Gênesis 3.1-6
Algo muito presente no mundo dos
negócios é a propaganda enganosa. No desejo de vender o seu produto, o comerciante
usa de todos os argumentos para levar o cliente a comprá-lo, e muitos deles são
mentirosos. Não são poucos os que acabam adquirindo “gato por lebre.”
Satanás foi o primeiro negociante
desonesto. Deus o condenou por isso, veja o que diz o profeta Ezequiel: “Na
multiplicação do teu comércio encheram o teu interior de violência, e pecaste;
por isso te lancei, profanado, do monte de Deus, e te fiz perecer, ó querubim
cobridor, do meio das pedras afogueadas.” (Ez. 28.16).
Ele enganou Eva e Adão, oferecendo-lhes o
fruto proibido por Deus, mediante a propaganda de vantagens inexistentes nele. Interessante
que Ele se utilizou da própria Palavra de Deus para ludibriá-los (v.1) A mesma
tática que os falsos líderes utilizam, lançam mão das Sagradas Escrituras,
maliciosamente, para induzir as pessoas ao erro.
“ORA, a serpente era mais astuta que
todas as alimárias do campo que o SENHOR Deus tinha feito. E esta disse à
mulher: É assim que Deus disse: Não comereis de toda a árvore do jardim?” (v.1) Apresentou-se “como um bom amigo”
para uma conversa “inofensiva”. As pessoas maliciosas são sempre assim, nunca
mostram as suas más intenções, mas chegam de mansinho, planejando desviar-nos
para o mau caminho. O Apóstolo Paulo, na primeira epístola aos Coríntios, nos
advertiu quanto a essa estratégia: “Não vos enganeis: as más conversações
corrompem os bons costumes.” (1 Co. 15.33)
As Escrituras revelam que a mulher se
encontrava sozinha, a alguma distância do marido, mas perto da árvore
proibida. Isso prova a astúcia do diabo. Ele ataca com suas tentações, envolvendo
o indivíduo mais frágil. Foi uma manobra sagaz entrar em uma conversa com
ela enquanto estava sozinha. Há muitas tentações que a solidão lhes é
muito favorável, enquanto a comunhão dos santos contribui muito para nos
fortalecer e proteger contra elas. O adversário esperou matreiramente
encontrá-la perto da árvore proibida, e, provavelmente, quando dava uma olhadela
no fruto, apenas para satisfazer a curiosidade. Aqueles que não pretendem
comer fruto proibido não devem aproximar-se nem se deter junto da árvore
proibida. Satanás aproveitou Eva, a fim
de, por seu intermédio, alcançar Adão.
O Diabo mentiu descaradamente, ao
declarar que a desobediência faria o casal ser igual a Deus. Com isso, ele sugeriu
que o Senhor não teria nenhum bom propósito para eles, proibindo-lhes o fruto,
porque queria impedi-los de que descobrissem sua própria capacidade de competir
com Ele. Isso seria uma grande afronta a Deus, uma vergonha para a Sua
soberania, como se tivesse medo de suas criaturas, e mais, uma vergonha para a
sua bondade, como se ele odiasse o trabalho de suas mãos e não desejaria que
pessoas por ele criadas fossem felizes. Foi uma armadilha perigosa, que fez
nossos primeiros pais afastarem as suas afeições de Deus. Esse é o perigo da
propaganda enganosa, promete vantagens falsas e ilusórias.
Como enganador que é, Satanás ocultou
a verdade, quando disse que o pecado não traria consequências gravíssimas: “É
certo que não morrereis”. Negou que houvesse qualquer perigo nele, e insistiu
que, mesmo que os levasse à violação de uma lei divina, não iriam sofrer nenhuma
repreensão. Podemos entender esse argumento como: “Não é algo que vai levar
para morte”, como alguns pensam. Satanás ensina os homens primeiro a duvidar e
depois negar, primeiro os faz céticos e depois os torna gradualmente ateus. “É
verdade que você não vai morrer”, como outros pensam. Assim Ele escondeu sua
própria miséria para atraí-los e conduzi-los à sua própria ruína. A expectativa
de que há impunidade é grande apoio para a prática de toda a injustiça.
Podemos ver isso claramente nas
novelas e filmes que mostram pessoas que vivem de modo imoral ou criminoso, mas,
no fim, saem sempre vitoriosas, como se não houvesse consequências para o
pecado. A árvore era “boa, agradável e
desejável” (3.6). Este é o lado real e mais ameaçador dessa trama. O pecado tem
aspecto atraente e proporciona, de fato, alguma medida de prazer. Esta é a isca
que esconde o anzol.
Assim, estejamos alertas e
vigilantes às artimanhas do maligno, que, segundo Pedro, “anda em derredor,
rugindo como um leão, procurando quem possa devorar.” (1 Pe 5.8). Ainda hoje,
ele anuncia prazeres imediatos e temporários, enquanto oculta prejuízos futuros
e eternos. Sua mercadoria se apresenta agradável para a carne, mas o seu preço
é elevadíssimo: a alma. Resista às ofertas do Diabo, pois o caminho de Deus nos
reserva deleites incomparáveis, acompanhados da paz e da presença excelsa do
Senhor. Por isso o apóstolo Paulo afirma: “Rogo-vos, pois, irmãos, pela
compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e
agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não sede conformados com este
mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que
experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.” (Rm.
12.1-2).
Rev. Liberato Pereira dos Santos
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