Salmos 142:1-7
Este salmo é uma oração de Davi, que.
dentro de uma caverna, se derrama perante o Senhor. Ele foi renegado e
abandonado pelos amigos. Encontrava-se na vala do desespero e, no v.4, expressou
como se sentia naquele momento de sua vida: "Ninguém se importava com
minha alma?" O salmista, chegou ao ponto em que se perguntou se alguém
realmente se preocupava com ele!
Você já esteve na caverna escura e
profunda do desespero, numa situação em que as coisas pareciam completamente
sem esperança? E você olhou ao redor para os outros em busca de ajuda e atenção,
e, então, descobriu que eles eram completamente indiferentes e apáticos ao seu
problema? Você já declarou: "Ninguém se importa com o que acontece na
minha vida?"
Estamos vivendo numa geração de pessoas
feridas, que necessitam saber que alguém de fato se importa com elas.
Importar-se significa: "reparar, fazer caso de ter consideração por outra
pessoa, ou sentir preocupação com ela!" Se desejamos ser uma igreja ou um
cristão, que agrada a Deus, devemos ser pessoas que se importam com aqueles que
sofrem e necessitam de apoio e ajuda.
Afirmamos que temos amor por Deus, por
nossos irmãos de caminhada cristã e pelos perdidos, mas de verdade os amamos? O
apóstolo Paulo nos exorta, afirmando: “O amor seja sem hipocrisia. Detestai o
mal, apegando-vos ao bem.” (Rm 12:9). Ele nos mostra que nosso amor deve ser
genuíno e sem dissimulação. A igreja não pode transformar-se num palco e os cristãos
atores. Afinal, o amor não é teatro; ele faz parte da vida real. Com efeito,
amor e hipocrisia são mutuamente excludentes. "Se o amor é o cúmulo da
virtude e a hipocrisia a síntese do vício", escreveu John Murray, "
Não podemos declarar que amamos os irmãos e os perdidos, se somos indiferentes
aos seus sofrimentos e lutas.
A história do rabino hassídico,
famoso por sua piedade, pode nos ajudar a compreender essa verdade: Ele foi
inesperadamente confrontado um dia por um de seus devotados jovens discípulos.
Em uma explosão de sentimento, o jovem discípulo exclamou: "Meu mestre, eu
te amo!" O velho professor ergueu os olhos de seus livros e perguntou ao
seu fervoroso discípulo: "Você sabe o que me machuca, meu filho?" O
jovem ficou confuso. Recompondo-se, ele gaguejou: "Não entendi sua
pergunta, rabino. Estou tentando dizer-lhe o quanto você significa para mim, e
você me confunde com perguntas irrelevantes". "Minha pergunta não é
confusa nem irrelevante", retrucou o rabino. "Pois se você não sabe o
que me machuca, como pode realmente me amar?"
Estamos cientes daqueles que à nossa
volta estão em constante dor física e, alguns, emocional? Por causas de suas
limitações não podem fazer as coisas que você e eu podemos? Como a situação
daquele homem paraplégico que Cristo encontrou no tanque de Betesda, em João 5:
“Respondeu-lhe o enfermo: Senhor, não tenho ninguém que me ponha no tanque,
quando a água é agitada; pois, enquanto eu vou, desce outro antes de mim.”
Consideramos as pessoas que estão
sofrendo com a escravidão do álcool e das drogas, um problema sério da nossa
sociedade que afeta a todos: ricos e pobres; jovens e idosos, graduados ou
analfabetos, que necessitam de ajuda, para se libertarem deste terrível mal. Bem
como aqueles que vivem à margem da sociedade e passam fome?
Preocupamo-nos com as pessoas que
não conhecem a Jesus Cristo, como Salvador, e precisam ouvir o evangelho, pois
estão caminhando inexoravelmente para o inferno?
O Rev. Billy Graham afirmou: “Nunca
devemos minimizar o sofrimento do outro.” Necessitamos urgentemente de pessoas
que, como parte de sua responsabilidade na vida, carreguem os fardos e as
feridas de outras pessoas e fiquem indignadas com seus sofrimentos. As
escrituras nos ensinam: “Lembrai-vos dos encarcerados, como se presos com
eles; dos que sofrem maus tratos, como se, com efeito, vós mesmos em pessoa
fôsseis os maltratados.” (Hb 13:3); “O que tapa o ouvido ao clamor do pobre
também clamará e não será ouvido.” (Pv 21:13); "Sede, pois,
misericordiosos, como também vosso Pai é misericordioso." (Lc 6:36)
Se estamos dispostos a mostrar que
nos importamos, devemos realmente ir ao encontro do necessitado, sair da nossa
zona de conforto, estender as mãos e dizer: “Eu o amo e me importo com você, o
que posso fazer para ajudá-lo? O Apóstolo Tiago nos mostra orienta: "Se
um irmão ou uma irmã estiverem carecidos de roupa e necessitados do alimento
cotidiano, e qualquer dentre vós lhes disser: Ide em paz, aquecei-vos e
fartai-vos, sem, contudo, lhes dar o necessário para o corpo, qual é o proveito
disso? Assim, também a fé, se não tiver obras, por si só está morta."
(Tg 2:15-17) Sentir apenas pena dos necessitados não é a marca de um cristão;
ajudá-los sim. O amor da boca para fora é facilmente ignorado, mas o amor
demonstrado com nossos atos de bondade é irresistível.
Sendo assim, como nos orienta o
apostolo Paulo, estejamos sempre prontos para ajudar as pessoas naquilo que
estiver ao nosso alcance, não resolveremos os problemas de todos, mas
certamente seremos usados por Deus para amenizar o sofrimento de alguns.
Rev. Liberato Pereira dos Santos
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