descansar sobre o caráter do Deus que é adorado. O salmista não tinha
dúvidas sobre o seu Deus. Ele é bom, desprovido de qualquer mácula de
egoísmo, ganância, dubiedade ou crueldade. Pelo contrário, a bondade de
Deus é sinônimo com esses dois atributos básicos para a teologia do
salmista, benignidade (chesed) e fidelidade ('emunah), que
são tão inabaláveis e tão eternos quanto o próprio Deus.
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